quarta-feira, 26 de junho de 2013

Regular corretamente farol e lanterna

Infelizmente a maioria dos ciclistas tem seu farol e lanterna desregulado, o que diminui muito a eficiência destes importantíssimos equipamentos de segurança. Estar bem visível à noite é diminuir muito a possibilidade de sofrer acidente à noite.

O simples fato de ter bons e bem regulados refletores já faz uma enorme diferença, como provou o trabalho realizado pelos funcionários da Rodovia Ayrton Senna na altura de Guarulhos. Para praticamente zerar os constantes acidentes noturnos eles colaram pequenos refletores nos quadros das bicicletas que por ali passava. O ideal é associar refletores com farol e lanterna que tenham iluminação correta.
A forma de regular farol e lanterna de uma bicicleta é exatamente a mesma usada em qualquer veículo. O foco da luz do farol deve estar voltada para baixo da linha de 1 metro de altura do solo. Nunca pode bater diretamente nos olhos dos motoristas, motociclistas e em principalmente ciclistas. Hoje a maioria dos faróis e lanternas é fabricado com emissor de luz ‘led’, que tem uma luz focada muito forte, que baixa muito a capacidade de enxergar ou até mesmo sega.

Triste é ver que muitos ciclistas parecem não ter outra preocupação que não seja a própria. É muito desagradável, até assustador, vir pedalando e cruzar com ciclistas que vem com o farol dianteiro posicionado para cima e, pior, piscando. Ter qualquer pisca-pisca ligado quando em movimento não é recomendável em qualquer veículo, até na bicicleta. Aumenta o risco de acidente.
Inteligente é ter farol e lanterna com boa luminosidade, luz constante, bem posicionada, facilmente visível pelos outros, para posiciona-lo claramente no meio do trânsito e, principalmente, que não confunda ou ofusque os demais condutores.

 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Selim que muda de altura

NOME: W
Mensagem: Meu selim não para no lugar. Por mais que aperte desce. Colocar um calço funciona?


--------------------------------------
W
boa tarde

As duas razões mais comuns para o canote de selim não parar, mesmo com o grampo de canote de selim bem apertado, são o uso de um canote de selim com medida (diâmetro) menor do que o correto; ou, pior, bicicleta fabricada com material de baixa qualidade que não segura o aperto.
Bicicletas de qualidade padrão internacional costumam ter o tubo de selim torneado por dentro em uma medida padrão que se encaixa perfeitamente com alguma medida disponível de canote de selim. Nestas bicicletas o tubo de selim costuma ser em material de boa elasticidade e para manter constante o diâmetro na área do grampo de canote, mesmo depois do aperta e solta. O grampo, onde está a blocagem ou parafuso, normalmente é em alumínio, de encaixe perfeito no tubo de selim, o que faz com que o encosto do tubo de selim no canote seja completo e perfeito na área do grampo. A tolerância deste sistema provavelmente não passa de um ou dois décimos (quando muito). Mesmo quando o canote está solto praticamente não há jogo.
Solte o grampo de canote, chacoalhe o canote para ver se há jogo. Se for grande, vá a uma boa bicicletaria e troque o canote por um na medida certa. Se não houver jogo... que tal uma gota de óleo na blocagem?


Bicicletas de baixa qualidade no Brasil, as bem baratinhas, custam o que custam por que a qualidade do material empregado é bem baixa e a imprecisão alta. É fácil identificar uma pelo diâmetro do canote de selim, normalmente um tubinho fino duvidosamente cromado. O grampo de selim desta 1,99 costuma ser em aço estampado, o que sempre gera pontas. Como o tubo de selim também é em aço mole quando se dá aperto no grampo o canote de selim acaba mordido pelas pontas. Dai ser comum canote torto para trás. Ou é difícil de subir e descer o selim. Este é um problema comum à baixa qualidade.
Outro problema é que nestas bicicletas brasileiras de 1,99 o grau de imprecisão é muito alto e é comum que com o grampo completamente apertado o canote de selim não pare. Desce mesmo. Colocar um calço funciona nestes casos? Pode ser, mas uma bicicleta que é tão ruim que precisa de calço não merece ser pedalada. Provavelmente os problemas dela não param por ai. Provavelmente é perigosa, vai machucar.
Acontece o mesmo com bicicletas baratinhas vendidas no mercado internacional? Não! Nem pensar. As bicicletas do mesmo valor das brasileiras vendidas em supermercados e magazines dos Estados Unidos são pesadas, funcionam e duram. Se apresentarem um problema destes o fabricante estará fodido – literalmente!
 

domingo, 9 de junho de 2013

Pedalar clipado

Pedais com clipe são mais seguros? Na maioria da situações não. Pedais com clipe melhoram o pedalar? Para a imensa maioria dos ciclistas não. Porque as bicicletarias recomendam tanto pedal de clipe? Por inúmeras razões, mas uma em especial: a venda de um pedal de clipe mais as sapatilhas é um lucro certo. A margem da venda de uma bicicleta é uma, desta mesma bicicleta completa, com todos apetrechos, incluindo pedais e sapatilhas é outra, muito, mas muito mais lucrativa.

A maioria das bicicletarias, pelo que se vê, parece não ter qualquer outra preocupação que não seja sua própria sobrevivência. Se o cliente pagar leva, não importa o que vai dar depois. Não é mais problema deles. Não é? Não é?

Sou contra pedal clipado fora do uso esportivo. Até dentro do esporte, dependendo que quem vá usar, tenho restrições ao seu uso. Aprende a girar primeiro. Aliás, antes de mais nada, aprende a parar corretamente; depois a girar, e então, só então, vai para o clipe correto, caso necessário.

BMX! Aprenda a girar (os pedais) com as técnicas do BMX clássico. Aprenda a girar (os pedais) com os pés soltos no pedal. Eduque sua musculatura a fazer o círculo (do giro dos pedais). Mesmo com os pés soltos é possível colocar força nos pedais em praticamente ¾ do giro.  O giro fica redondo, sem trancos, macio. Acelera e mantém (o pedalar) melhor. BMX é a escola, para tudo, para todas as modalidades.

Se não souber pedalar o pedal clipe vai servir bem para esnobar os incautos de boa fé; e nada mais.

Se o clipe for honestamente e absolutamente necessário, só os use se souber parar corretamente a bicicleta com pedais normais: primeiro para, com os pés nos pedais, e só então tirar os pés dos pedais e apoia no chão. O próximo passo é aprender a soltar a sapatilha do clipe com precisão, o que se faz aos poucos, de preferência com a pressão da mola baixa. Nunca olhe para a bicicleta, menos ainda para os pedais. Treine primeiro parado, depois pedalando em situações muito tranquilas e absolutamente previsíveis. Só então, completamente dominado o destrava e trava, é que se deve colocar a pressão normal na mola do clipe.

Firma pé? Melhor não. Para que?

Não há qualquer vergonha em pedalar com pedais normais. Mas é ridículo cair feito figo podre porque está clipado. Mais ridículo ainda é contar para os amigos que se machucou por que não conseguiu soltar o clipe.

Entre a técnica e o ridículo eu fico, sem sombra de dúvida, com a finesse da técnica.

domingo, 2 de junho de 2013

Alinhamento do suporte do câmbio traseiro


Meu câmbio está funcionando estranho. Não consigo ajustar as marchas. Tudo começou depois que ela caiu de lado. O que devo fazer? Tenho que trocar por câmbio melhor? Gosto da bicicleta perfeita.
 
---------------------------------------------------------
Mesmo os mais cuidadosos ciclistas esquecem que uma pequena queda, mesmo que seja da bicicleta parada, pode desalinhar a gancheira traseira.
Olhe o alinhamento do câmbio traseiro de sua bicicleta. Abaixe a cabeça até conseguir comparar a posição do câmbio com o alinhamento das coroas do pedivela. Não pode haver diferença sensível. Olhe o câmbio de cima para baixo e compare com o alinhamento da relação traseira. Ai o alinhamento tem que ser perfeito, zero diferença.
Os dois alinhamentos da gancheira, vertical e horizontal, precisam estar perfeitos para o câmbio e todo sistema de troca de marchas funcione corretamente. Se a troca de marcha está estranha ou a corrente está caindo entre a relação e os aros, provavelmente o suporte está fora de posição.

O alinhamento pode se realizado de várias formas, mas a mais simples e apropriada é através de uma ferramenta comparadora próprio, que é uma barra giratória que tem na ponta uma pequena haste compradora. Esta ferramenta é fixada por parafuso no suporte da gancheira do câmbio. Quando girada mostra a diferença, se houver, em relação ao aro da roda traseira. O correto é fazer a medição girando a ferramenta comparativa junto com a roda e mantendo como referência a parede do aro no ponto onde está o bico da válvula.
Há três tipos de suporte para câmbio, a que vem junto o câmbio traseiro, típica de bicicletas muito baratas; o suporte integrada com a gancheira; e a removível, hoje padrão em bicicletas mais sofisticadas.
Suporte de câmbio removível é fabricado em alumínio que normalmente tem baixa plasticidade. É difícil entortar, mas se entortou muito é provável que quebre antes de voltar para a posição. A única forma de tentar reutilizá-lo é soltá-lo do quadro, deitá-lo numa superfície plana de material duro e bater com um martelo, como se fosse uma forja. Pequenas diferenças voltam usando o comparador.
Câmbio traseiro que vem com suporte é caso a parte, por que é bem difícil fazê-lo voltar para a posição correta. Como estes câmbios costumam ser bem baratos, o melhor é trocar toda a peça.

Para maiores detalhes dê uma olhada na página da Escola de Bicicleta - http://escoladebicicleta.com.br/mecanicapratica7.html