segunda-feira, 13 de maio de 2013

quase atropelada por ciclistas

Nome: MARIA DE FATIMA
Cidade: SÃO PAULO
UF: SP
Mensagem: Hoje quase fui atropelada por um ciclista na esquina das Avenidas Angélica e Higienópolis. Eu estava na faixa de pedestres com o sinal aberto para mim e o ciclista vinha pela Av. Angélica, não parou no sinal vermelho para ele e quase me atropela na faixa. Não parou e ainda me ofendeu como ofendeu um outro pedestre que havia chamado sua atenção. Minha solicitação é que divulguem aos ciclistas a importância da observação às regras de trânsito. O que aconteceu comigo não é fato isolado, especialmente neste bairro que tem muitos ciclistas, que trafegam inclusive pelas calçadas. Agradeço a atenção.
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Maria de Fátima
boa tarde
Sinto muito pelo ocorrido, como sinto profundamente por todos ocorridos, não só com você, mas com toda a população. De minha parte, assim como por parte da Escola de Bicicleta, bom convívio, portanto cidadania, é o único caminho para todos.

Já em 1982, portanto muito antes da existência da Escola de Bicicleta, apresentei propostas de leis, como também propostas de sistemas cicloviários, que visavam organizar a questão do uso da bicicleta a partir do direito legal e respeito cidadão aos pedestres e pessoas com deficiência física ou de mobilidade. Na época quase que só era necessário disciplinar a questão das bicicletas de entrega.
Confesso meu desgosto com a desordem com que circulam ciclistas. Por estar envolvido no meio consigo até entender alguns deslizes, mas não posso aceitar qualquer tipo selvageria.

A Escola de Bicicleta é legalista, ou seja, acredita que só através da lei e seu cumprimento chegaremos ao convívio social que todos desejam. Neste sentido continuamos lutando para melhorar a situação de todos, não importando se são ciclistas ou não. Em dezembro último demos assessoria ao Deputado Federal Walter Feldman para uma proposta de revisão completa do Código de Trânsito Brasileiro, que visa estabelecer o conceito de uma cidade voltada para a vida, com o trânsito sendo pensado a partir do espaço público e não da via, como é hoje. O que temos atualmente é um CTB muito voltado ao trânsito motorizado circulando em vias públicas (ruas, avenidas e vias expressas), o que cria inúmeras distorções sociais, como a que a senhora e todos nós infelizmente estamos vivendo.
Ciclistas tem direitos e deveres, mas são brasileiros e humanos, portanto gente comum. Os conflitos que hoje acontecem decorrem muito em razão do desprezo e desrespeito que historicamente ciclistas viveram, o que não justifica nada. Em todas as partes do mundo a história mostra que com o tempo a situação geral de conflito se acalma e que a bicicleta é, sim, ótima solução de transporte para curtas distâncias.

Como ciclista peço desculpas e afirmo que para cada um destes desatinados há um número muito maior de civilizados e gentis.
Tenho um blog - http://escoladebicicleta.blogspot.com.br/ ? onde gostaria de divulgar sua carta e minha resposta. Peço autorização para tanto.

Arturo Alcorta
Escola de Bicicleta
www.escoladebicicleta.com.br
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Caro Arturo:
Agradeço sua resposta e autorizo a publicação em seu blog. Sou favorável ao uso das bicicletas como meio de transporte e lazer. Já tive oportunidade de conferir em outras cidades do mundo, como é possível a convivência entre ciclistas e pedestres. Espero que isto também ocorra aqui o mais rápido possível.

Segue link que recebi hoje de Cadu tratando da mesma questão.


Desejo-lhe boa sorte na realização dos seus objetivos.

um abraço!

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Maria de Fátima

Com paciência e persistência chegaremos lá. Obrigado

Arturo Alcorta
Escola de Bicicleta
www.escoladebicicleta.com.br

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