sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ver e ser visto


O ciclista que vai a minha frente olha frequentemente para trás para ver como estão vindo os carros. Mal sabe ele que está colocando sua segurança em risco. A segurança de qualquer ciclista está em olhar para frente e se preocupar com buracos, irregularidades, imprevistos de toda ordem. É raro sofrer uma colisão por trás, é o que indicam todas as estatísticas mundiais.

Os números oficiais de São Paulo são fogem da regra, largamente comprovada. É bem raro o ciclista sofrer uma colisão fatal por trás. Mas é fácil explicar mais esta nossa peculiaridade. A maioria dos acidentes paulistanos envolvendo ciclistas acontece em vias normalmente muito saturadas, cheias de veículos grandes, como vans, ônibus e caminhões, na periferia, geralmente onde asfalto, principalmente junto ao meio fio, é de péssima qualidade, o que obriga o ciclista a desviar subitamente. Como sempre, tudo errado. Não é recomendável pedalar nestas condições, principalmente em contato com veículos grandes, mas para boa parte dos trabalhadores de periferia não há alternativa de rota. Mesmo em condições extremas de pedal ficar olhando para trás é perigosíssimo.

Há um pequeno detalhe importante no que está acontecendo em São Paulo, e porque não dizer em todo Brasil: o tipo e tamanho da bicicleta usado pelo ciclista de baixa renda. A quase totalidade das bicicletas básicas vendidas no Brasil é tamanho 19, longa para o tipo físico médio do homem brasileiro. E a maioria mountain bike.  Estas duas características faz com que a maioria dos ciclistas pedale com uma posição  de corpo abaixada. Quanto mais baixo o dorso, mais difícil para os motoristas verem o ciclista. Quanto mais baixa a cabeça, mais difícil girar o pescoço e demorado olhar para trás. Ou seja, e de novo; tudo errado.

Bicicleta de transporte, das que se pedala em posição mais ereta, torna o ciclista mais visível no meio do trânsito e melhora muito a visão. Mas o mais importante é que estas bicicletas fazem o ciclista ir mais devagar, o que aumenta muito o tempo de reação.  

Bom, enfim, olhar para frente é o caminho seguro.

Este foi o “ver”. Agora vamos para o “ser visto”, que é o que realmente faz um ciclista seguro. Motoristas “atropelam” ciclistas porque não foram capazes de ver ou quando viram não tiveram tempo de reação.  A situação fica crítica à noite, com névoa ou chuva. Ser visto, este o ponto vital para o ciclista no trânsito. Por isto é tão importante ter todos os refletores, na frente, traseira, pedais e rodas; mas refletores de qualidade, com suporte que os mantenha na posição correta e não quebre com facilidade. Não recomendo os nacionais. E de preferência farol e lanterna.

Infelizmente boa parte dos ciclistas tem usado farol e lanterna piscando numa posição que bate direto no olho dos motoristas, motociclistas e ciclistas, o que é um perigo. Por que? Ofusca, tira a noção de distância, dificulta ter referência correta da situação. Além disto há o chamado “efeito vagalume”. Está avolumando o número de artigos técnicos que afirmam que uma luz que pisca faz o motorista ir para cima da luz. As pesquisas sobre o assunto começaram por conta do número de acidentes envolvendo veículos que usam luzes piscantes, como ambulâncias e carros de polícia. Há uma campanha na TV sobre dirigir em nevoeiro onde a principal recomendação é não usar o pisca alerta. Aliás, pisca alerta só deve ser usado em condições muito específicas, de preferência com o veículo parado. Enfim, há a cada dia mais indícios do perigo que é usar qualquer pisca-pisca em movimento, em especial quando esta sega o outro.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

bicicletas de entrega em Santos

Qual sua opinião sobre comerciantes que investem no serviço de entrega de seus produtos com bicicletas?
A Tribuna, Santos
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Pode ser uma ótima opção de transporte de cargas, serviços e bens, principalmente numa cidade como Santos, que conheço bem.

A empresa que vá usar a bicicleta para transporte deve comar alguns cuidades. O primeiro é que as bicicletas tenham boa qualidade, dentro do padrão internacional, ou a bicicleta irá quebrar com frequência, podendo ser perigosa para o ciclista e o trânsito em geral. É sabido que boa parte dos acidentes envolvendo ciclistas tem por causa algum defeito da bicicleta, o que normalmente acontece com bicicletas básicas, das mais baratas. Dentro do setor das bicicleta calcula-se que a maioria dos acidentes sem vítima e pelo menos um terço dos acidentes fatais sejam causados por falha mecânica. É importante lembrar que a imagem da empresa vai estar diretamente ligada a qualidade das bicicletas.

É importantíssimo que a bicicleta esteja com refletores dianteiro, traseiro, pedais e rodas, e que estes sejam também de boa qualidade, de preferência que não se desprendam, saiam da posição adequada, o quebrem. Ter o ciclista vestido com roupas claras ou refletivas, como as de moto, também é medida inteligente. A maioria dos acidentes envolvendo ciclistas ocorre no periodo noturno e tem por razão a falta de visibilidade do ciclista para o motorista. No caso de entregadores é interessante o uso de farol e lanterna, de preferência os de luz fixa, que NÃO pisque. Ao contrário da crença popular, luzes que piscam costumam induzir o motorista ao erro (ver estudos internacionais sobre "efeito vagalume").

Um ciclista terá grande eficiência, provavelmente maior até que de moto, em distâncias curtas, algo como uns 5 km, por exemplo. Dependendo do grau de saturação das ruas e do trânsito um ciclista percorre com muita eficiência distâncias mais longas, até uns 10 km (facilmente em 30 minutos), o que é excelente. Lembro que a viagem de um ciclista é de porta a porta, e que mesmo um motociclista muitas vezes tem que ir até o estacionamento para pegar a moto; dai a vantagem para a bicicleta.

Muito importante para o empresário é treinar seus ciclistas para que estes tenham um bom comportamento no trânsito, principalmente para que não pedalem na contra-mão ou na calçada, o que é um sério risco para o pedestre.

Santos, como toda a Baixada Santista, tem uma longa tradição do uso da bicicleta, o que infelizmente se perdeu num passado recente e felizmente está voltando. Felizmente a Prefeitura, através da autoridade de trânsito, tem se preocupado em estimular e ordenar o uso da bicicleta.

O serviço de entrega em bicicleta na maioria das mais importantes cidades do mundo costuma ser eficiente, mas seus entregadores, ciclistas, costumam ser criticados pela forma afoita, irresponsável, como conduzem a bicicleta. Como em qualquer parte do mundo, o uso da bicicleta para entregas é muito bem vindo e eficiente em vários sentidos, mas demanda cuidados por parte dos empregadores e das autoridades públicas, o que é fácil de resolver.

Arturo Alcorta
Escola de Bicicleta
www.escoladebicicleta.com.br

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

tubos hidroforme

Como os fabricantes de bicicletas fazem estes quadros novos (de alumínio) que tem os tubos cheios de formas?
T


A técnica de deformação dos tubos chama-se “hydroforming”. O princípio é simples: você cria uma determinada forma, como, por exemplo, um tubo oval numa ponta, cilíndrico no meio e quadrado na outra ponta. Faz um molde de aço da forma externa deste tubo. Então pega um tubo de alumínio normal, cilíndrico, coloca dentro deste molde e depois injeta um líquido com alta pressão dentro do tubo a ser deformado para que ele deforme até encostar nas paredes do molde e tomar a forma desejada.  

Como hoje, através de computadores, é possível calcular com bastante precisão as forças que um quadro de bicicleta sofre, os melhores fabricantes usam o desenho especial dos tubos para conseguir as qualidades mecânicas desejadas para o desempenho ideal do quadro e da bicicleta. Exemplo: bicicletas de uso urbano, que rodam a baixa velocidade, normalmente tem quadro que deve se movimentar para absorver melhor as irregularidades do asfalto e dar conforto para o ciclista. Bicicletas de competição normalmente são muito mais rígidas para melhor aproveitar a energia do ciclista e para não ‘vibrar’ (shimming) a frente da bicicleta em alta velocidade, o que pode causar acidente.

O que precisa ficar claro é que hoje há muita bicicleta fabricada com tubos hidroformes desenhados só pela aparência, algumas delas de baixa qualidade.

Encontrei este excelente documento do Instituto Superior Técnico de Portugal que explica como são realizados os vários processos de fabricação de peças e tubos:


Arturo Alcorta
Escola de Bicicleta
www.escoladebicicleta.com.br

roda dianteira desalinhada


A bicicleta está puxando para o lado direito. Não bati, não fiz nada para entortar o garfo, mas a roda dianteira está fora do lugar
S


Provavelmente você teve que tirar a roda dianteira e na hora de montá-la não alinhou corretamente, o que é muito comum, principalmente com bicicletas muito baratas que tem a gancheira do garfo prensada. Bicicletas vendidas no mercado internacional tem, por obrigação legal, uma espécie de trava de segurança na gancheira do garfo, algo como duas pontas dobradas no extremo do garfo. A função destas travas é manter a roda presa ao garfo mesmo que a blocagem ou as porcas estejam um pouco soltas, e fazer com que a roda fique alinhada.

De qualquer forma, a maneira correta de prender uma roda ao garfo é, antes de apertar a blocagem ou as porcas, pressionar para baixo com certa força o avanço ou guidão para que o eixo da roda encaixe perfeitamente na gancheira. Em vários casos costumo pressionar o peito sobre o guidão e só então apertar a blocagem ou porcas.

Caso a roda tenha porcas, a operação deve ser feita com calma, apertando aos poucos os dois lados, as duas porcas, certificando-se que a roda não vá sair do alinhamento. Em alguns casos, principalmente com garfos de gancheira prensada, é preciso cuidado redobrado porque muitas vezes mesmo fazendo pressão sobre o guidão a roda sai do alinhamento.

Os mesmos procedimentos valem para a roda traseira.

Boa ação é verificar o alinhamento das sapatas de freio depois de recolocar a roda no garfo.
 

Arturo Alcorta
Escola de Bicicleta
www.escoladebicicleta.com.br

domingo, 12 de agosto de 2012

freios que não param


Mensagem: Quase sofri um acidente quando fui fechada por um ônibus. O freio foi até o fim e não consegui parar a bicicleta. A bicicleta é de ótima qualidade. O que pode ter acontecido?

S
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Se a bicicleta é de ótima qualidade provavelmente seus freios também o são. Pelo que você me disse sobre a bicicleta posso imaginar o seguinte:

  1. você não fez manutenção e não percebeu que a capacidade de frenagem foi diminuindo com o tempo, provavelmente por conta do desgaste normal das sapatas. Isto acontece, mas é preciso ter atenção.
  2. sua bicicleta, que de fato é muito boa, tem um sistema que evita que os freios travem. Há uma pequena mola entre o cabo do freio e o “V brake” da bicicleta, que dá à frenagem uma espécie de ABS - anti-lock braking system - o que é ótimo, mas muita gente não se acostuma - infelizmente. Com este sistema a bicicleta para muito mais rápido e seguro. Muita gente acha que arrastando o pneu a bicicleta para mais rápido, o que é uma grande e muito perigosa bobagem. A questão com este sistema de freio é que ele tem que estar precisamente regulado ou realmente dá a sensação que não para. Defendendo este sistema digo que se seu freio houvesse travado provavelmente você iria para o chão, o que é uma situação infinitamente mais perigosa, principalmente quando se tem um ônibus passando ao lado.

Manutenção periódica dos freios é crucial para a segurança do ciclista. Boa parte dos acidentes de bicicleta é causada por falha dos freios. Infelizmente aqui no Brasil a maioria das bicicletas básicas tem sistemas de freio que deixam muito a desejar, o que definitivamente não é o caso de sua bicicleta.

O que olhar:

  1. as sapatas dos freios tem uns sulcos, como os dos pneus, bem visíveis, que quando estão próximos de desaparecer mostram que é hora de colocar novas sapatas. É apropriado que junto com a troca seja realizado uma revisão em todo sistema de freio.
  2. se as sapatas estão boas, aperte os manetes com toda a força. Os manetes têm parar a pelo menos 1 cm do guidão. Há duas regulagens: uma no manete e outra no parafuso do cabo no freio. O correto é que se trabalhe com a regulagem do manete até seu limite e quando não for mais possível fazer ajuste ai ir até uma bicicletaria para verificar a condição das sapatas e de todo sistema. Ajustar o curso do freio através do parafuso que prende o cabo no freio só em último caso ou feito por alguém que conhece bem mecânica.

Arturo Alcorta
Escola de Bicicleta
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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

todas são tamanho 20?

Todas as bikes estão sendo fabricadas com o tubo que sobe do movimento central cada vez menores, e o canote do banco, cada vez maiores, antigamente o tubo que vai do canote ao garfo era quase que paralelo ao chão, e hoje este tubo é quase na mesma reta do eixo traseiro.
Minha duvida é como medir um tubo que esta diminuindo a cada modelo,
quando se vai comprar um quadro, o vendedor fala que aquele que estou perguntando é 20, todos são 20, pra vender, é tudo 20...

grato pela atenção
Y – 1,86m



boa noite

Dá uma olhada em nossa página - http://www.escoladebicicleta.com.br/medidaseuso.html - que tem uma tabela de medidas. Mas posso adiantar que você deve usar entre uma 21 e 22. Tem que sentar na bicicleta para ver corretamente. No link acima tem a explicação sobre como se mede qualquer bicicleta
Houve uma mudança de geometria dos anos 90 para agora, mas no geral as bicicletas ficaram mais curtas e mais altas. Abaixar o tubo superior, portanto diminuir o comprimento do tubo de selim, deve-se simplesmente ao fato que ficou claro para todas as marcas que este desenho dá mais "espaço de trabalho" para o ciclista, o que é muito bom. Não sei se você já teve a desagradável experiência de aterrizar com as bolas no tubo superior, o que é horrível.

O que importa é onde está o selim em relação aos pedais, e o guidão em relação ao selim, e como é guardada esta relação para cada tamanho de bicicleta, que deve respeitar a altura do usuário. E para que uso a bicicleta foi projetada. O mercado hoje trabalha com pelo menos 5 categorias básicas de ciclistas: urbano (tipo europeu, ciclista em pé), sport confort, mountain bike urbana, iniciantes no esporte e esportistas. O que varia é a posição final do ciclista na bicicleta, quando mais tranquilo o pedalar mais em pé; quanto mais esportiva mais agressiva, mais "jogada para frente". Como o fabricante define a forma do desenho do quadro da bicicleta é outra história, que envolve desde razões de mercado, até razões técnicas. Lá fora alguns fabricantes estão revivendo os desenhos clássicos.

Em bicicletarias sérias o vendedor vai mostrar, com uma trena, o tamanho da bicicleta, caso a bicicleta não venha com selo indicando o tamanho correto. E se o pessoal for sério mesmo, o primeiro passo será tirar as medidas do comprador para indicar as bicicletas mais apropriadas. Se o cliente ainda tiver dúvida, ele abrirá o site oficial da marca e mostrará como o fabricante define os tamanhos, o que pode ter pequenas variações de marca para marca. Se a marca não tem um documento técnico confiável sobre a bicicleta esqueça. Picaretagem há de montes, principalmente nas básicas.

Se você foi numa bicicletaria onde tudo era tamanho 20, eu recomendo que nesta você não volte mais. Uma bicicletaria séria terá condição de pedir para o distribuidor a bicicleta própria para você e provavelmente em bem menos de uma semana ela estará montada e ajustada para você fazer um pequeno teste.

Enfim, preocupe-se menos com o desenho do quadro e mais com a seriedade da bicicletaria. Aliás, por lei você tem uma semana para devolver.

Arturo Alcorta
Escola de Bicicleta
www.escoladebicicleta.com.br

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

garfo de bicicleta infantil torto

Mensagem: Tenho um filho de 7 anos que bateu com sua bicicleta de frente e entortou o garfo. Já corri várias bicicletarias e não consigo encontrar um para substituir. O que fazer?
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De fato é praticamente impossível encontrar reposição para estas bicicletas pequenas, com rodas menores que aro 20. Os fabricantes entendem estes modelos como completamente descartáveis porque os compradores assim aceitam - infelizmente. Fora do Brasil a qualidade destas pequenas bicicletas é a melhor possível e todos modelos costumam ser praticamente indestrutíveis.

Aqui no Brasil mesmo as melhores marcas colocam no mercado bicicletas infantis que quebram ou entortam com certa facilidade. E a população compra sem questionar.

Vamos lá para tentar resolver seu problema.

O recomendável é que o alinhamento do garfo seja feito por um mecânico de bicicletas experiente. As indicações abaixo só devem ser usadas como último recurso. Caso você não tenha boa habilidade ou tenha qualquer dúvida não realize as operações que darei a seguir. A integridade de seu filho vale mais que o valor de uma bicicleta nova.

Dependendo de quanto o garfo entortou é possível trazê-lo para a posição original sem comprometimento. Primeiro verifique se entortou somente as pernas do garfo ou se há qualquer dano próximo ao quadro e à caixa de direção. Caso tenha perdido o alinhamento do garfo na caixa de direção o garfo está perdido. A possibilidade de uma possível fratura do garfo neste ponto será grande. Neste caso evite devolver a bicicleta para seu filho porque se houver um acidente este será grave.

Se o desalinhamento acontece só nas pernas e forma dos tubos das duas pernas está preservado, há duas formas de desentortar o garfo:

  1. segure a roda dianteira com as duas mãos e apoie seus pés no movimento central (de onde saem os pedais) e puxe a roda com calma. Se o garfo for de boa qualidade será necessário uma boa dose de força para ele  voltar para a posição original. Se ele voltar com muita facilidade faça uma vistoria completa e cuidadosa no garfo (e depois em toda bicicleta) para ver se há rachaduras, trincas, deformação na forma dos tubos ou outros danos.
  2. tire a roda dianteira do garfo. Prenda as duas pernas do garfo, na parte reta das pernas e use o quadro como alavanca. É muito importante que a abertura entre as duas pernas permaneça a mesma. Neste procedimento há o risco das pernas perderem o alinhamento lateral.
Terminada qualquer operação de alinhamento verifique se o garfo está integro e alinhado, se a caixa de direção funciona perfeitamente, ou se não qualquer outro problema. Para checar o alinhamento do garfo olhe a bicicleta por cima.

Peça para seu filho fazer um teste na sua presença e só libere a bicicleta depois de fazer uma segunda checagem detalhada. O ideal deste teste é que você corra ao lado dele para segurá-lo em qualquer eventualidade.


Arturo Alcorta
Escola de Bicicleta
www.escoladebicicleta.com.br