domingo, 28 de fevereiro de 2021

os arranhados de uma linda Rockhopper Pro 1989

Luis de Beto Dranger conseguiram a representação da Specialized no Brasil e já em 1989 começaram a receber as primeiras bicicletas, dentre elas uma Rockhopper Pro, toda Deore DX, tamanho 18 verde folha levemente metálica com letras em laranja, linda de morrer. Virou a bicicleta do Beto. Em 1990 a Halls - Schick, patrocinadora das primeiras provas hiper organizadas de MTB em São Paulo, decidiu promover uma prova show em Recife, melhor dizendo, na Praia de Boa Viagem. Enfiaram num ônibus uns 25 ciclistas e eu, que conhecia Recife e Olinda e acabei sendo uma espécie de guia e responsável pelo grupo.
Sempre fui muito cuidadoso com as bicicletas dos outros, mesmo com as bicicletas que me foram entregues para teste de revista. Quando o Beto disse que eu iria com a Rockhopper, primeiro não acreditei, não quis, ele insistiu, e depois de muito sim e não jurei cuidados especiais, traze-la de volta perfeita, etc... e tal. Não acreditava, pedalar uma Rockhopper Pro era um sonho.
Na hora de colocar as bicicletas no portamalas do ônibus expliquei para todos que a linda (Rockhopper) era emprestada e que iria separada das outras para voltar intacta, já que não tinha dinheiro para reparar qualquer dano. Todas as bicicletas foram encaixadas milimetricamente uma grudada na outra na transversal do ônibus; e a Rockhopper foi cuidadosamente presa apoiada nas rodas das outras bicicletas, presa no sentido longitudinal do ônibus, sozinha, separada, intocável, longe de qualquer perigo.
Chegamos no hotel de Recife depois de uma longa e cansativa viagem. Foram abertas as portas do porta-malas, eu a frente de todos para tirar a linda com todo cuidado. E logo depois de ser destravada a porta do porta-malas a chave de roda caiu no chão. Ouvi o som metálico repicando no asfalto e olhei com cara de idiota. Abriu-se por completo a porta e vi a pintura da Rockhopper arruinada. Todas as outras bicicletas chegaram intactas.
No dia seguinte fizemos a corrida, ou o que quer que tenha sido aquilo no meio da areia. Que seja. Voltamos para o hotel, descansamos e o pessoal quis pedalar por Recife e chegar até Olinda, minha linda Olinda. Na cabeceira da ponte que liga Boa Viagem com a av. Agamenon Magalhães tive que proteger um ciclista que não foi visto por um motorista e acabei no asfalto, melhor arrastando na areia que a noite não vi. Mais arranhões na linda. Lei de Murphy, se pode dar errado porque vai dar certo? 
Quando cheguei em São Paulo quis morrer ao devolver a bicicleta. Beto deu risada, tirou um sarro, não se importou.

Um pouco depois Luís teve que ir até a Specialized em Morgan Hill, California, então a sede da empresa. Levou um pedido especial de um amigo que queria restaurar um Stumpjumper: os adesivos originais. Falou com Mike Sinyard, o criador e dono da Specialized, que de bate pronto respondeu:
- Diga ao seu amigo que faço bicicletas para serem usadas, não para serem olhadas. 

Assunto encerrado.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

custo Brasil para bicicletas elétricas

No Estadão, caderno Mobilidade, Estradão, de hoje, 24 de fevereiro de 2021, saiu este artigo sobre as novas Bianchi elétricas que estão entrando no nosso mercado. Passei os olhos muito rapidamente e dei de cara com os preços. Tereza ao meu lado deu um pulo e achou um absurdo R$ 39.999,00. Confesso que eu também. Toquei a fazer os cálculos de cabeça: preço Europa + 70% impostos; do resultado disto + 50% de lucro sobre a venda e cheguei a algo em torno de 3.000,00 Euros, o que não achei caro para aquele mercado. Curiosidade mata o gato, faço uma pesquisa na Internet e dou com 3.320,00 Euros no site da própria Bianchi; eu não estava errado. Ou seja, lá na Europa o preço sugerido é de R$ 21.878,80 na cotação do Euro de hoje. Repito: preço sugerido. Mais, lá, onde os salários são outros, o poder de compra é outro, a facilidade de ter uma é completamente diferente daqui.
Nunca se conseguiu resolver a questão dos altos impostos que incidem sobre as bicicletas aqui no Brasil. Não faço ideia de como é o tributário sobre as mobilidades elétricas, mas tendo em conta que um carro elétrico aqui não sai por menos de R$ 200 mil, posso imaginar. 
Fato é que se não morremos de pandemia morreremos no Brasil de sistema tributário atávico que é muito mais daninho e perverso que qualquer pandemia. 

Uma das razões para o brasileiro aceitar esta baderna tributária está na incapacidade de boa parte, para não dizer a maioria da população, não saber fazer os cálculos mais simples de cabeça. Fiquei pasmado quando divulgaram na Rádio Eldorado que só 5%, isto mesmo: 5%, dos alunos que saem da escola sabem matemática. Vai tudo na calculadora do celular, que é um absurdo. 
Quanto é mesmo 1+1?

Se educação continuaremos tendo estes absurdos. Bicicletas elétricas têm sido importantíssimas até para a população de baixa renda. Mas não é simplesmente zerar os impostos, é corrigir as inúmeras distorções que temos. Quem já pedalou o que é considerado uma boa bicicleta elétrica no mercado brasileiro sentiu que algo está errado, que poderia ser muito melhor.  



 

Disfarçando contra roubos: eficiente?

Para evitar roubo muitos não cuidam da aparência de suas bicicletas; muito pelo contrário, quanto mais maltratada melhor. NY, dentre outras cidades grandes, está cheia de bicicletas maltratadas, feias, adesivadas, qualquer coisa que faça seu dono imaginar que os ladrões são burros, que não conhecem bicicleta e que vão desprezar a sua bicicleta. Não funciona mais assim. Ladrão que é ladrão sente o cheiro de bicicleta boa a quilômetros de distância. A bicicleta de Daniel, uma Specialized híbrida cara, estava toda borrada com tinta, bem feia, bem particular, reconhecível a distância. Ele parou na rua e foi-se com toda sua individualização. Ninguém mais achou. Teresa tinha uma 26 feminina simples na qual foram trocados os freios catillever por uns Shimano XT Pro de ciclocross. Dois moleques, a bem dizer favelados, pararam do lado dela, na minha frente, olharam bem toda a bicicleta e soltaram um "Bacana estes teus freios". Um amigo estava pedalando a noite com uma bicicleta bem maltratada, mas de mecânica perfeita, e do nada surgiu um jovem pedalando uma bagaceira daquelas com pedivela sueco ou monobloco que passa por ele dizendo "Câmbio de 9 marchas..." 

Três bicicletas estacionadas no paraciclo, uma fora de série em titânio com peças frezadas e anodizadas, uma maravilha; a do meio uma traqueira com pedivela sueco vermelha metálica toda polida, limpérrima, brilhante; e a terceira uma ótima bicicleta, não tão boa quanto a de titânio, mas cara, todas presas por uma trava tipo mola normais. Levaram a bicicleta do meio, hiper bem cuidada, a de longe mais barata das três. Cortaram a trava com um destes cortadores de corrente imensos, de uns 60 cm. O dono estava alucinado. E os donos das duas outras bicicletas perplexos e com vontade de rir.

Provavelmente quem rouba bicicleta mais simples ou precisa da bicicleta para trabalhar ou seguir em frente ou é criança, sim criança, porque leva a que brilha nos olhos. Tem roubo de ocasião. A bicicleta estava ali, não tinha ninguém olhando, estava fácil...
O que não existe mais é bobo. Todo mundo, inclusive ladrão, faz ideia do que é uma bicicleta e qual o valor dela. 
Customizar, deixar feia, deixar feia, ou qualquer outra técnica pode até dificultar um pouco o roubo, mas se o cara encasquetar vai levar. A possibilidade de recuperar hoje em dia é baixa, bem baixa. Ajuda divulgar. Ajudaria muito mais se todos fizessem um B.O. e pressionassem as autoridades, o que pouquíssimos o fazem. 
O negócio daqui para frente é travar a bicicleta para valer. Quando for comprar a trava olhei a graduação de segurança que só trava de boa qualidade tem. Ia de 1 a 10, hoje em dia vai até 12. Abaixo de 7 conseguem cortar ou abrir com certa facilidade. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

O resultado está nos detalhes

O que você busca, status ou fazer o que deve ser feito?
A diferença é grande e extrapola e muito a questão filosófica. No fundo é uma questão de auto respeito.
A ver:
  • as melhores bicicletas são fabricadas com cuidados aos mínimos detalhes
  • os melhores ciclistas são o resultado de cuidados com mínimos detalhes
  • os melhores resultados via de regra são resultado de uma somatória de detalhes bem cuidados 
Como todo esporte (ou atividade física) a melhor forma de tirar proveito é ter conhecimento do que está fazendo e fazer direito. O desejo de todos é ter sucesso e sucesso só vem com disciplina e o cuidado consequente nos detalhes. Nada melhor que chegar em casa com o sentimento de dever cumprido, de preferência e muito melhor se for bem feito.
Status é uma outra coisa, pelo menos nos dias de hoje. Virou um "sabe com quem está falando?" 
Nada contra status, a partir do ponto que o status não seja prejudicial para o indivíduo assim como para o coletivo.
Adoro uma frase que vi num cartaz numa bicicletaria em Amsterdam: Americanos usam capacete; nós (holandeses) pedalamos. Não é o que o ciclista tem, mas o que e como ele pedala. É a cultura aplicada.

Ciclismo é uma cultura que como qualquer outra precisa ser aprendida. Óbvio que dá para sair pedalando e que isto é um tesão, mas não é ciclismo, é pedalar, o que até uma criança sabe. Se quiser pedalar com qualidade e segurança precisa se informar e fazer as coisas certas, o que não tem a ver necessariamente com seguir a boiada ou mostrar seu status e sua capacidade de comprar o que quer que seja. 


Estamos numa fase de transição onde um montão de gente está descobrindo a bicicleta. Com o tempo este pessoal vai aprender a pedalar melhor evitando erros básicos.

A menina vinha bufando na subida. Seu pai a havia deixado para trás. Mesmo com marchas para engatar ela pedalava só usando as forças das pernas que já tinham praticamente terminado naquele meio de subida. O ciclista que descia a viu e orientou "aperta com o dedão o botão grande na mão direita" e ela o fez, abriu um sorriso de cair os dentes e terminou a subida. O pai estava parado na esquina de cima, cara emburrada, não acreditou quando viu a filha terminar a subida sorrindo. 

Montado numa bicicleta de triathlon muito cara e pedalando numa cadência baixíssima o ciclista estava morto e irritado porque não conseguia acompanhar os amigos. Passou por ele um garoto pedalando uma tranqueira que provavelmente foi encontrada numa caçamba; passou e foi embora. Os amigos um pouco mais a frente pedalando devagar para não perdê-lo riram e ele ficou mais bravo ainda. "Gira mais" gritou um no que ele respondeu "Eu gosto de pedalar assim".

Pedalei atrás de um casal que pedalava forte, mas os dois mexiam o corpo todo ao pedalar. Não é legal para a lombar e para a bacia. Emparelhei com o marido e perguntei se podia dar uma dica. Elogiei a força que tinham e falei para pedalarem só com as pernas para não desperdiçar energia. Por incrível que pareça ele ouviu e agradeceu, mas os dois continuaram ao ritmo de escola de samba na avenida. 

Ouvi o aviso gentil "Vou passar" e puxei suavemente a bicicleta para a direita. Tomei um susto quando o ciclista, um gordinho lá pelos seus 50 anos todo paramentado pedalando uma "road bike" relativamente cara passou pela direita tendo todo espaço do mundo à esquerda livre; e ainda olhou com cara feia pela 'fechada' que involuntariamente dei. Ele se foi, sumiu, um caminhão manobrou e ficamos juntos de novo. Falei sobre a tradicional cortesia do ciclismo de estrada de sempre ultrapassar pela esquerda, o sujeito me olhou de alto a baixo com desprezo. Os dois poderíamos ter ido para o chão caso eu tivesse feito um movimento brusco para a direita. Aliás, todo e qualquer veículo deve fazer a ultrapassagem pela esquerda, nunca pela direita, incluindo aí ciclismo.

Ouvi dois ciclistas um pouco mais velhos que o de 50 que me ultrapassou pela direita se aproximarem pedalando lado a lado. Foram chegando devagarzinho e em vez de ultrapassarem, emparelharam e ali ficaram como se eu não existisse. A conversa entre eles estava boa e não perceberam quando me apertaram feio contra a grade. Sem falar palavra diminui meu ritmo, passei por trás, e por segurança os ultrapassei. Como se os tivesse desafiado fui ultrapassado de novo, lentamente, não se distanciaram. O que dizer? Para ter segurança é preciso pedalar pensando na segurança do próximo. Chama-se cortesia, mas se pode chamar também de bom senso.

O pai segue a criança pequena que vem pedalando uma aro 16 na ciclovia olhando para trás para ver onde o pai está. De longe é possível ver que a criança uma hora fica na mão, outra vem para a contramão. O pai não está nem aí. Quando chego perto de cruzar com a criança diminuo bem a velocidade e já em cima sou obrigado a quase parar a bicicleta. Um grupo de ciclistas que vem atrás de mim não percebe a situação, um bate na minha roda traseira, outro escapa pelo gramado a direita e o terceiro passa raspando meu guidão para não derrubar a criança. O pai não fala nada nem para o filho nem para o ciclista que vinha muito rápido. O que bateu na minha traseira grita comigo "Porra! Não sabe pedalar?" 

O resultado está nos detalhes.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Comparação entre uma estradeira clássica e uma ultra moderna

Óbvio que pedalar uma bicicleta que pesa 7 kg é muito mais fácil que uma que pesa 10 kg, mas a lógica é só esta, uma questão simples de matemática? Definitivamente não.

Esta comparação entre uma bicicleta hiper moderna e uma clássica remontada com peças hipermodernas é muito interessante porque mostra a evolução da tecnologia dos quadros e garfos, mas também mostra a velha magia dos melhores quadros fabricados em cromo- molibdênio, que tem alma, sim alma.

Uma das principais diferenças destas novíssimas e sofisticadíssimas novas bicicletas de estrada está na maior rigidez do quadro, num controle mais refinado das torções e de sua resiliência. A partir de 91 ou 92 a Specialized começou a digitalizar e colocar no computador as reações dos quadros de bicicleta. Para se ter uma ideia demoravam até 2 horas para plugar o ciclista na bicicleta através de muitos fios. O ciclista saia com uma mochila pesadíssima pedalava, pedalava, pedalava, voltava para a fábrica, demoravam um tempão para desplugá-lo. Este trabalhão fez com que pela primeira vez na história a humanidade soubesse de verdade como funciona um quadro e garfo de bicicleta. Até então o que se sabia era conhecimento empírico, tentativa e erro.

Alguns nomes da era cromo-molibdênio fizeram história, criaram maravilhas, poesias, bicicletas literalmente mágicas. Alguns nomes famosos conseguiam fabricar a bicicleta exata para o ciclista, não só na geometria, mas na resiliência. Eu adoraria ter uma destas, como adoraria ter uma hiper moderna, mas estas últimas são absurdamente caras, meio que objeto de status, o que me incomoda e muito.

A diferença maior está em que as velhas de cromo-molibdênio mexem mais, absorvem mais, o que as faz um pouco mais lentas porque cada vez que mexem, torcem, as rodas tem um micro desalinhamento no contato com o asfalto, o que aumenta o esforço do ciclista. Praticamente não acontece com as novíssimas. Quanto mais perfeitamente alinhadas estão as rodas e seu contato com o asfalto menor é a energia gasta pelo ciclista para pedalar.

Como as de cromo mexem mais, absorvem mais as irregularidades do asfalto, são um pouco mais confortáveis, mais previsíveis na condução. Não que com fibra de carbono não se consiga um ótimo nível de absorção, mas a filosofia atual é de movimento central que mexa o mínimo possível, e aí está a grande diferença. Rigidez do movimento central tem tudo a ver com joelhos, aliás, com a bicicleta passar as irregularidades para o ciclista. Sentado no selim é outra coisa.

A questão é quem vai pedalar a bicicleta. Ciclistas novatos, que pedalam para manter a saúde, de fim de semana, e outros não profissionais deveriam pedalar uma bicicleta mais "doce", menos rígida, menos arisca, mais previsível. E aí não há quem não pedale uma de cromo e não diga "Uau! que delícia!". Sim, são mais lentas, mas que delícia..., que magia...

freios a cabo são melhores que os hidráulicos

ABS: hoje todo mundo sabe que freio com ABS freia melhor. A razão é muito simples: não trava as rodas. Travou, arrasta e a distância para parar aumenta.
No caso de motos ou bicicletas não travar as rodas, principalmente a dianteira, é vital para a segurança do condutor. Quem já travou e perdeu a aderência da roda dianteira sabe que é tombo. Via de regra não há tempo para correção; você só não acaba no chão por muita, mas muita sorte.
 
Só tira vantagem de um freio que trava quem tem uma técnica muito refinada, de competição, e mesmo estes raríssimos pilotos por uma questão de desgaste físico e mental preferem competir com sistema de controle de travamento das rodas, ABS; aliás, para quem entende do assunto, também controle de tração.
Enfim, deslizou a roda dançou.  

Há uma sensível diferença na potência de frenagem entre freio a disco mecânico e hidráulico. Mecânico freia menos. Eu demorei muito para ter freio a disco porque os primeiros eram estúpidos, não freavam, estancavam, catapultavam. Mesmo com muitos se arrebentando virou chique ter freio a disco, daí grande parte do seu sucesso. Com o tempo os fabricantes fizeram o acionamento do disco ficar mais controlável, menos violento e principalmente muito mais confiável para a maioria, praticamente a totalidade dos ciclistas de rua, lazer ou esportistas.

Sempre me olharam torto depois de ver que troquei na minha melhor bicicleta os freios hidráulicos top por freios mecânicos, a cabo. Tive problemas? Sim, já contei, mas foram problemas típicos de novato relacionados ao ajuste e manutenção, não ao poder de frenagem que diminuiu um pouco como eu queria e continuo querendo.
O interessante é a quantidade de vídeos que estão aparecendo falando sobre freios a disco mecânico, muitos deles recomendando e dizendo que para não esportistas sérios ou profissionais são melhores. As razões apresentadas fazem todo sentido.

No vídeo a seguir as razões porque o freio a cabo é melhor que o a disco - de novo, para bicicletas mais básicas e ciclistas não profissionais.
  1. freia menos, trava menos, 
  2. manutenção muito mais simples!
  3. regulagem mais fácil e com maior número de possibilidades
  4. possibilidade de conserto em qualquer biboca
  5. marcas diferentes de freios hidráulicos usam fluidos diferentes, um senhor problema!
  6. não ter fluídos tóxicos em casa, principalmente se você tem crianças
  7. freio mecânico é respeito ao meio ambiente 
  

 

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Freios a disco para bicicletas baratas - um teste, as diferenças

"Não desperdice seu dinheiro" diz o título deste bom Youtube onde são comparados e testados freios a disco para bicicletas simples. Você vai ver, e não precisa nem saber inglês, que ele testa discos de marcas e diâmetros diferentes, troca as pinças de resina por metálica, e finalmente troca de acionamento mecânico por hidráulico. Em todas as situações ele mede a frenagem. 
Por último ele faz uma recomendação importantíssima: cuidado ao mudar o diâmetro do disco da frente. Há um limite de diâmetro que não se pode passar sob o risco do garfo (ou quadro) não aguentarem. 

Minha opção é por freio mecânico. Quero tirar a roda sem me preocupar com se o manete foi acionado ou não. Prefiro ter freios que não travem, que não sejam "estúpidos" como costumam dizer, tipo ABS. Prefiro as pastilhas metálicas. Estou usando discos não Shimano e não estou tendo problemas - para o uso que tenho feito - urbano. 

Freio mecânico é um saco para regular. O mesmo não acontece com os hidráulicos. Shimano colocou no mercado um conjunto de hidráulico barato e muito bom. Contra só tenho a questão ambiental: é muito mais fácil reciclar cabo de aço do que fluido hidráulico.