tag:blogger.com,1999:blog-47754311102512846302024-03-14T20:55:17.912-03:00Escola de Bicicleta correiosobre bicicletas, perguntas, respostas da Escola de Bicicleta; e algo mais. Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.comBlogger461125tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-85190894963289566882024-03-12T20:30:00.005-03:002024-03-13T13:51:06.602-03:00Por que o ciclismo brasileiro é tão precário?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">"O que falta no Brasil é união", resposta do "Pé de Chinelo" sobre porque um determinado esporte não vai para frente no Brasil. O dito "Pé de Chinelo", como é chamado por muitos brasileiros numa referência pateticamente ofensiva, foi vencedor em todas as categorias por onde passou, aqui e lá fora, tem 11 vitórias na categoria mais alta e respeitada do planeta, é respeitadíssimo fora do Brasil, e finalmente, continua ganhando provas e campeonatos os mais importantes. Aqui, no Brasil, é "Pé de Chinelo", como os bobos gostam de tirar sarro. Para quem não sabe ainda, no fim deste texto conto quem é.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">"O que falta no Brasil é união", diz com toda propriedade todo e qualquer atleta ou esportista que conheça os bastidores dos nossos esportes. Há exceções, sim há, mas a picuinha, o criticar, mal dizer, é regra, o esporte preferido entre os brasileiros. União? Tudo indica que não é nosso esporte predileto. Vamos na base do "nós e os outros", disputa renhida para saber quem é o bom, o gostoso, o melhor, o mais sábio, o mais inteligente, o mais forte... Viramos o país do "Nós e (ou) os outros"?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Brasil não respeita seus bons filhos, os que deixam um legado para o país. São inúmeros os exemplos deste desrespeito nacional. São inúmeros os nomes esquecidos, o que não raro é mais que um desrespeito. Faz um bom tempo escrevi sobre os esquecidos no ciclismo nacional, e me retive no ciclismo para não alongar a perder de vista a história. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Boa parte destes verdadeiros heróis nacionais, brasileiros, os que foram chegando nas vitórias, na glória, praticamente sem qualquer apoio. Venceram. Aqui raríssimos sabem seus nomes, nem seus títulos, ninguém se interessa; mas no pódio os vitoriosos não são um sujeito com nome, sobrenome e luta, mas passa a ser o Brasil que está lá no pódio. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Acompanho a bicicleta e um pouco de todas as modalidades de ciclismo praticadas no Brasil e afirmo que estou exausto de ver a coisa desandar. Vi o BMX, o mountain bike, o ciclismo, todos serem destruídos por imbecilidades, mesquinharias, incompetência, e pelo que me contaram, má fé. O que quer que tenha acontecido, vi o ciclismo brasileiro ser jogado no lixo mais de uma vez. Deprimente!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Eu soltei o texto e pensei mais um pouco: "Arturo, deixa de ser sabão!" Eu escrevi para a Bicisport e minha primeira matéria foi sobre a briga que naquele momento, 1988, se não me falha a memória, decretaria o fim do excelente trabalho do Niceu Sato, que comandava a "família BMX". Sim, era coisa de família, no sentido literal da palavra. Em 1991 vi o mountain bike que havia nascido bem, ia de vento em popa crescendo sem parar, ser trucidado pelo mesmo pessoal. Pelo que ouvia na época o ciclismo teve os mesmos problemas e andava muito. Nomes? Está na Bicisport, por favor leiam. Fato é que um grupelho, que por sinal patrocinava o esporte, queria ter plenos poderes em tudo e conseguiu de maneira não simpática nem agradável, com resultados péssimos em todos sentidos. BMX e mountain bike demoraram para se recuperar, o ciclismo demorou mais ainda. O que aconteceu de bom depois foi muito mais fruto de abnegados e amantes do esporte, que persistiram mesmo num ambiente para lá de pesado e contra-produtivo. O que o povão lembra e fala é do nome do patrocinador, o mesmo que mandava e desmandava com mão pesada e arrebentou com tudo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A definição do que é o ciclismo no Brasil? Simples, o Brasil tem algo em torno de 30 milhões de cidadãos pedalando no dia a dia, e não conseguimos ter um representante nacional nas grandes provas europeias. Precisa dizer mais? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Exclusividade do ciclismo? Emerson, Piquet e Senna ganharam 8 Campeonatos Mundiais de Piloto da F1 em 21 anos. Depois vieram Barrichello e Massa, dentre outros pilotos ótimos. E agora não temos representante na F1? Por que será?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A falta de apoio no Brasil aos esportes é uma vergonha! </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A última maluquice no ciclismo nacional vem acontecendo com Henrique Avancini, que só tem três títulos mundiais no mountain bike, nada mais. Mais, a UCI, União Internacional de Ciclismo, lhe deu o título de Embaixador do Mountain Bike Mundial. Mais uma vez, como tantas outras, com tanta infeliz frequência, não se respeitou nada nem ninguém. Infelizmente para alguns parece que Avancini é um bosta. Deprimente!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O deprimente é que toda vez que um esporte no Brasil vai bem acaba trucidado por interesses mesquinhos, não raro criminais, como diz a grande imprensa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Começo e termino minha crítica pelo dito "esporte nacional", o futebol, o mesmo dos 7X1 e dos resultados impensáveis que estamos tendo ultimamente. Não vou me alongar para falar dos problemas financeiros (problemas financeiros?) que destroem times, os mais tradicionais, dentre outros "pequenos" detalhes. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Aliás, falei de futebol, falei tudo. O resto não existe, o resto é resto. Que resto? Os outros esportes, todos outros esportes, todos que não são divulgados, que não são lembrados, que na realidade só existem quando algum maluco sobe ao pódio e aí vira "Brasil". Os de ponta entendem quando os chamo de "malucos", porque só sendo maluco é que se aguenta o que temos no esporte brasileiro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Até pouco tempo o esporte olímpico com mais medalhas era a vela. O que vai acontecer com ela quando acabar esta geração de dirigentes e esportistas vitoriosos? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Minha querida prima Thereza diz que "amor emburrecer". Sem dúvida, mas êta burrice deliciosa que é o esporte. Nós, os sérios, amamos o esporte. Mas como tem gente que suga do esporte, opa! como tem! E se aceita com silêncio.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Conheço um monte de campeões e com eles aprendi muito sobre a vida, sobre como encontrar um caminho e chegar a bons resultados, no esporte, para a vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Rubens Barrichello, o homem que citei no começo é Rubens Barrichello. Tenho visto uma série de entrevistas dele no YouTube e estou muito impressionado com o homem, o ser humano Rubens Barrichello, a maturidade de seu valores, sua dignidade. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Mesmo antes de ver suas entrevistas, sempre achei que Rubens Barrichello é uma melhor referencia para o Brasil que o Airton Senna. Senna foi um esportista completamente fora da curva, excepcional, fazia mágicas, coisas que o pessoal tem dificuldade de entender até agora. Senna não serve como referência para os simples mortais porque era único, diferenciado. Como Pelé, o Atleta do Século, acabou, não vai ter outro. São pessoas muito especiais que devem admiradas, mas não como referência. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Rubens Barrichello é um lutador, um trabalhador excepcional, um exemplo para todo brasileiro. "O que falta no Brasil é união" é a mais pura verdade. No esporte então... </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/wnTJ_qx2hg8" width="320" youtube-src-id="wnTJ_qx2hg8"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-59548748456974714812024-03-10T06:42:00.013-03:002024-03-10T07:05:35.725-03:00Mercado de bicicleta implodiu? <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Tenho vários amigos que são donos de bicicletarias. Para eles e para os que me perguntam por que não sou dono de uma, respondo na lata:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">- Sou completamente louco, mas não sou dono de bicicletaria. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A maioria destes amigos repete a minha resposta quando me vê rindo da própria situação. Mercado de bicicleta é um dos negócios mais difíceis que alguém pode se meter. Melhorou muito, é muito mais organizado, profissional, mesmo assim é dificílimo, uma loucura para poucos (sobreviventes).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Eu sabia que o setor de bicicletas está passando por uma fase muito difícil, mas não imaginava que o buraco fosse tão embaixo como diz um artigo da Bike Magazine. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Ano passado o UBS, um dos maiores bancos do planeta, soltou uma análise sobre o futuro dos transportes no mundo nos próximos 10 anos e para meu espanto (ou não) bicicleta e ônibus aparecem com investimento praticamente zero. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A aposta e ou a sobrevivência do setor vem sem sendo jogada no lucro das bicicletas caras, de elite. Fiquei embasbacado em Mossoró quando entrei numa bicicletaria de luxo, e mais embasbacado ainda quando me disseram que as vendas pelo interior, leia-se sertão, iam de sol a pino e vento em popa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Bicicleta cara, uma moda? Gostaria que não fosse, mas no meio do dinheiro farto tudo é meio fugaz. Se fosse meio fulgaz seria ótimo. Duvido que passe disto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">E as bicicletas populares? Por diversas razões estão sendo substituídas por motos. Acredito que uma das razões vem da baixa qualidade das bicicletas populares, as baratinhas, que quebram, quebram, quebram... Melhoraram muito, mas muito mesmo, com a importação generalizada. Para a população de baixa renda moto é mais prática e acaba saindo mais barato também por diversas razões.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Rentabilidade mais estável vem com venda em massa, em grandes quantidades, e lucro apertado por venda realizada. Mercado de luxo é uma outra história, acaba se afunilando e dando espaço para poucos, bem poucos, que ganham muito enquanto produzem o que brilha nos olhos de quem pode pagar. A questão é que um dia chega uma coisa nova, uma marca diferente, alguém diz que é legal, que é o must, novo objeto de desejo, e todo mundo corre para aquele lado. Quantas bicicletarias chiques você viu abrir e fechar nos últimos anos? Quantas marcas de bicicleta eram o must e foram comidas por uma nova que é a bicicleta de uma equipe que está correndo o Tour de France e que até ontem era completamente desconhecida?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O setor de bicicleta tem um novo aliado para as vendas, que é o colapso das cidades. O automóvel não é mais tão vantajoso assim, dependendo da hora e local é uma maldição. "Viva qualquer coisa que me tire desta lata de sardinhas!" Viva a bicicleta? Pode ser, mas tem também o patinete, a scooter, a bicicleta elétrica (que não é uma bicicleta, mas dizem que é)...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Apostaram pesado no crescimento de vendas das bicicletas normais na pandemia. Sifu! geral, erro de estratégia grosseiro, falta de leitura de história, falta de referência para entender o que estava acontecendo e que iria acontecer. Houve uma explosão das vendas e de usuários durante a pandemia, mas voltamos ao normal, ao que mais ou menos éramos antes da pandemia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Deve ter aumentado o número de usuários de bicicleta, dizem e acredito, mas principalmente da bicicleta elétrica (que não é uma bicicleta, mas dizem que é). Dá para falar em aumento porque as boas oficinas estão cheias de trabalho, é o que está sustentando tudo. As vendas já sabia que estavam fracas, pelo menos nas bicicletarias. Estive conversando com alguns gerentes da Decathlon e eles estão felizes. Por que? Preço x qualidade x facilidade de pagamento, e a meu ver mais um pequeno detalhe: bom atendimento. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.bikemagazine.com.br/2024/02/bicicletas-seminovas-encalhe-mercado-bicicletas-seminovas-mercado-global-de-bikes-a-bolha-estourou/"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">https://www.bikemagazine.com.br/2024/02/bicicletas-seminovas-encalhe-mercado-bicicletas-seminovas-mercado-global-de-bikes-a-bolha-estourou/</span></a></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-82732742917965653232024-01-30T17:27:00.000-03:002024-01-30T17:27:13.183-03:00Consertar ou fazer manutenção, tudo demanda ordem.<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quem já teve a grata experiência de ver os mecânicos de Fórmula 1 trabalhando nos boxes tem uma referência preciosa de como se deve fazer mecânica, manutenção ou consertos. Vale para tudo, inclusive para bicicletas.</span></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">olha o problema com calma</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">analisa e avalia o que deve ser feito</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">define o ambiente para fazer o serviço: bicicleta fixa com espaço para sua movimentação</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">espaço apropriado para as ferramentas e peças e completamente limpo para o serviço </span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">separa as ferramentas e reparos necessários</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">coloca eles a mão e próximos ao que deve ser consertado ou reparado</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">posiciona tudo em ordem que será usado: primeiro esta ferramenta, depois aquela...</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">pegou, usou, devolveu para o mesmo lugar que estava antes</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">soltou algum parafuso ou peça, coloca separado e em ordem de desmontagem</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">caso necessário, tenha vasilhames para depositar parafusos, porcas, arruelas e peças pequenas</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">limpe o que for necessário longe das ferramentas e outras peças </span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">ferramenta sujou, limpa antes de reusar</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">antes de fechar, dê uma última olhada para ver se está tudo certo</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">fechado, terminado, testa ainda onde foi feita a manutenção</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Na F1 eles fazem um shake down, ou teste em condição real para ver se está certo.</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">limpe todas as ferramentas antes de voltar a bancada ou caixa de ferramentas</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">tudo guardado olhe para ver se não ficou nada fora do lugar</span></li><li><span style="font-family: arial; font-size: medium;">limpe tudo. </span></li></ul><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Tive a oportunidade de ver alguns dos melhores mecânicos de bicicleta deste país trabalhando e posso dizer que os procedimentos são muito próximos ao que descrevo acima, padrão F1, que deve ter como base o padrão mecânica da aviação aeroespacial, sim aeroespacial. </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Mesmo num conserto de furo de pneu no meio do nada é bom que se siga algumas regras: colocar tudo em ordem e a mão num ambiente o mais limpo possível, e se disciplinar para o 'pegou, voltou para o mesmo lugar'. Que nunca nada saia de sua vista. Desmonte e monte com muito cuidado para que todas as peças continuem na sua mão, ou bem guardadas no chão, longe dos pés, de preferência.</span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Estas dicas valem só para serviços? Não. Decidi escrever este texto porque perdi, ou esqueci, meu boné num café. Tenho um problema com atenção e aprendi a me disciplinar para evitar estes erros, que mesmo assim acontecem. Fiz tudo correto, mas esqueci de prender ele na minha mochila. Tomei o café com a mochila em cima do boné, que é tão preto quanto o estofado. Resultado: acabou ficando lá. Para meus pulos de alegria eu me lembrei de onde poderia estar e o pessoal do café foi gentil e guardou.</span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">É lógico que algumas vezes a gente faz besteiras por puro cansaço. Um dia destes, bem atrasado, saindo correndo, nem a pau encontrava a chave das portas. Quase fiquei louco. Controlei o desespero, parei, repassei todos passos antes de estar pronto para sair (?) e depois de ter feito passo a passo tudo, já convencido que estava preso em casa e perderia o dentista, lembrei que tinha tomado um copo de água. Abri a geladeira e lá estava a chave junto com a garrafa d'água. </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Ter disciplina diária nas ações mais triviais é um exercício para evitar pequenos erros enlouquecedores. </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Vale lembrar um dos princípios do Budismo: Não existe liberdade sem disciplina. Pura verdade.</span></div></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-47868489330935213722024-01-11T10:38:00.002-03:002024-01-11T10:41:16.434-03:00Clipe ou pedal plataforma?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quanto dá a diferença de rendimento pedalando com clipe ou com um pedal plataforma? Alguma coisa em torno de 3%, isto com ciclistas profissionais pedalando. No meio de ciclistas amadores bem menos. Quem diz isto? Respeitados sites europeus especializados que fizeram testes comparativos usando tecnologia de ponta para medir os resultados. Os próprios testadores iniciaram seus trabalhos com nariz torcido para o pedal plataforma, e no final confessaram que erraram.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A comparação foi feita entre um bom pedal clipe e um pedal plataforma com pinos que mantem a posição de apoio do pé. Qualquer combinação de </span><span style="font-family: arial; font-size: large;">pedal</span><span style="font-family: arial; font-size: large;"> com </span><span style="font-family: arial; font-size: large;">calçado que escorregue definitivamente não é recomendável. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quando a moda de pedalar estourou e o pessoal foi atrás de assessoria, ouvi muito de todos lados sobre a importância de se pedalar com sapatilha e clipe, mesmo quando o ciclista era novato, sem experiência ou idoso. Em contraponto, por um bom tempo não pararam as histórias de ciclistas que se machucaram por estarem com os pés travados no pedal. E os tombos continuam por ai. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Cansei de discutir, e depois de algumas conversas tortas simplesmente desisti de dar murro em ponta de faca. Quer ficar travado no pedal para tomar tombos idiotas, quando não dramáticos, não é problema meu. Divirta-se!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A alegação de todos, até hoje, é que melhora muito a qualidade do pedal e dá mais segurança. Não é porque o ciclista está conectado intimamente com a bicicleta que ele pedala melhor e estará mais seguro. Pedalar melhor é conhecer e aplicar as técnicas básicas corretas, incluindo aí o respeito ao próximo, essencial. Ciclismo é a arte da suavidade. Só é seguro quem não comete erros e pensa corretamente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O número de tombos relatados na hora de parar a bicicleta sempre foi e continua sendo grande. Num destes tombos, parado, um ciclista amigo fraturou a cabeça do fêmur, simples assim. Conheço histórias de fratura de pulso, ombro, rótula... todos porque o clipe não soltou. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Com um outro amigo, na chuva, ele perdeu aderência, a bicicleta voou longe travada numa das sapatilhas causando uma grave distensão muscular. Não foi o único.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">As histórias não param, todo mundo já ouviu, e mesmo assim iniciantes são levados a acreditar que pedalar de sapatilha é mais seguro. Se não for assim, como vão vender sapatilhas e pedais de clipe tão preciosos. Você acredita mesmo que o pessoal está preocupado com a segurança do comprador? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">"O rendimento é melhor porque consigo puxar o pedal para cima..." Mesmo antes de aparecerem estes testes no YouTube já tinha ouvido de monte de ciclistas profissionais que não é bem assim, que puxar para cima não é fácil e muito menos para qualquer um. São pouquíssimos os ciclistas que conseguem dar o giro completo, aplicando força nos 360º. Aliás, mesmo que consigam puxar, a força que temos para puxar com a musculatura posterior da perna é muito menor que a de empurrar para baixo, que além de uma musculatura mais habituada, porque tem que sustentar o peso do corpo, o empurrar para baixo conta com o peso das pernas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A quase totalidade dos ciclistas só põe força, só faz valer a pedalada, quando empurra para baixo o pedal, ponto final. Inclua aí a maioria dos ciclistas profissionais, como dizem especialistas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não me lembro quem me ensinou a fazer um giro mais redondo sem firma pé e clipe, mas deve ter sido um ex BMX. E dá para girar redondo com um pedal plataforma, basicamente uma técnica de BMX. Vai colocar força no pedal nos 360º? Não, mas quase, talvez uns 240º, o que faz toda diferença.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quem quer que tenha me ensinado a técnica fina de pedalar com pedal plataforma, que não me lembro mais quem foi, me pediu para subir a cadência o máximo possível até que começasse a pular no selim. Pulou no selim, diminui o giro até o movimento ficar só nas pernas. É um giro muito rápido. Precisa treinar aos poucos, em tiros curtos, porque é exaustivo. Dá um tiro curto, acelera o máximo o giro, sem pulo ou pé escapando do pedal. Com o tempo o corpo vai aprender como fazer o movimento e pedalar vai se aproximar de 240º de força, ou de empurrar, como queira. O giro vai passar a ser suave, mesmo quando voltar a sua cadência normal. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quando o pedalar ficar redondo, correto, suave, o som do contato do pneu no asfalto fica contínuo. Presta atenção quando estiver pedalando normal, ou só empurrando o pedal para baixo, vai perceber que o som é quebrado, tipo vrumm... vrumm... vrumm.. vrumm...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Outra forma de ver se o pedalar está limpo, uniforme, é soltar a mão do guidão e olhar para o guidão. Enquanto o pedalar está no empurra empurra para baixo o guidão vai fazer um zig-zag. Quando o pedal gira limpo e suave o guidão não se mexe, segue reto em frente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Vendo alguns destes testes comparativos entre clipe e plataforma, acabei descobrindo que ciclista de montanha essencialmente empurra o pedal para baixo. Giro mais completo é mais funcional no plano ou descidas, e para a maioria dos ciclistas só durante um curto tempo. É claro que os melhores ciclistas devem despejar força no pedal muito mais uniforme que a gente, mas eles são profissionais e nós simples mortais. Para nós, simples mortais, o importante é segurança para o prazer não acabar mal. Nada como voltar para casa inteiro e entrar num chuveiro. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O que não tenho a mais remota dúvida é que, dependendo do ciclista e para que ele usa a bicicleta, sapatilha de clipe presa no pedal não é recomendável. Os inúmeros acidentes que o digam.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fato é que moda não costuma combinar com segurança. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.</span></div> Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-18506318460593523332024-01-08T08:46:00.018-03:002024-01-08T16:25:30.494-03:00Pneu na lona<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O Levorin Praieiro chegou na lona, acabou.</span></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgytEknKE4RFI6v03MGn2NHsNv2wvZfl31S1zIvru51tQcV12uIaLMCjDKwomY117aWcojCosbbfbqDvB5Qj_-gpkSjVngydhYMrcN35WzE-AKLeU-rAXUOhpfVUmLn2ELL68P5qP8TGOs00ZkdCWmJR3vTwJyfzstpPCYgMK3vlWkpDr3l2CI6lZiNPQ/s4608/IMG_20231230_172759173.jpg"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgytEknKE4RFI6v03MGn2NHsNv2wvZfl31S1zIvru51tQcV12uIaLMCjDKwomY117aWcojCosbbfbqDvB5Qj_-gpkSjVngydhYMrcN35WzE-AKLeU-rAXUOhpfVUmLn2ELL68P5qP8TGOs00ZkdCWmJR3vTwJyfzstpPCYgMK3vlWkpDr3l2CI6lZiNPQ/w480-h640/IMG_20231230_172759173.jpg" /></span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Sempre quis rodar, rodar, rodar, até chegar na lona de um pneu. Nunca consegui porque antes dos pneus chegarem na lona a borracha ou a banda começavam a rachar e ou abrir de velho. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Já escrevi sobre o Levorin Praieiro, que talvez tenha sido um dos pneus mais... problemáticos... que já usei, ... pode ser. Prefiro dizer que é o mais simbólico sobre como ainda é entendida a qualidade pelo povo deste Brasil de 2023. A definição da compra ainda é pelo menor preço, não importa a qualidade e a durabilidade que vá ter, ou seja o custo final do seu uso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A maioria dos pneus que usei e continuo usando em minhas bicicletas foram e são ou importados ou Pirelli, que também são exportados, ou seja, atendem aos quesitos do mercado internacional. Eram concorrentes da Levorin, não diretamente, porque havia alguma diferença no preço, sendo os Levorin normalmente mais baratos e populares.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Já tive pneu importado, vindo de um pequeno país do sudeste asiático, estes sim os piores que já vi. Lá pelos anos 90, de sopetão, os grandes fabricantes de bicicleta foram avisados que não teriam pneus nacionais e tiveram que procurar no mercado internacional pneus para suas vendas de fim de ano. A qualidade era um desastre. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A Levorin pode ter tido seus problemas de qualidade, e não foram poucos, mas nada parecido com estas marcas desconhecidas. A questão do controle de qualidade não foi só da Levorin, mas de todo setor da bicicleta que só queria vender, dane-se o usuário.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A Michelin assumiu a Levorin e a qualidade do Praieiro melhorou muito, mas muito mesmo. Este que está na foto, com a lona aparecendo, durou muito menos que eu esperava, mas comparado aos mais antigos a diferença é grande.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Comprei esta boa bicicleta usada, surrada, que estava com os Praieiros já bem gastos. Sempre quis testá-los, rodei até onde deu com eles e quando não deu mais, por deformação, troquei o par por novos, estes da foto. A diferença para os que vieram com a bicicleta é que ainda foram fabricados pela Levorin, e os novos já eram Levorin / Michelin. A diferença era notável: os novos estavam alinhados, centrados, e permitiam 50 libras de pressão. Os antigos, Levorin, que eu me lembre, eram para 36 libras. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fiquei um pouco decepcionado porque mesmo com pressão mais alta que os velhos ainda rodavam pesado, uma diferença bem sensível para qualquer importado, inclusive os concorrentes diretos. Infelizmente não marquei a data de compra para saber exatamente quanto duraram, mas não tenho dúvida que bem menos que os importados. Quando vi que os novos também tinham chegado na lona me assustei, imaginei que na fabricação a lona tinha sido assentada errada, que ainda dava para rodar por mais um bom tempo. Uma hora desmontei o pneu do aro e com o toque dos dedos ficou claro que iriam estourar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Estes Levorin Praieiros que acabei de comprar já vem com a marca Michelin numa etiqueta. O povão que pedala reconhece com facilidade a marca Levorin, mas duvido que a maioria dos brasileiros tenha o mesmo reconhecimento de marca para a tradicionalíssima Michelin francesa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Montados e rodando, a primeira impressão é que a qualidade da borracha foi melhorada, mas não dá para dizer com certeza se roda melhor mesmo ou é impressão minha. Fato é que roda mais leve com as mesmas 40 libras que os que terminaram na lona, portanto tinham menos borracha e estavam mais leves. Peso faz muita diferença no rodar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Espero que a Michelin vá aos poucos corrigindo os problemas que a Levorin tinha, o que acredito que venha a acontecer. Michelin não vai se queimar num mercado deste tamanho.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Bom resta algumas perguntas: Se eu entendo que os Praieiros são piores que os importados, por que repetir a compra? Primeiro porque não consegui encontrar um similar importado ou da Pirelli. Encontrar pneu 29 é fácil; achar os 26 1.95 para asfalto não, principalmente em São Paulo e nesta época de Natal e férias. Provavelmente no interior ou nas praias seja mais fácil. Aqui, na capital, só tem para bicicleta chique ou da moda, leia-se 29.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quero ver / testar como está a evolução dos produtos da Michelin / Levorin, que é para o mercado da população mais pobre. Comprar e usar é a melhor forma. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Por último, os aros desta bicicleta são nacionais e tem uma pequena diferença no diâmetro para menos. Os importados que tentei montar não paravam no aro quando se dava pressão. Os Praieiros param.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Só agora quando fui fazer esta foto percebi que a marca Michelin não está gravada no pneu, mas que veio estampada na etiqueta de papel que estava presa e que tirei para montar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A calibragem é difícil de achar e ler. Está gravada pequenina no adesivo colado ao pneu ao lado do nome Praieiro bem visível. Precisam corrigir.</span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbV0ZbJVHRlgDrsuQHHoJlrRA6AXbPDRr4H-E29Gn5m5_P28oAPoAEY7Jx6NgRWhEpOP3GIv0EqV9wphmVw6zMUc6iY-obzw2p9ZYmf3qkEg3WYxpIakVPBwryCbNRJbgHGoieydi0TuizLQ6Z0yaAf_vt0LBEX0HOXgksCSHn51-_tUc6aBwpaCr5hw/s4608/IMG_20240108_083706836.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbV0ZbJVHRlgDrsuQHHoJlrRA6AXbPDRr4H-E29Gn5m5_P28oAPoAEY7Jx6NgRWhEpOP3GIv0EqV9wphmVw6zMUc6iY-obzw2p9ZYmf3qkEg3WYxpIakVPBwryCbNRJbgHGoieydi0TuizLQ6Z0yaAf_vt0LBEX0HOXgksCSHn51-_tUc6aBwpaCr5hw/w640-h480/IMG_20240108_083706836.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: arial; font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: large;"><br /></span></div>Talvez o que mais queira em minha vida é parar de reclamar da baixa qualidade. Espero que um dia isto aconteça. O Praiano reflete bem o drama deste país, que começa na fabricação e termina nos compradores que aceitam qualquer coisa em nome do preço mais baixo. Vale a pena? Definitivamente não! Acredito que a Michelin tenha chegado para corrigir velhos erros.</span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-30741588776521436762023-12-29T20:04:00.002-03:002023-12-29T20:04:51.627-03:00Atacado por cachorros<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O Ciclonauta foi atacado por dois bitbulls e saiu bem ferido na perna, acabou no hospital e ficou um bom tempo de molho. Estive com ele e um bom tempo depois ainda estava com a canela enfaixada. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Cruzando no pedal o Vale do Anhangabaú vi um cachorro grande e brincalhão que estava mordendo todas pernas de ciclista que passassem por ele por pura brincadeira. Ele não saía em disparada latindo, mas atacava os ciclistas aos pulos de alegria. Não tascava os dentes, só segurava a calça, a canela ou o tênis com delicadeza. Um outro cachorro acompanhava a brincadeira perturbando o atacante. Não escapei de umas dentadinhas, suaves, que me arranharam a perna superficialmente. Passou um outro ciclista no sentido contrário que não parou de pedalar e o figura, o cachorro, achou que a perna em movimento dele era muito mais divertida que a minha sem movimento e me largou. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Incrível como eles, cachorros, tem controle total sobre as mordidas, indo de um encostar os dentes até o arrancar pedaços. Quem conhece os bichos sabe como eles vão reagir. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Entrar em pânico só piora qualquer situação. Simplesmente pare de girar os pedais, dica que me foi dada por uma amiga veterinária. Funciona. Parou de movimentar a perna o cachorro normalmente perde o interesse. Não funcionou, o negócio é pular da bicicleta para o lado contrário de onde vem o cachorro e usá-la como anteparo. Melhor com pneu furado a dentadas que perna furada ou rasgada com pontos. Se tiver frieza, não reaja, deixe o cachorro se cansar, se for o caso saia de fininho. Tomou dentada, não puxe a mordida. Puxou, rasgou. Mesmo mordido, fique imóvel, que uma hora ele vai largar, ou vai aparecer alguém para ajudar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Duro é quando vem uma matilha para cima. Normalmente tem o cachorro alfa, que identificado pode servir para desarmar ou afastar o resto. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Dependendo da situação o ataque pode ser divertido. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Na Bicycling americana li um divertido artigo sobre treinar sprint fugindo de ataque de cachorro. Não é coisa para amadores. Cachorros aceleram mais rápido que a maioria dos ciclistas profissionais, o que dizer dos amadores. Dá para escapar quando se tem uma boa vantagem, do contrário é dentada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Neste artigo da Bicycling o autor conta que sempre passa pelo mesmo caminho e que sempre foge do mesmo cachorro. Não sei como foi com ele, mas sei que tem cachorro que entende que virou brincadeira. Muitos cachorros são muito inteligentes que a gente pode imaginar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Tem perseguidor pior que cachorro? Opa! Não enfureça uma vaca, ou outro bicho grande. Ser perseguido por uma vaca parece piada, mas quem experimentou definitivamente não quer repetir.</span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgedcTQLoxjDIgMTeK_nIBvqGDxI6qF9-iBnkprxRWUyg9-3X7nfXAzS2gWAcPmYkg76Bauf8y_unaxzZNfhMfCDjRcmlCWRljk60Xqbv1KXrHEBwXyUsHSNb0DB_ENuxAes8Hv5bgaCZ-MVUOWCFEyyD4ORQ2niCwHO__8Wne_R650pr2GT7_8CYlyBg/s4608/IMG_20220411_195740026.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgedcTQLoxjDIgMTeK_nIBvqGDxI6qF9-iBnkprxRWUyg9-3X7nfXAzS2gWAcPmYkg76Bauf8y_unaxzZNfhMfCDjRcmlCWRljk60Xqbv1KXrHEBwXyUsHSNb0DB_ENuxAes8Hv5bgaCZ-MVUOWCFEyyD4ORQ2niCwHO__8Wne_R650pr2GT7_8CYlyBg/w480-h640/IMG_20220411_195740026.jpg" width="480" /></a></div><br /><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-77332179926267832872023-12-05T11:08:00.002-03:002023-12-05T11:08:23.970-03:00Pontas soltas: perigosas e causa de acidentes graves<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fui ultrapassado por um ciclista com o cadarço do tênis direito desamarrado e imediatamente senti um arrepio de terror. Um dos piores acidentes que um ciclista pode sofrer é o cadarço enroscar no pedivela ou engastalhar entre a corrente e a coroa. Não dá nem tempo para entender o que está acontecendo, em uma fração de segundo você está no chão arrebentado. Em casos mais extremos pé e perna saem lesionados. Mesmo que nada aconteça, o que será muita sorte, o ciclista só vai entender o que aconteceu por que o tênis estará preso à bicicleta. Já passei por esta, tive muita sorte, conheço vários que também passaram, até alguns ciclistas profissionais, e ninguém achou engraçado, muito pelo contrário.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Tênis desamarrado causa acidentes de todo tipo com quem quer que seja. Pedestres são sua maior vítima. Basta apontar para baixo, para o tênis da pessoa, que o cadarço é amarrado imediatamente. É quase uma regra entre corredores a pé cuidar do cadarço dos outros, um comportamento menos comum entre ciclistas, talvez porque a regra, melhor dizendo, a moda, é usar sapatilhas, que não tem cadarço por razões óbvias.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O correto é amarrar o cadarço, apertar o nó, girar o cadarço e prendê-lo por baixo do próprio cadarço trançado no tênis. Desta forma é muito difícil fique com perigosas pontas balançando ou que desamarre. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Qualquer ponta solta é um perigo. Um amigo tomou um tombo horroroso pedalando e se machucou todo. Contando em detalhes o acidente levantei a hipótese que a manga do corta-vento tenha enroscado no guidão, o que ele acha que não, mas pela forma como caiu acredito que foi a causa do acidente. Cheguei a conclusão porque sofri um acidente pela mesma causa, lembro de cada fração de tempo do que aconteceu. Percebi imediatamente que minha manga tinha prendido na manopla, e a partir daí tive a certeza que ia parar no chão. A bicicleta entortou para a direita sem que pudesse reagir e meu ombro bateu com força no asfalto. Todo ralado e dolorido aprendi a lição. Por sorte e por calma, consegui me livrar de outros tombos, mas quando a manga ou outra ponta enrosca, o arrepio apavorante toma conta de mim. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Enrole a manga até ela ficar longe do guidão antes de sair pedalando. O ideal é ter o hábito de recolher toda e qualquer ponta solta antes de começar a pedalar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Roupa larga ou casaco amarrado na cintura também podem enroscar na bicicleta, em geral no selim, roda ou pedivela. Repito, qualquer sobra ou ponta solta definitivamente não combina com um pedalar seguro. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O que não pode, mas não pode mesmo, é pedalar com o que quer que seja meio solto ou balançando no guidão ou próximo da roda da frente. Qualquer problema na roda da frente ou na direção tem tudo para acabar num dos tombos mais brutais que um ciclista pode sofrer. Não experimente!</span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-79062832955051959812023-11-28T09:47:00.022-03:002023-11-28T10:33:43.051-03:00Bicicletas no (velho) west (americano) e a história da bicicleta<div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="680" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA3zQY4MEVJFuBmsYThlqRq-1Z70fqDxW2jlGrTjVX4rxHh5nczBdsZTEwgGG8AqrqQlkMdCjh8_Ch6JL0ug6oOrXylfzOADD-QD6vj6rRPmD1qBxvVMUUo3xgk6cAQFwUE_nFDNXL7Z6I_XwVFEWAdAi6NDit8nsBr-RVPvEt7q5sDQ36ohg7zmVUlw/w640-h282/sodbikes2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://cliffhanger76.tripod.com/bikewest/1896/index.html" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">http://cliffhanger76.tripod.com/bikewest/1896/index.html</span></a></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA3zQY4MEVJFuBmsYThlqRq-1Z70fqDxW2jlGrTjVX4rxHh5nczBdsZTEwgGG8AqrqQlkMdCjh8_Ch6JL0ug6oOrXylfzOADD-QD6vj6rRPmD1qBxvVMUUo3xgk6cAQFwUE_nFDNXL7Z6I_XwVFEWAdAi6NDit8nsBr-RVPvEt7q5sDQ36ohg7zmVUlw/s680/sodbikes2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"></span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Eu babei quando vi pela primeira vez este site, The Bicycle & The West, com fotos do velho oeste americano. Mais que uma curiosidade, olhar suas fotos com calma mostra um outro desbravador dos Estados Unidos, bem diferente do cowboy que estamos acostumados a ver e ter como referência. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O filme abaixo mostra a história da revolta em Amsterdam que mudou a história do uso da bicicleta no mundo, a bem da verdade, a história de como pensar a vida nas cidades. A partir daí a bicicleta passou a ser - de novo e mais uma vez - um instrumento de transformação social. O filme tem 8 minutos, tem poucas imagens de bicicletas e ciclistas, mas é a base do que vivemos hoje. Ou seja, é história, a história verdadeira. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/YY6PQAI4TZE" width="320" youtube-src-id="YY6PQAI4TZE"></iframe></span></div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /><span><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A história verdadeira não é a história dos vencedores, mas a história em todos seus detalhes incluindo a história dos vencedores. Muito do que nos foi contado até hoje é a história dos vencedores ou a história que foi criada pelos "perdedores" para ganhar espaço no jogo. As duas são parciais e direcionadas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A história da bicicleta que conhecemos agora está muito influenciada pela história do automóvel, o vencedor. E a história do automóvel deste exato momento vem sendo recontada por interesses de quem até então foram perdedores, ambientalistas e outros que foram 'prejudicados' pelo uso indiscriminado do automóvel. Sim, o automóvel é um problema, mas... Este 'mas', quando contado em todos seus mínimos detalhes, é que faz a verdade, a real história, o que fomos e porque nos transformamos no que somos agora.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A história da bicicleta é uma senhora desconhecida, assim como tantas histórias com "H" maiúsculo que não foram contadas ou tiveram versões muito distorcidas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span>Vivemos um momento fantástico onde as histórias estão sendo revisadas, contadas ou recontadas em detalhes que nunca soubemos até então. Talvez </span>a história mais importante da humanidade que foi muito mal contada e em grande parte apagada seja a real das mulheres, que vem sendo revelada para o espanto de todos que se interessam. Se apagaram o verdadeiro passado das mulheres, imagine só o das bicicletas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não é por gostar de bicicletas que faço um paralelo com a história das mulheres, mas porque só lendo sobre o impacto social e desenvolvimento de engenharia industrial para entender o que realmente foi a bicicleta, tão simples e tão complexa. Meu conhecimento está muito longe de ser profundo, li alguns livros e quem sabe um dia me aprofunde mais no assunto. Um dos livros que tenho, mas não li, é sobre a engenharia, dinâmica, cálculos, física e outros assuntos que não tenho domínio e que são tão específicos que atrapalharam a cabeça de um amigo que é estudioso em engenharia. Simplificando: a história da bicicleta entra em campos específicos que demandam um aprofundamento que não é para qualquer um, eu incluso. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Ver fotos e documentos mais leves dá uma ótima noção do que aconteceu. Não custa procurar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/0e4itNF_AHA" width="320" youtube-src-id="0e4itNF_AHA"></iframe></span></div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div>Tenho uma pequena biblioteca sobre bicicletas. Os livros mais interessantes para mim são os sobre a história das mudanças sociais que a bicicleta trouxe principalmente entre 1880 e o começo dos anos 1900. Já existia a fotografia e estava bem no começo dos filmes, que traduzem muito dos acontecimentos. A comparação entre a leitura e os filmes é esclarecedora porque ler nos leva ao imaginário e fotos e filmes estão mais relacionados com a realidade; um complementa o outro. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Mas precisa tomar cuidado com o que se vê. É importante contextualizar a informação. Olhar como se estivesse vendo nos dias de hoje distorce a realidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Filmes de avenidas de Paris, Nova Iorque, São Francisco do início do século XX mostram muito menos ciclistas circulando do que eu imaginava comparando ao que li. Por exemplo, NY tinha mais bicicletarias em 1900 que tem hoje cafeterias da Starbucks, ou seja, uma barbaridade. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><span>Vale lembrar que estas </span>filmagens que posto aqui são de avenidas ou ruas de comércio muito movimentadas, que talvez não fosse o lugar predileto para ciclistas circularem, como não é hoje. Ademais, não se sabe em que hora e em que época do ano foram filmadas, o que também pode fazer muita diferença. Lembro que ainda hoje boa parte dos trabalhadores que usam bicicleta circulam em horários (entre 4:00 e 6:00h da madrugada) onde a maioria da classe média ainda está na cama. Como a maioria destes trabalhadores não tem refletores em suas bicicletas simplesmente se tornam invisíveis para os motoristas madrugadores da classe média. Outro fator, neblina. E outros fatores mais para que não sejam vistos, portanto não existam perante a história que não foi a fundo. Em outras palavras, tem muito ciclista que é invisível e inexiste perante a sociedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Uma das principais razões para este reescrever a história está na digitalização de documentos e na facilidade de cruzamento de dados e informações, o que de certa forma leva os pesquisadores ao que de fato aconteceu, ou seja, à História (com "H" maiúsculo). Isto só vai fazer bem para todos e tudo. E neste caso a bicicleta tem muito a contar, como tem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/WI6lgUlEUFU" width="320" youtube-src-id="WI6lgUlEUFU"></iframe></span></div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /><span><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-18028006058595561682023-11-20T12:12:00.005-03:002023-11-20T12:14:51.974-03:00Recuperar um aro perdido <div style="text-align: justify;">Antes de mais nada, que puta inveja deste indiano. Estes são os caras para quem tiro o chapéu </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Wpk-VhDYlLY" width="320" youtube-src-id="Wpk-VhDYlLY"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-74185047858673906822023-11-11T15:31:00.010-03:002023-11-11T16:01:49.029-03:00Não tome uma portada.<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;">Passando com pressa</span><span style="font-family: arial;"> </span><span style="font-family: arial;">pela rua Pinheiros</span><span style="font-family: arial;">, a pedal, no início de noite, fui ultrapassado por um jovem vestido com um belo e caro terno, gravata, sapatos social e mochila preta, pelo jeito vindo do trabalho do mercado financeiro. Ele me ultrapassou a mais de 20km/h e como eu estava atrasado aproveitei o estímulo e decidi segui-lo. Depois que me ultrapassou ganhou um pouco de distância e com sua roupa cinza escura e mochila preta, sem qualquer refletor ou luzinha, estava completamente invisível no meio do trânsito; o que não me preocupou muito porque o trânsito estava praticamente parado. O que me deu calafrios foi ele estar naquela velocidade num patinete e principalmente estar passando muito perto dos carros estacionados. Quem já tomou uma portada sabe muito bem o que estou falando.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Acho que a única história de portada engraçada que ouvi foi a que Fila, um grande e caro amigo, forte feito um rinoceronte, contou. O sujeito abriu a porta, Fila não conseguiu desviar e simplesmente dobrou a porta do carro para frente, o que só acontece em filme de super-herói. Como Fila não é super-herói da Marvel, é óbvio que se machucou, menos que os normais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O que é pior, portada ou o carro colidir por trás? Eu prefiro..., melhor dizendo, não prefiro nenhuma das duas hipóteses, mas se o destino mandar um acidente no meio as ruas prefiro mil vezes tomar um carro por trás. Conforme onde você bater na porta vai machucar e muito, muito mesmo, já tendo ouvido de casos que o acidente resultou em óbito. Bater a quina no meio do peito, no externo, pode custar a vida do ciclista. Dependendo da gravidade, do afundamento toráxico, não há o que fazer, o sujeito morre porque não consegue respirar. Se a quina bater nas costelas a dor é aguda e duradoura, esta já experimentei e digo que não é nada legal. Não, não quebrei numa portada, mas numa brincadeira idiota que acabou num poste.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Já tomei portada e cai no meio da rua, o que é um perigo maior ainda. Imediatamente olhei para trás para ver se não vinha carro ou seria atropelado. Minha mão, onde foi a batida, ficou bem dolorida e por muita sorte não quebrei nenhum osso. Conheço vários casos que a mão acabou com pinos, muita fisioterapia e muito tempo ainda sensível. Enfim. sei como é.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Tentei me aproximar do jovem de patinete, mas não consegui. A maquininha infernal vai rápido. Queria dizer para ele prender um refletor na mochila e se possível ter uma luzinha vermelha. Refletor, prioridade, não acaba bateria, simples assim. Voltando, queria pedir que "pelo amor de Deus" (coisa que nunca digo, mas meu estômago estava revirando) que ele se afastasse dos carros estacionados e suas portas. A maioria dos que peço cuidado me responde que afastado ficam mais expostos aos carros, o que se por um lado é verdade, por outro é um erro de estratégia de segurança. É muito mais visível algo na frente do que ao lado. O que está numa posição que dê para passar é menos importante, portanto o motorista segue em frente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O motorista não vê pelo espelho um ciclista, skatista ou patinete que vem passando colado na lataria. O olho do motorista busca pelo espelho os carros que vem vindo, estará focado num ângulo mais aberto. Colado é igual a invisível.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Para a segurança no trânsito o mais importante é ser visto por todos, principalmente pelos que estão dirigindo. Falei "ser visto" e não cegar os outros, há uma imensa diferença para a segurança aí. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A vantagem de estar num patinete que é que no meio do trânsito o condutor é um pouco mais visível que numa bicicleta, onde se pedala sentado e inclinado para frente. O jovem que vi estava com capacete, mas também preto, invisível. Um refletor ajudaria e muito.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;">O segundo ponto mais importante é o "play the game", o jogue o jogo. Uma vez li uma ex</span></span><span style="font-family: arial; font-size: large;">plicação detalhada em um artigo especializado de revista americana. O princípio é básico e simples de ser entendido: quem acompanha o jogo do trânsito tem mais segurança. Diferencial de velocidade entre os dois veículos é a maior causa de acidentes graves. Se o ciclista, skatista ou patinete está circulando junto e em velocidade compatível de todo trânsito, o tempo de reação de todos é maior...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;">Com portada o jogo é diferente. Simplesmente não dá para prever. Se você acredita que vai conseguir reagir e desviar, engana-se redondamente. Quando muito vai dar sorte. Eu não aposto na sorte para chegar inteiro em casa. Não sou louco.</span></span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-43176331169703751452023-11-07T10:22:00.006-03:002023-11-07T10:31:01.936-03:00Cansaço, exaustão: respeitar os limites<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Exausto!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Durante os dias que pedalei na romaria fiquei bem cansado, mas não como depois que acabou tudo e finalmente entrei em casa. Aí relaxei e baixou um cansaço pesado, a beira da exaustão. A cabeça da gente tem muito a ver com o controle do cansaço, mas não só.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Antes de seguir em frente, quando dou algumas dicas de como contornar o cansaço pesado ou a exaustão, quero afirmar que não sou médico, nem preparador físico ou treinador. Dou dicas que aprendi pela vida, mais de 40 anos de pedal e leitura. Podem ser tentadas por qualquer um, com cuidado e principalmente respeitando os próprios limites. De qualquer forma, recomendo que consulte seu médico, lembrando que médicos respondem legalmente por suas ações. Não raro eles têm posições voltadas para o preventivo do paciente e dele próprio. </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Vivemos num país que só recentemente começou a ter alguma cultura sobre o que é a bicicleta, o pedalar e o ciclismo. É fácil ouvir recomendações que deixam claro, para um bom conhecedor, que quem as emite tem um baixo nível de cultura e conhecimento sobre ciclismo. Incluo entre estes médicos, preparadores e treinadores, e vou incluir até ciclistas que fazem sucesso e ganham para falar besteira. Não faz muito, fez muito sucesso, teve um número enorme de seguidores, uma figura que dizia conhecer tudo sobre ciclismo, mas omitiu que tinha aprendido a pedalar fazia só 6 meses. Inegável, figura inteligente, charmosa, de boa fala, deixou dicas e recomendações que se pode considerar perigosas. </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Procure informação, muita informação, de tudo quanto é fonte, cruze informações, cruze com outros esportes, outras atividades físicas, com outras ciências e acima de tudo pense. Já citei o documentário sobre a vida e a carreira de Mark Cavendish e recomendo como ótima referência para o que trato aqui. Não é sobre ciclismo, é sobre o prazer de pedalar. Veja e entenderá.</span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Um ciclista de preferência maduro, experiente, respeitado, referência para ciclistas que também são respeitados, ajuda e muito. Os que valem a pena ser ouvidos normalmente são tranquilos, não aparentam o que são e sabem, não tem soluções mágicas, não vão recomendar algo que não seja para seu nível ou estágio do pedal. Se falar, vão falar o que é importante para sua segurança e integridade. Quem vale a pena ser ouvido provavelmente NÃO vai dizer para você comprar uma bicicleta último tipo, muito cara, cheia das tecnologias, NUNCA vai dizer que "para ser ciclista e resolver seus problemas de pedal precisa de equipamento completo", todas roupas, capacetes, sapatilhas, luzinhas, e tudo mais que seu dinheiro possa comprar, e principalmente que você deve sair para treinar feito um louco no meio da marginal.</span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quem sabe sabe: o que interessa é a técnica, o pedalar correto, o não fazer besteiras, não se machucar. Bicicleta e equipamento são acessórios, vem depois.</span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Eu respeito profundamente meu médico porque já ouvi inúmeras vezes dele "Não sei. Vou procurar me informar". </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Sempre comece pelo básico, o "b a ba". Um passo por vez. Consolide as boas práticas básicas e só então siga em frente. </span></div><div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">As razões para o cansaço podem ser inúmeras. Óbvio que cansaço tem tudo a ver com condicionamento físico, mas definitivamente não só. </span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTwwtAqjJX5VzWX1q2nOmGQczwkXVoG3HuCLuShkD27aekw9Re1rWLKQioHmuAxxdyGSHc_Viqz9fMnCRFU66_lwNvLiargXRh_Zbo2HYVNQmRjbNtMBQbq_51diOfQNfP9i7p6Imc2PeagdAF-QTLzGFWOzaieEAcTLmPqtsZxyKYN6Qq-GIfTKzLiA/s4608/IMG_3741.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTwwtAqjJX5VzWX1q2nOmGQczwkXVoG3HuCLuShkD27aekw9Re1rWLKQioHmuAxxdyGSHc_Viqz9fMnCRFU66_lwNvLiargXRh_Zbo2HYVNQmRjbNtMBQbq_51diOfQNfP9i7p6Imc2PeagdAF-QTLzGFWOzaieEAcTLmPqtsZxyKYN6Qq-GIfTKzLiA/w200-h150/IMG_3741.JPG" width="200" /></a></div>O erro mais comum entre iniciantes, mas não só, é o sujeito sair para pedalar uma vez por semana, aos domingos, só os ensolarados, e fazer quando muito uns 10 km por passeio, e achar que está preparado para os 180 km de uma romaria. Não faça, ponto final.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Encontrei no meio da estrada um casal meio obeso em romaria que estava sentado no acostamento ao lado das bicicletas. Perguntei se precisavam ajuda, disseram que não, e como a cara deles não estava legal puxei conversa. Já tinham pedalado uns 25 km. Pela aparência exausta, se eu pudesse, teria colocado os dois numa ambulância. Perguntei onde eles iriam parar para descansar e responderam que iam direto para Jacareí, uns 65 km adiante. Consegui convencê-los a arranjar uma parada por ali mesmo. A cara de morta-viva da menina fez o namorado se convencer que deveriam parar, mas não sei se cumpriram. Segui em frente bem preocupado. Igual a eles estava cheio. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não precisa tanto. Estou farto de ouvir histórias de gente que foi levada pelo melhor amigo para um passeio leve. Odiou. Por que? O passeio leve foi de 40 km na cidade, incluindo subidas, e pedalar no meio do trânsito, o que deixa qualquer novato estressado, o que por sua vez suga todas as energias.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Vai com calma. Ficar cansado é uma coisa, muito cansado ou exausto é outra, bem diferente, não muito recomendável. Passar do limite da exaustão nem quando está vencendo o campeonato. Mesmo numa competição oficial, o ideal é que você termine próximo do limite. Só com muito treinamento é que se aprende até onde se pode chegar. Ultrapassar o limite nunca, jamais! A questão é afetar o coração e ter problema para toda a vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Bom, mas qual é o ponto, onde está o limite? Varia de pessoa para pessoa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Uma professora de spinnig sem prática de pedalar uma bicicleta normal fez sua primeira pedalada em grupo na rua num passeio que eu estava. Avisei que ela iria cansar, para o guia ir com calma, e tiraram sarro de mim. No fim do passeio ela estava visivelmente cansada e na frente de todos veio me agradecer por tê-la acompanhado. O que houve? Medo, ansiedade, pouco conhecimento de uma bicicleta normal e do pedalar em grupo. Força e resistência ela tinha de sobra, mas não basta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A saber, os melhores ciclistas do planeta recebem treinamento para que a ansiedade não roube as forças nos últimos metros de uma longa subida. Estou falando de ciclistas que participam de Tour de France, Giro d'Italia, Vuelta de España, e outras. Somos todos humanos, todos cansamos por uma razão ou outra, até pela cabeça pensando besteira ou não treinada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Já passei algumas vezes do limite e afirmo com todas as letras: não faça, não perca o respeito por si próprio, não maltrate desnecessariamente seu corpo, não se lesione, não prejudique o futuro de uma vida sadia. Não vale a pena, é estúpido! Respeite seus limites. Divirta-se sem deixar qualquer sequela.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Chegou perto da exaustão pare. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Que fique bem claro: zero vergonha se sentir mal, zero! A maior idiotice que se pode fazer é dar uma de herói, de invencível, de eu sou o bom.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quando o cansaço bate, repito: cansaço, e não dá mesmo para parar, pode-se e deve-se usar todos recursos possíveis, mas precisa saber o que e como fazer correto, ou pode ficar pior ainda.</span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Diminuir o ritmo é obrigatório, mas pode não bastar. Se baixar demais o ritmo pode gerar um sentimento de derrota, o que mina completamente as forças. Um ritmo bem leve e constante pode ajudar a estabilizar o organismo, mas precisa ser preciso no pedalar, na cadência, no trocar de marchas, no deixar a bicicleta rolar. Aprenda e treine no dia a dia, quando você está descansado, para poder aplicar nos momentos difíceis. Ou seja "b a ba". </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Em hipótese alguma use alguma substância para "religar" seu corpo, mesmo que seja energético. Leia a respeito. </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não morra pela boca. Fazer uma refeição no momento errado ou pela escolha errada do que comer pode ser tão prejudicial quanto não comer. Ou não hidratar-se adequadamente, um erro tão grosseiro que nem vou falar (mas que já fiz aos montes. Burro!)</span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Já tinha pedalado tranquilamente 40 km quando parei para almoçar. Faltavam 60 km para o destino final, peguei de volta a bicicleta, pedalei mais uns poucos km e as forças simplesmente acabaram. Maldito almoço na hora errada, ou na dose errada, ou ainda a escolha errada, não sei o que, talvez tudo junto. A questão naquele momento é que ou seguia pedalando ou pegaria uma tempestade com raios, que de fato caiu logo depois que cheguei ao hotel. Foi um pedal duro, pesado, exaustivo. Maldito almoço! A técnica do fazer bem me salvou.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Como pedalar numa situação destas? Se não tiver prática recomendo seriamente que pare e espere até sentir-se melhor. Que minha família não ouça, deveria ter parado. Continuei porque tenho anos de pedal, de leitura, de aprendizado e, sobre tudo, diabetes, que me obrigou a ouvir meu corpo e respeitar limites. Repito, se a comida caiu mal, pare e espere até voltar ao normal.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não aguenta mais, mas tem que continuar? Faça um giro de pedal que usa o peso das pernas para seguir em frente. Reduza ao máximo o uso da força, use a inércia das pernas para seguir em frente. Experimente no dia a dia deixar que o peso das pernas gire os pedais. É uma sensação deliciosa. Ciclistas profissionais usam esta técnica com muita frequência.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Estamos num momento da história que tudo está muito acelerado. As pessoas estão passando por cima do cansaço e exaustão com muita frequência, os dados da Organização Mundial da Saúde provam isto. Aprenda a ouvir seu corpo e sua cabeça. Controlar o cansaço é algo que se deve fazer nas coisas mais triviais no dia a dia. Busque informação sobre o que é "ócio produtivo" e pratique, faça dele uma regra para sua vida, seus resultados serão muito melhores em tudo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><a href="https://www.jeffgalloway.com/training/run-walk/" target="_blank">Jeff Galloway</a>, respeitado maratonista de ponta, criou a técnica run walk run. Procure, leia, é mais que interessante, é essencial. </span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-23550176270597476812023-10-30T09:37:00.012-03:002023-10-30T09:50:31.670-03:00O inferno da manutenção no eixo dianteiro <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Faz diferença, e muita!, rodar com rolamentos que giram lisinho. Com o tempo o sistema de rolamento vai ficando arranhado, o que é normal, e a troca dos cones, que o primeiro a dar defeito, costuma resolver. Como dá para saber o estado dos rolamentos? Encosta dedo no eixo e veja se tem vibração; se tiver está na hora de fazer manutenção. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Sempre fiz a troca dos cones de rolamento do eixo dianteiro em uma hora, uma hora e meia. É um trabalho simples, quase sem segredos. Gasta-se mais tempo para conseguir um bom ajuste que na limpeza do sistema: bacia, esferas, eixo, e a troca do cone em si, e a final checagem do estado de cada uma das esferas de rolamento. Isto foi no passado. Hoje gastei quase 5 horas e me irritei a não poder mais. Por que? Qualidade, ruim, e perda de padronização.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Entendi mais uma vez porque bicicletarias trocam tudo em vez de consertar. E porque as boas bicicletarias se recusam a pegar certos trabalhos de oficina. Com esta falta de padronização o que dá trabalho vai para o lixo ou se perde um tempo absurdo para fazer funcionar. Em outras palavras: a bicicleta mais simples, mais barata que temos hoje, não é tão ambientalmente correta assim. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Estive com um dos melhores mecânicos do Brasil procurando um eixo completo de qualidade, que não tinha, mas no meio da conversa ele contou que a falta de padronização afeta todas as bicicletas atuais, inclusive as mais caras, como a de triathlon de R$ 80.000,00 que ele estava mexendo naquele momento. "Para que um allen de 2,5 mm? Por que não usar um allen 3.0 mm aqui?" </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Infelizmente eu já estava acostumado com a pequena vibração do eixo dianteiro. Era possível sentir o problema girando a roda no ar e colocando o dedo sobre a ponta do eixo. Confesso que exagerei minha preocupação ambiental, razão para não ter feito a manutenção antes. Tudo tem um limite.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Desmontei o eixo e os arranhões no cone eram visíveis. Não tinha em casa um eixo novo e fui comprar numa bicicletaria de confiança. Nem olhei o que me foi vendido, fui para casa tranquilo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Limpa tudo, uma sujeira de graxa velha horrorosa. Graxa nova, esferas no lugar, cone e contraporca ajustados numa ponta do eixo, monto tudo e... não tem espaço para fazer o ajuste geral. Os cones que vieram são mais curtos que os originais. A flange do cubo é maior que as convencionais e não dá espaço para entrar a chave 14 no cone. Coloco arruela para tentar resolver e num aperto o eixo espana. Nunca em toda minha vida vi um a rosca de um eixo espanar. Sei quantas roscas espanei pela vida e foram bem poucas. Mais, estou mais velho e com bem menos força nas mãos e braços, portanto dou menos aperto que antigamente, o que faz o eixo espanado mais ridículo ainda. Que merda! </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Busquei nos meus vidros e achei dois cones ainda bons, melhor, usáveis e mais compridos, mas diferentes um do outro, não perfeitos, e terminei o serviço.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quando estava conversando com o excelente mecânico contei que o eixo tinha espanado. Ele não acreditou. Perguntou se não tinha trocado as bacias também. Não troquei. Fiz o que pude, não o que seria desejável ou ideal. As bacias costumam durar muito mais que os cones, e é praticamente impossível encontrar bacia de cubo mais simples para comprar. Se tiver que trocar as bacias... joga fora tudo, não tem outra saída. Ridículo. Ambientalmente um crime, mas assim é. </span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-48101877506140137962023-10-14T15:52:00.271-03:002023-10-15T16:14:05.116-03:00Irritado com a 29<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">"Americanos usam capacete. Holandeses pedalam" escrito num cartaz pendurado numa locadora em Amsterdam é mais que uma imagem que não sai da minha cabeça. Não diz só respeito ao uso do capacete em si, mas a imensa diferença na forma como holandeses e americanos, e porque não dizer europeus e americanos, vêm, pensam e usam a bicicleta; aliás, a vida em seu todo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A 29 é um produto americano, nada mais que um pneu 2.1 vestido num aro 700 tipicamente europeu, que acabou dando nome a toda uma geração nova de bicicletas. A saber, o diâmetro total da roda é 29 polegadas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Preciso de pneus novos para minha 26. O mercado tem? Tem, mas em bicicletaria boa, onde se encontra qualidade, nicas. Se encontrar, se tiver muita sorte, só 26 populares, que rodam pesado e tem pouca durabilidade, quando tem. Nunca um pneu digno, como os que tenho faz muito rodando em minhas outras 26, chegou na lona tão rapidamente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Pneu com opções de desenho de banda de rodagem? Praticamente não há mais, nem entre os 29. Chegamos ao "é o que tem", e ponto final. Não faz muito haviam inúmeras opções, para todo tipo de uso. Acabou. E agora gasta rápido. Meio ambiente? Que se dane!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Já fui a várias boas bicicletarias e eles, obviamente, só tem para as 29. Aliás, tudo é para 29, todas as bicicletas são 29, só se fala em 29. Eles até sabem o que é uma 26, alguns olham saudosamente para a bicicleta, outros só faltam cuspir em cima, e respondem como você fosse com um homem das cavernas ou um retardado. "Não conheço quem ainda trabalhe com 26" resposta trivial. O conselho de todos é sempre o mesmo: internet. Até aí o homem das cavernas, o retardado vai, mas... e se eu não quiser comprar as cegas, se quiser ver, tocar, examinar antes de comprar?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">As 29 são produto americano, com a filosofia americana. Nada contra americanos, muitíssimo pelo contrário, e nada contra as 29, que são maravilhosas... para o uso que foram criadas: mtb. Quando falo em 26 também estou falando de um modelo que originalmente foi criado para mtb e acabou sendo usada para tudo, sei disto. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Meu ponto é outro, é o estrangulamento das opções para o ciclista, o impor produtos novos para segurar as vendas, o obrigar a trocar a sua 26 por uma 29 no berro, na imposição, no ou troca ou troca. Obsolescência programada, que nojo! Aí estou com o europeu que tem outra postura; o que existe deve ser usado por mais tempo possível, e tendo uma boa relação com a função por que mudá-la, por que descartá-la? Na Europa as bicicletarias são bicicletarias, não uma boutique chique para vender o produto da moda. Óbvio que também se pode ter alguma dificuldade de encontrar alguma peça específica, mas não como aqui. E faço justiça aos americanos, onde tem de tudo para todo tipo de usuário ou consumidor. Lá a resposta dos atendentes vai ser: querendo, conseguimos, estará aqui dentro de tantos dias, poucos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Entendo o porquê do pessoal gostar tanto das 29, mas tenho certeza que além das características do rodar há muito de moda e status nesta preferência. Rodas maiores passam melhor sobre irregularidades, tem melhor estabilidade direcional e reações mais lentas, ótimo para a maioria dos ciclistas comuns. Uma 26 é um pouco mais arisca, acelera mais rápido e sobe um pouco melhor. A diferença entre as duas é pequena. Fato é que as mtb 26 mudaram a história do uso da bicicleta, então não devem ser tão ruins assim para ser descartadas por uma 29. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Tenho uma boa 29, com bons pneus, mas que furam com mais facilidade porque tem bem menos borracha que os pneus das 26, uma questão de peso. Dá para colocar um pneu mais borrachudo na 29? Dá, mas é um crime, aumenta o peso da roda, o que faz bastante diferença em todo comportamento da bicicleta, principalmente no acelerar e manter a velocidade. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Enfim, minha bicicleta é uma 26 2.1 ou 1.5, ou uma 700 / 42 urbana tipicamente europeia que os americanos apelidaram de híbrida. É o que se encaixa no meu pedalar, onde me sinto confortável. Me encaixo melhor que no pedalar a 29, simples assim, um direito meu, ou não é? O mercado vem dizendo que não é minha opção, que quem manda são eles. Discordo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Outro ponto: é ridículo, mas os ladrões dão muito mais atenção para as 29 do que para as 26. Fico com a 26, eu quero ir onde quiser, me sentir livre, ter menos preocupação. E furar menos pneu. Eu só quero pedalar, posso, ou tenho que estar numa 29? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O distinto cavalo da foto olhou para mim cara e reagiu: "Este eu não levo!" Se até o cavalo pode ter suas manias, porque eu não posso?</span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDRrZT93xywyPiWg4B-5KFHfI250lZCCZXCP7SHALThx1kHutX7Mnq7tCjWfpNLAxS5i0OZxXiqW53FxoeIq-N90RMUqUsVy25R7uN8qzIKiQgVYCVss0GeUlYjYx5iw9Q8ujeWEHwt5Igtb9djmHsn3LqjILYU1AI10hCtRqHJrJijwBn8-HhDNqdkQ/s2048/IMG_5241.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDRrZT93xywyPiWg4B-5KFHfI250lZCCZXCP7SHALThx1kHutX7Mnq7tCjWfpNLAxS5i0OZxXiqW53FxoeIq-N90RMUqUsVy25R7uN8qzIKiQgVYCVss0GeUlYjYx5iw9Q8ujeWEHwt5Igtb9djmHsn3LqjILYU1AI10hCtRqHJrJijwBn8-HhDNqdkQ/w640-h480/IMG_5241.JPG" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-21893858374399279622023-10-08T21:14:00.005-03:002023-10-08T21:51:49.311-03:00Desregulou o câmbio de uma hora para outra? Batata! é o cabo<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGTfkO3DD2hH7wKzN000zNtxkqYnGXYLE9c-y4cQeeNz8mg_pffuNVMZCvKLRzsM16L1X6MO6vlDA45nfQm8F4EwKkFZrBAS4Uu87hUw54p52LeZ5pMsZbeLPtwIXrZwXlT9afEcoq1S77A3IOiLcxhBs4DCIduSLUPwGnOKV1S9Ofs-TCK3amXQb2sQ/s1600/Screenshot_20231008-211203.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="720" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGTfkO3DD2hH7wKzN000zNtxkqYnGXYLE9c-y4cQeeNz8mg_pffuNVMZCvKLRzsM16L1X6MO6vlDA45nfQm8F4EwKkFZrBAS4Uu87hUw54p52LeZ5pMsZbeLPtwIXrZwXlT9afEcoq1S77A3IOiLcxhBs4DCIduSLUPwGnOKV1S9Ofs-TCK3amXQb2sQ/w90-h200/Screenshot_20231008-211203.png" width="90" /></span></a></div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Um amigo que mora longe pedindo ajuda mandou fotos da bicicleta, escreveu que a marcha mais leve estava fazendo uns barulhos estranhos, pulando, que o problema tinha surgido de um dia para o outro, que não estava vendo nada de errado e perguntando o que fazer? Li rápido, lembrei de quantos anos tem a corrente, de quanto ele pedala por dia e achei que deveria ser corrente e relação gastas. No dia seguinte ele disse que agora as duas marchas mais leves não estavam engatando direito, que a corrente ficava pulando e que quando ele engatava para as marchas mais pesadas a corrente demorava para se mexer. Opa, matei a charada. Batata! é o cabo do passador de marchas que desfiou e vai romper. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Escrevi respondendo: "Vai até uma boa bicicletaria e troca o cabo de câmbio por um da melhor qualidade que tiver. Não coloca cabo vagabundo porque o barato vai sair mais caro que você possa imaginar". Problema resolvido.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Este meu amigo é um ciclista normal, não tem experiência com mecânica, para ele a bicicleta tem que funcionar, e funcionando, rodando, está bom. Mesmo que tivesse conhecimento, cabo que começou a desfiar é um problema que prega peças em qualquer um, até em bons mecânicos. Só fica claro que é o cabo quando ele está prestes a romper. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O cabo desfiado mais memorável para mim foi um que começou a quebrar exatamente na cabeça, dentro do passador de marchas. Era invisível o defeito. As trocas de marchas começaram a ficar estranhas, lentas, imprecisas, ai voltavam ao normal, em seguida ficavam estranhas..., e eu procurando sujeira no sistema, olhando a corrente, revisando câmbio, mais, abrindo a caixa do passador de marchas para ver se tinha algo e nada, eu não enxergava a cabeça do cabo desfiada. Até fui a uma bicicletaria confiável e meu amigo mecânico também não conseguiu entender o que acontecia. Confesso que fiquei pirado. Um dia a coisa desandou de vez e só aí o cabo rompido ficou visível. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A loucura não terminou com a troca do cabo. Um fiapo de cabo estourado entrou nas engrenagens do passador e as marchas uma hora funcionavam, outra não. Olha aqui, olha ali, revisa aqui e e ali, e nada. Demorou até o fiapo ficar visível. Foi pegar o fiapo com uma pinça e problema solucionado. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Cabo tem que ter a melhor qualidade possível. Óbvio que uma bicicleta básica não precisa de um cabo de câmbio de bicicleta de competição que custa um absurdo, mas entre um cabo sem procedência definida e um cabo de marca conhecida fique sem qualquer dúvida com o conhecido, mesmo que este custe duas ou três vezes mais. Não é só uma questão de durabilidade, mas de funcionamento do sistema, de ter a troca de marchas mais precisa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Eu sou da geração bem do início do mountain bike. Aquelas bicicletas foram feitas para durar, para rodar muito sem quebrar, eram uma maravilha. As de hoje não são fabricadas com o mesmo intuito: obsolescência programada, assim como todas suas peças e componentes. Sinto saudades dos velhos cabos que duravam 10, 20 anos de uso direto, o que não acontece mais. Fiquei muito surpreso quando tive que trocar um cabo de câmbio de marca respeitada com uns 3 anos de uso. O cabo do qual tomei uma surra, o que conto aqui, era da melhor marca do mercado e tinha uns 5 anos de uso. Enfim, o engate de marchas está estranho e todo sistema que é visível está direitinho? Troca o cabo.</span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-87561549059657779322023-10-04T09:01:00.001-03:002023-10-04T09:01:19.052-03:00Mudanças no CTB - Dep. Paulo Abiackel / ex Dep. e Secretário Walter Feldman<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Recebi para revisão um Projeto de Lei, nº 6.207, de 2013, de autoria do então Deputado Walter Feldman e com relatoria do Deputado Vanderlei Macris. Estendo agradecimento ao Dep. Paulo Abiackel, a quem envio esta revisão. A primeira coisa a dizer é que tenho que agradecer ao Walter Feldman por não só ter acolhido, mas ter transcrito nos termos da Lei e colocado em pauta no Congresso Nacional um esboço sobre que leis relativas a mobilidades que considerava então, lá em 2013, ou melhor, provavelmente antes de 2013, que deveriam ser alteradas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Agradeço e muito também terem entrado em contato comigo avisando que o Projeto de Lei estava em andamento e pedindo para eu dar uma revisada. Tomei várias vezes a iniciativa de mandar projetos de Lei para o Congresso, Assembleia do Estado de São Paulo e Câmara Municipal de São Paulo, e como regra acabei não sabendo o que aconteceu depois. Num dos casos, da revisão do CTB, muitos anos depois tive uma grata surpresa quando me contaram que minha iniciativa tinha dado bons resultados.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A todos que querem mudar este país, seu estado ou sua cidade para melhor, recomendo que coloquem no papel suas ideias e levem a um político de confiança. Se o político for realmente sério sua proposta será estudada, pensada, e se couber será levada a frente. Mesmo que não dê em nada, pelo menos no que diz respeito à Lei, fará o pessoal pensar, o que uma hora, no momento certo, fará muita diferença.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Diferente de confrontar o sistema, propostas de lei, diálogo, abrem caminhos que podem ser demorados, mas terão um fim aproveitável.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Minha revisão:</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">"Trânsito é o sistema de leis e organização social mais simples e fácil de ser entendido e cumprido. O sinal fica vermelho, para. O sinal fica verde, segue. A flecha aponta para lá siga para lá. E assim vai", João Assumpção.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">"Trânsito é o reflexo perfeito de sua sociedade", Roberto da Matta, antropólogo.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Concordo com o Relator em que ciclovias e ciclofaixas em projetos de infraestrutura básica para implantação de empreendimentos habitacionais e nos projetos de regularização fundiárias não fazem sentido devido a diversas razões, mas tenho certeza que se deva obrigar por lei a que estes mesmos projetos deem preferência a segurança de pedestres, crianças, idosos e pessoas com deficiência de mobilidade, que fazem a maioria dos moradores locais, e ciclistas, o que se pode alcançar por meio do projeto de urbanização e de um projeto de vias voltado para o acalmamento de trânsito. Vias pensadas para a fluidez de veículos motorizados, como se vê nestes projetos populares que até hoje são implantados, devem ser evitadas por força de lei. Ruas e avenidas devem ser descontínuas, ou seja, projetadas para que os motoristas e motociclistas sejam obrigados a constantes mudanças de direção, o que diminui a velocidade geral do trânsito e aumenta muito a segurança de todos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Está provado que lombadas são um paliativo para automóveis e veículos pesados, mas não para motos e scooters que passam por elas em altas velocidades sem problemas.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Complementando, vias de passagens exclusivas para pedestres e espaços abertos de vivência também devem ser pensados de forma a que não estimulem, facilitem ou permitirem a circulação ou passagem de motociclistas e até mesmo de ciclistas, o que se pode conseguir através de cuidados com o desenho urbano e viário no entorno do dito espaço.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Acalmamento de trânsito</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Onde se lê "ciclovia e ciclofaixa" eu trocaria, acomodaria ou incluiria em todo projeto de lei, e se possível no CTB, "acalmamento de trânsito" que é medida de maior impacto na segurança de pedestres, crianças, idosos e pessoas com deficiência de mobilidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Ciclovias e ciclofaixas foram medidas importantíssimas para o avanço do uso e da segurança do ciclista e para a discussão das mobilidades ativas, não motorizadas, mas são medidas segregadoras, e foram e ainda são razão de um grande número de atropelamentos de pedestres.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Outro problema está a chegada das bicicletas elétricas que modificou muito a dinâmica de segurança dos ciclistas em geral, principalmente os que pedalam no arroz e feijão em ciclovias e ciclofaixas.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Acalmamento de trânsito bem projetado e implantado resolve boa parte dos problemas urbanos, humanos e de segurança que temos hoje. Em inúmeros casos faz desnecessária a implantação de ciclovias e ciclofaixas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Acalmamento de trânsito é visto em todo mundo como medida certa para resolver problemas que vão muito além da segurança no trânsito. Todas as experiências estão mostrando um impacto social e econômico altamente positivo. Se houver interesse ver "Ruas sustentáveis de NY" de Sérgio Abranches, de 2007, (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=Zk8BwZtESHc&t=136s">https://www.youtube.com/watch?v=Zk8BwZtESHc&t=136s</a>) e olhar o incrível impacto positivo que a medida teve nesta Manhattan - NY que temos hoje, na segurança no trânsito, no social e no econômico. Cito este caso porque é o mais implemático, mas definitivamente não foi o primeiro e único.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Art. 30</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">§ 2º .... o ciclista deverá sinalizar por meio de dispositivo luminoso, ....</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Deve ser excluído porque nunca vi nem soube da existência de dispositivo luminoso para sinalizar mudança de direção de ciclista. Sinalizar com a mão esquerda já basta.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Art. 40</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">VIII - as bicicletas não poderão utilizar luz intermitente ou pisca-pisca...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O problema não é a utilização de luz intermitente ou pisca-pisca, mas sua intensidade e frequência que não está definida por lei. O grave problema é que alguns faróis de bicicleta chegam a ofuscar outros ciclistas, motoristas e motociclistas a quase 100 metros de distância, e não é exagero meu. A outra questão é a frequência do pisca-pisca de luz branca, dianteira, que em vários casos é tão rápida que cega a todos em volta. Infelizmente tem motociclista usando este tipo de dispositivo. Alerto para que o próprio CTB já determina que este tipo de luz pisca-pisca só pode ser usado por veículos especiais ou autorizados pelas autoridades competentes. Repito, o problema e grave, é a falta de definição de limites aceitáveis, não necessariamente o seu uso. Lembro que todas as bicicletas públicas da Europa e várias aqui também usam pisca-pisca dianteiro e traseiro, mas com intensidade que não interfere na segurança dos outros.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Caso seja acatada a minha sugestão lembro que bicicleta é perante o CTB um veículo, portanto as definições já estão estabelecidas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O comentário vale para luz e pisca-pisca traseiro, mas o problema aí é menor.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não sei se cabe, mas seria recomendável um reforço a obrigatoriedade dos refletores mesmo com uso de luzes e faróis. Alerto para a dificuldade de aceitação do brasileiro de ter refletores na bicicleta se deve muito a baixa qualidade dos que são fabricados no Brasil, principalmente no que diz respeito a forma de fixá-los a bicicleta.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Art. 58</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">... próximo ou paralelo ao bordo da pista de rolamento...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Aprendi com respeitadas revistas americanas sobre ciclismo e uso de bicicleta e confirmei por experiência própria e em conversas com ciclistas, que o próximo ao bordo tem seus limites e que se for entendido como bem próximo prejudica e muito a segurança do ciclista porque indica ao motorista que o ciclista está permitindo a ultrapassagem. Em situações nas quais o espaço da via é estreito o estar muito próximo ao meio fio e não ficar mais bem posicionado na via pode ser bem perigoso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O ideal, que é recomendado por publicações, é que o ciclista mantenha aproximadamente um metro de qualquer obstáculo a sua direita, incluindo o bordo, de forma que tenha espaço para um eventual movimento de desvio, e que em caso de via estreita não permita a ultrapassagem do veículo motorizado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A outra razão é psicológica, por assim dizer. O posicionamento e a forma como o ciclista pedala na via faz toda diferença no comportamento, na relação, que o motociclista ou motorista terá com ele. Simples de explicar: quem se sente calmo, confortável e seguro dirigindo atrás de um domingueiro?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A forma como um ciclista pedala na via define sua segurança no trânsito.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Art. 62</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A velocidade mínima para veículos automotores não poderá ser inferior á metade da velocidade máxima estabelecida...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Como fica este artigo quando o motorista estiver atrás de um ciclista, de uma cadeira de rodas ou montaria ou charrete? O artigo foi pensado na circulação exclusiva de veículos motorizados, não incluindo situações com mobilidades ativas. Pelo que vi mais a frente tem algo que sinaliza no sentido de meu comentário, mas lembro que as primeiras palavras via de regra são as que marcam mais.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Art 69</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Comentários e sugestões no final.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Art. 80</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">§ 1º A sinalização será colocada em posição e condições....</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Eu adicionaria "respeitando quem fará uso delas". Sinalização para ciclista posicionada na mesma altura da para veículos motorizados não funciona com deveria, por exemplo. Sinalizações encavaladas é outro problema muito comum. Excesso de sinalização...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A solução está em estabelecer critérios para as sinalizações. Do jeito que está não funciona, os erros e problemas são frequentes e fáceis de serem vistos. Ou pior, não vistos.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Complementando: urge fazer uma revisão das normas e especificações do CONTRAN relativas a sinalização para pedestres, crianças, idosos, pessoas com deficiência, ciclistas, skatistas e mobilidades leves elétricas. Nossa sinalização ainda é muito rodoviarista. Europa e Estados Unidos tem uma carta de sinalização muito mais ampla e eficiente. O Brasil é signatário de tratados internacionais, portanto...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Comunicação é tudo e a comunicação que temos no trânsito poderia ser muito melhor.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Art. 211</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Confesso que fiquei em dúvida o que pretende este artigo. Com será interpretado nos interiores deste Brasil? esta é minha dúvida.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">II - art 59-B</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">fala sobre patinetes, skates, segways (na época que escrevi o artigo parecia que o Segway iria ser muito usado, um fenômeno mundial, o que não aconteceu)... velocidade compatível com a segurança dos pedestres.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">o que nos leva a questão legal dos menores de idade, usuários destes modos de transporte, que em nenhum momento vejo incluídos no CTB. A responsabilidade legal sobre os menores é dos responsáveis, diz a lei, mas em termos práticos não significa absolutamente nada em relação ao comportamento deles no meio do trânsito e nas calçadas</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">no código de trânsito da Florida ou de Miami, não me lembro qual, crianças e pessoas com baixa estatura só podem pedalar na calçada. A justificativa é simples: por causa da baixa estatura na rua se tornam invisíveis no meio dos carros, o que é um problema gravíssimo para a segurança deles</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Como pegar marmanjo ultrapassando e tirando fininha todo mundo a milhão numa calçada? Como punir? Neste termo qual a validade deste artigo com o qual concordo em grau gênero e número, mas creio que deva ser mais trabalhado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Art. 4º Anexo I, Lei nº 9.503 de 1997...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quem não pedala não faz ideia de como está ficando tensa a questão da convivência, na circulação, com os condutores de bicicletas elétricas e ditos similares. Aqui a única coisa que peço é que fiquem atentos à questão. Acabei de voltar de um mês na Itália, Roma, Bari, Napoli, e 15 dias na França, Lyon e Paris. Em Paris se vai fazer um plebiscito para saber se proíbem de vez com os patinetes, por exemplo. Em NY o problema vem de longe e ganhou proporções não esperadas. O uso de bicicletas elétricas mesmo lá está bastante confuso, para dizer o mínimo. É uma novidade em todas as partes, sabemos. Pelos dados de um estudo profundo realizado e publicado pelo banco UBS, um dos cinco maiores do mercado, sobre o futuro das mobilidades no mundo apontam para um grande investimento nas mobilidades elétricas individuais, ou seja, aponta para um crescimento rápido para estes tipos de transporte. Ou se presta mais atenção ou o caos dos entregadores, por exemplo, ficará muito pior.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Parágrafo único. Os semáforos... tempo de espera para a travessia...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Agradeço sua inclusão e dou parabéns. Semáforos tem que ter tempos realistas. O da av. Paulista não faz muito não permitia que mulheres sadias, mas idosas, terminar o cruzamento de uma das vias.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Outro problema, por exemplo, é comum uma resposta como a da CET SP: "não encontramos necessidade de instalação de semáforo no local", no caso rua Augusta com Oscar Freire que quem conhece sabe o quanto é necessário. Os exemplos negativos são fartos por todas localidades do Brasil.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não sei onde, mas se deveria fazer a recomendação que os sistemas de semaforização a serem implantados não sejam rodoviaristas, ou seja, só voltados para a fluidez de veículos motorizados. Qualquer novo sistema deve ter em seu perfil softer com programação voltada pelo menos aos tempos de pedestres, transporte de massa (ônibus e VLT) e de outros veículos motorizados, se possível incluindo tempo para mobilidades ativas, não motorizadas, neste caso evitando que ciclistas cruzem junto ao pedestre, o que sempre causa ou algum conflito ou desconforto para pedestres.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Para mim falta em todo CTB deixar explícito "pedestres, crianças, idosos, pessoas com deficiência de mobilidade". As razões são simples:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">o número de idosos só cresce e não há qualquer sinal que este crescimento vá parar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">a condição física dos idosos é cada vez melhor, mesmo assim eles são idosos e tem redução de mobilidade conforme a idade avança</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">colocar todo um projeto de segurança levando em consideração a velocidade e habilidade cognitiva de um pedestre médio incorre em erros grosseiros e pode levar a insegurança de boa parte da população</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">crianças não são pedestres, mas crianças. Há um diferença fundamental principalmente quando se leva em consideração um padrão básico "pedestres" para os projetos</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">pessoas com deficiência de mobilidade respondem a bem mais de 10% da população, algumas pesquisas apontando 11%, outras para 17%, dependendo do critério. Fato é que elas estão ai e não são traço estatístico e está havendo um sensível crescimento desta população, ponto final</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Art. 69</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Para cruzar a pista de rolamento... cem metros (?).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Este Artigo levanta a questão sobre de quem será a real preferência de circulação. Parece não restar mais qualquer dúvida que a preferência deve ser de pedestres, crianças, idosos e pessoas com deficiência de mobilidade, mas não é o que aponta este Artigo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Da forma que está em lei, neste Artigo não é o que acontece. Faço uma longa justificativa após pontos básicos que creio que tenham que ser pensados para este Artigo do CTB.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">uma única medida, uma única distância, um único padrão definido não se presta a realidade. Temos cruzamentos em ruas, avenidas, avenidas expressas e estradas. Temos cruzamentos simples, com várias vias, em rotatórias, curvas abertas, fechadas, em cotovelo... O correto seria fatiar o artigo definindo padrões possíveis para cada situação, mas deixando claro que a preferência deve ser o pedestre.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">não sei se cabe, mas em certos casos incluir sinalização informativa dando as razões para o ponto de cruzamento. Não continuar com o "é assim porque tem que ser assim", que até pode ser desta forma, mas não com uma comunicação explicita ou implícita de quem manda aqui sou eu (a autoridade competente). Não deixar o pedestre se sentir o último dos últimos na escala de respeito, o que hoje acontece. A maioria não sabe verbalizar, isto não significa que não tenham a sensação de que são uns .... e que não sabem de nada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">e me ocorre agora que não basta a faixa de pedestre estar posicionada com respeito, mas ela deve ser convidativa, deve ter bom acesso e boa continuação, o que nem sempre acontece. Cem metros não significa nada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Peço desculpas pelo longo argumento e justificativas que segue contra este artigo. Na verdade não os são, poderia aqui ir muito mais longe nas razões porque considero este Art. 69 errado. Pela minha experiência sempre foi um dos pontos mais críticos do CTB.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O Art. 69 do CTB lembra muito o "Antes de entrar neste elevador certifique-se que o mesmo se encontra neste andar", lei que num julgamento pode tirar a responsabilidade do condomínio, do administrador do condomínio, da empresa de conservação e manutenção, e no caso de acidente abre amplas possibilidades para que se responsabilize a vitima por não ter olhado e certificado se o elevador se encontrava no andar. Mesmo que um suposto julgamento dê ganho de causa para a vítima, a plaqueta na porta do elevador lembra a todos "que você é um imbecil e não sabe o que está fazendo"</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Da forma como está este artigo 69 do CTB a obrigação é do pedestre em cumprir o que foi estabelecido pelos técnicos, o que não corresponde necessariamente aos desejos, interesses e lógica dos pedestres. A alegação que os cem metros são para a segurança do pedestre não raro não se sustenta, com tento mostrar mais a frente.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">É humano buscar os caminhos mais curtos e sensatos. Isto é valido para pedestres, ciclistas, motociclistas e até para motoristas que em determinado momento buscam uma contramão para não dar uma grande volta. Mesmo em países muito civilizados com uma população muito bem educada e treinada o caminho mais curto e rápido é a primeira opção de todos. Exemplo mais marcante é o cruzamento super lotado em Tóquio onde o pedestre pode cruzar as avenidas em X.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Aqui no Brasil, como em qualquer parte do planeta, pedestre, aquele ser humano, tende a fazer o que é mais prático para ele, não o que as autoridades fazem ou mandam. Aliás, é fato que temos um sério problema de reconhecimento da autoridade e de suas determinações. Cem metros?</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Um olhar apurado aponta para que inúmeras vezes o posicionamento da faixa de pedestre só faz sentido quando se leva em consideração a fluidez dos veículos motorizados e ou a segurança jurídica das autoridades de trânsito.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A segurança das autoridades de trânsito porque eles cumprem o CTB e as normas técnicas ligadas ao CTB, o que os isenta ou reduz praticamente a zero qualquer possível processo por erro de projeto de sinalização ou outros até no caso de um acidente onde o pedestre tenha cruzado fora da faixa de pedestres. Mesmo que o posicionamento da faixa de pedestres esteja a menos de 50 metros, esta pode e muitas vezes está fora da realidade e bom senso não só do pedestre, mas do viário e do uso do espaço urbano. É fácil encontrar exemplos. Mesmo assim, cumprindo o estabelecido pelo CTB o técnico responsável estará a salvo.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não tenho números, duvido que as autoridades tenham, mas pelo que acompanhei nestes meus mais de 30 anos estudando e trabalhando com segurança de ciclistas, portanto de pedestres, sei que muitos atropelamentos e mortes ocorrem próximos a faixas de pedestres. O pedestre é um imbecil, é um louco, irresponsável? Porque não ouvir suas razões para entender o que acontece?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Desconheço estudos que tenham procurado entender o porque do pedestre ter cruzado fora da faixa de pedestre ou no semáforo, mas uma breve conversa com técnicos de trânsito que fazem o trabalho de rua pode e dá pistas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O brilhante trabalho de pesquisa de Michael King, um dos mais respeitados especialistas em segurança do pedestre, deixa claro o que acontece. Não é o único a dizer o mesmo: não se pode negar a lógica do pedestre: qual é o caminho mais rápido? (dedo apontado para frente) Para lá (não importa o que tenha pela frente).</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O que acontece hoje é que este artigo de certa forma é muito conveniente para técnicos e autoridades do trânsito. A pressão política e entre os seus, interna, é muito forte pela fluidez do trânsito motorizado. Muitas faixas de pedestre são posicionadas para acomodar uma caixa de retenção de veículos, o que facilita o tempo de semáforo e a fluidez do trânsito motorizado retido no cruzamento. O pedestre que se vire, ele que ajude na fluidez do trânsito. A responsabilidade pelo cruzamento mais longo e demorado é jogado sobre o colo do pedestre.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Um dos grandes problemas que se tem no trânsito é a falta de confiança nas autoridades, a mesma razão se dá para acidentes e mortes. Em toda a estrutura viária que temos o pedestre é o menos valorizado, o menos respeitado pelas autoridades. Como esperar que eles deem o retorno esperado pelas autoridades e técnicos de trânsito mesmo quando eles tem toda razão? Vou mais longe.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">É sabido que há uma relação direta entre comportamento social no trânsito e violência geral. Roberto da Matta, respeitado antropólogo, é um dos tantos que estudou e escreveu sobre o assunto. Há documentação farta a respeito de carga de trânsito, tempo de semáforo, tempo de cruzamento de vias, e degradação urbana com consequente violência generalizada. Disto não resta mais qualquer sombra de dúvida. A documentação farta vem desde a recuperação de uma área portuária em Copenhague, ainda na década de 60.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Cidades e sociedades que estão buscando qualidade de vida para seus cidadãos entenderam o óbvio: pedestre somos todos nós e é a base de tudo, de toda sociedade, de toda cidade, e por isto deve ser dada a devida, merecida, respeitosa, legítima e necessária prioridade a eles.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Outra ponto importante é que a geração que implementou os departamentos de trânsito faz 40, 50 anos, está se aposentando ou já se aposentou. Afirmo que fizeram um trabalho maravilhoso, mas que hoje não condiz a realidade que se apresenta, o que é natural, portanto temos que avançar. O perfil da nova geração dos corpos técnicos vai ser definido pelo sentido jurídico das leis do CTB. De todas, o Artigo 69 é de longe o mais problemático porque a meu ver fortalece um corporativismo que pouco tem a ver com o objetivo fim: segurança no trânsito e redução drástica dos acidentes.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Agradeço demais a possibilidade de fazer comentários e sugerir melhorias no texto. Espero ter ajudado</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Arturo Alcorta</span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-52579882246678616062023-10-04T08:07:00.005-03:002023-10-04T08:07:42.289-03:00Ir para o trabalho pedalando - index<span style="font-family: arial; font-size: medium;">Vou começar a publicar um trabalho sobre ir pedalando para o trabalho que não foi publicado. Deveria ter ir para o site <a href="http://escoladebicicleta.com.br/livro.html">http://escoladebicicleta.com.br/livro.html</a>, mas por discordâncias internas não foi e ficou esquecido.<br /><br />Começo pelo Index.<br /><br />Conteúdo <br /><br /></span><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727684"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Escola de Bicicleta abril 2010 REVISADO.. 3</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727685"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Portal website item 1. 3</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727686"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Pedalar para o trabalho ou escola. 3</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727687"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Mudança de hábitos. 4</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727688"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quebrar o paradigma. 4</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727689"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Mudança bem feita. 5</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727690"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Entender os papéis e realizar uma mudança. 5</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727691"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Portal website item 2. 6</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727692"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A cidade e você. 6</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727693"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A cidade brasileira. 7</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727694"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A cidade, sua geografia e clima. 8</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727695"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Córregos, rios e ciclista: bons amigos. 9</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727696"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Uso do solo e construções. 9</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727697"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Portal website item 3. 12</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727698"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Transportar se em bicicleta!. 12</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727699"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O que é a bicicleta para você? Realidade ou um desejo?. 12</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727700"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Chacoalhando um pouco a própria verdade: 12</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727701"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Olhar os hábitos, entender mobilidades. 13</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727702"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Automóvel, ônibus, metrô, a pé ou de bicicleta?. 14</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727703"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fazer um comparativo entre as opções de transporte: 14</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727704"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Como é seu transporte hoje?. 14</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727705"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Opções de transporte usadas / existentes / alternativas: 15</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727706"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O que oferece cada modo de transporte?. 17</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727707"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Sem perceber. 17</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727708"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Portal website item 4. 20</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727709"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Segurança no trânsito. 20</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727710"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O carro e o novo conceito de segurança: 20</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727711"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quanto perigoso é?. 20</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727712"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A segurança do ciclista. 21</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727713"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Trânsito vivo: que dia, que horário, que trânsito. 21</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727714"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Portal website item 5. 31</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727715"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Construir uma nova possibilidade. 32</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727716"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Trajeto / tempo / clima. 33</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727717"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Carro é carro, bicicleta é bicicleta. 33</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727718"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Empurrar. 33</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727719"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A bicicleta e o... transporte intermodal: 34</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727720"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Portal website item 6. 37</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727721"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Origem, destino. 37</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727722"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">No local de destino: empresa, escola etc. 37</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727723"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Empresas amigas da bicicleta. 37</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727724"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Estacionamento para bicicletas. 38</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727725"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Portal website item 8. 40</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727726"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Bicicleta e acessórios corretos e a segurança do ciclista. 40</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727727"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Importância do pneu: 41</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727728"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Pedal 42</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727729"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Segurança: 42</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727730"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Segurança da vida real 42</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727731"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Portal website item 9. 43</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727732"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Planejamento 2 – Já na bicicleta. 43</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727733"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Roupa. 43</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727734"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Pedalar com roupas normais. 43</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727735"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Higiene e cuidados pessoais com a saúde. 44</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727736"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Importante: Evite transportar grandes pesos nas costas. 45</span></a></div><div style="text-align: justify;"><a href="file:///C:/Users/Arthuro/Documents/Escola%20de%20Bicicleta%202022/escoladebicicleta%20pedalar%20trabalho%20revis%C3%A3o%202022.doc#_Toc260727736"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"></span></a></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-72125210832260447222023-10-04T07:59:00.005-03:002023-10-04T08:12:23.672-03:00Segurança no trânsito - sugestões para OAB<span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fórum do Leitor<br />O Estado de São Paulo<br /><br />Sugestões enviadas para OAB sobre <br />Segurança no trânsito<br />Novembro de 2019<br /><br /><br />Está copiado Walter Feldmann que tem sido ajuda preciosa na melhoria da qualidade de vida dos ciclistas, e porque não dizer na mobilidade ativa. <br />Muito já foi feito, mas falta fazer muito mais. Não dá para um dos países mais ricos continuar com os absurdos que temos no trânsito, porque não dizer nas mortes violentas e sem sentido. Trânsito, como diz Roberto Da Matta, sociólogo, é reflexo (perfeito, diria eu) da sociedade. Inúmeros estudiosos mundo afora afirmam que a mudança do comportamento no trânsito se reflete numa mudança comportamental da sociedade. João Batista Assumpção notou que o sistema mais simples de organização social é justamente o trânsito: a luz ficou vermelha, parou; a luz ficou verde, segue; ou seja, é facílimo de compreensão por todo e qualquer um, portanto ótima ferramenta educacional. <br />Plano de Segurança Pública para o Brasil? Ou se faz um plano cercando realisticamente nossas distorções ou vai continuar na mesma, como já afirmam especialistas. Como coloco no primeiro ponto das minhas sugestões: temos que parar com brincadeira.<br /><br /><br /><b>Educação e diminuição de acidentes</b><br /><br />• parar com brincadeira, com faz de conta. Ser realista. Entender o que está acontecendo e estabelecer agenda. Fazer de conta que em certas áreas a população usuária de moto usará capacete através de educação ou da presença de policiamento, praticamente inexistente, ou descobrir qual são as causas dos acidentes e diminuir os erros? Em país que tem lei que cola e lei que não cola não será melhor comer o mingau pelas bordas?<br /><br />• educação para crianças – não tratar como pequenos adultos. Pedagogia própria<br /><br />• B.O. uniformizado e fornecendo informações locais específicas<br /><br />• acompanhar resultados e fazer mudanças caso necessário. Ter dados confiáveis.<br /><br />• revisão de padrões técnicos de engenharia viária<br /><br />• Polícia Técnica e Legistas treinados e com condição de trabalho. Dados!<br /><br /><br /><b>Bicicletas e ciclistas</b><br /><br />• mudança padrão dos semáforos para ciclistas e outras mobilidades ativas:<br /><br /><span> </span>◦ posição nos cruzamentos – evitar confusão com semáforo para autos<br /><br /><span> </span>◦ altura no poste – tanto para diferenciar quanto pelo ângulo de visão do ciclista<br /><br /><span> </span>◦ estudar mudança de forma dos semáforos ou côr verde para azul. Diferenciar<br /><br />• introduzir no CTB diferente forma, altura e cor para sinalização aérea para ciclistas – padrão europeu (usar exemplo de diferença de tamanho de placas de velocidade)<br /><br />• criar ciclo linha e outras sinalizações de solo específicas para ciclistas existentes na Europa<br /><br />• uso de pintura de solo só nos cruzamentos ou como fundo para pictograma – racionalizar uso de tinta vermelha<br /><br />• começar estudos sobre uso de cores para sinalização de solo – ver situação pedestres e cadeirantes. Ver experiências internacionais<br /><br />• rever padrão de qualidade de todos refletores obrigatórios para bicicletas e seus sistemas de fixação na bicicleta. Repensar forma de fixar refletores frontal, traseiro e de rodas, estabelecer norma.<br /><br />• obrigar fabricantes e bicicletarias a entregar a bicicleta com refletores de qualidade, o que foi abandonado<br /><br />• fazer campanhas sobre a importância dos refletores – vide exemplo da Rodovia Ayrton Senna<br /><br />• normalizar padrão de pisca piscas e luzes para bicicletas: a baderna que está aí não funciona. Alemanha proibiu luzes pisca-pisca<br /><br />• urgente: ver a situação dos ciclistas esportistas e cicloturistas em estradas – crescimento muito rápido<br /><br />• urgente ver a situação de estradas conurbadas<br /><br />• intermodal<br /><br />• controle de qualidade das bicicletas – verificar o índice de acidentes por falha mecânica da bicicleta (10 anos atrás girava em torno de 35%, dado concessionárias de estradas)<br /><br /> <br /><b>bicicletas e outros elétricos</b><br /><br />• olhar a questão da circulação de bicicletas elétricas em ciclovias e outros<br /><br />• normalizar patinetes e outros motorizados elétricos: potencia, aceleração, frenagem, tamanho rodas, caster, torção chassis, evitar shimming, posição condutor...<br /><br />• normalizar bicicletarias especializadas em elétricas e descartes de baterias e outros<br /><br />• quanto será o gasto de energia? Como carregar? É importantíssimo para o Estado ter noção do que vai acontecer<br /><br />• celulares: há estudos sobre futuros problemas com aplicativos? E se der pau, como fica a mobilidade?<br /><br />• planejamento estratégico para falha do sistema<br /><br />• planejar educação de usuários urgente<br /><br />• a lei tem que olhar as necessidades das seguradoras – inclusive seguro obrigatório<br /><br />• controle de fluxo pelo sinal dos celulares – já existe<br /><br /> <br /><b>Espaço público</b><br /><br />• CTB: mobilidades em espaço público e espaço privado de uso público, e não mais transporte em vias. Pensar na cidade como um órgão vivo, não como espaço onde ocorre transporte com o mesmo prisma de 20, 30 anos atrás - <a href="https://cidadeemmovimento.org/hiperlugares-moveis-e-o-novo-programa-do-ivm-internacional/">https://cidadeemmovimento.org/hiperlugares-moveis-e-o-novo-programa-do-ivm-internacional/</a><br /><br />• começar a pensar no que já acontece na Europa onde as cidades não tem mais ruas, placas, sinalização... Ver história Exibition Road, Londres<br /><br />• acelerar os processos de introdução de acalmamento de trânsito. Estabelecer em lei.<br /><br />• estimular vagas vivas<br /><br />• estacionamento de bicicletas e outros em espaço público e privado<br /><br />• uso de bicicletas estacionadas como barreira para evitar cruzamento de pedestres<br /><br />• quem tem responsabilidade civil e criminal por uma bicicleta ou patinete parados, jogados em local impróprio? dificultar a circulação de outros e causar acidentes<br /><br />• pensar a agenda da bicicleta como mobilidade em espaço público, como cidade, não como ciclovia ou ciclofaixa<br /><br />• como tratar ruas de lazer ou interditadas para eventos? Rever procedimentos, sinalização, informação ao trânsito…<br /><br />• munir departamentos de transito com ferramentas de sinalização de mudança de trânsito ou acidentes<br /><br />• olhar leis referentes a reorganização do uso de espaços públicas em vias e calçadas: vaga viva, mudança de uso…<br /><br />• facilitar e estimular melhoras e aumento de calçadas<br /><br />• medir fluxo de pedestres em pontos críticos – falta calçada e semaforização com tempos impróprios (além dos 45 segundos até Londrino cruza sem esperar)<br /><br />• revisão da lei de circulação de ambulâncias, polícia, e outros veículos especiais. Hoje o pessoal tem medo de abrir passagem por causa de multa – CET SP<br /><br />• ver leis sobre recolhimento de veículos abandonados – incluir bicicletas e outras mobilidades ativas<br /><br />• revisão de técnicas construtivas – treinamento geral<br /><br />• ter mapas<br /><br /> <br /><b>documentação e estatísticas</b><br /><br />• unificar B.O. em todo Brasil<br /><br />• congresso brasileiro para explicar e treinar todos<br /><br />• regionalizar, mudar cultura por etapas<br /><br />• criar central de coleta de dados<br /><br />• B.O. detalhado para pedestres, ciclistas, patinetes, cadeirantes e outros – entender a causa dos acidentes – não dá para continuar simplesmente no “atropelado”, o que aliás pode ser um erro jurídico<br /><br /> <br /><b>sinalização</b><br /><br />· persianas para semáforos – Londres,<br /><br />· aproveitar e copiar as soluções funcionais criadas pelo mundo</span><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">· CONTRAN - agilizar<br /><br /><a href="http://pubdocs.worldbank.org/en/147741534874762950/8-infraestrutura-construindo-a-base-para-o-crescimento.pdf">http://pubdocs.worldbank.org/en/147741534874762950/8-infraestrutura-construindo-a-base-para-o-crescimento.pdf</a></span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-70859411692580213902023-09-26T19:07:00.005-03:002023-09-28T11:01:23.102-03:00Violência, assaltos: com que bicicleta eu vou?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Escrevo estas linhas um pouco antes de sair aproveitando para pensar onde vou e com que bicicleta. Dúvida trivial? Seria, se a razão não fosse a preocupação com roubos e assaltos, algo que em nossa vida brasileira definitivamente não pode ser colocado em segundo plano e muito menos descartado. Eu preciso parar um pouco com o trabalho e esfriar a cabeça, quero sair para pedalar na ciclovia do rio Pinheiros entre a ponte Cidade Jardim e a do Socorro, trecho mais conhecido como Faixa de Gaza por razões óbvias. Depois da privatização está muito mais segura, mas mesmo assim a memória dos inúmeros relatos de assaltos ainda assusta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Os assaltos pela cidade não param e de um tempo para cá pioraram não faço ideia qual a razão, muitos com violência sem sentido. Atirar pelo atirar? Não faz sentido. O mar não está para peixe. Tenho menos medo do assalto em si do que perder um dos meus amores, leia-se com certeza "bicicletas". Tenho até uma que chamo de "bicicleta de poste" que uso quando tenho que ir em algum lugar, tipo avenida Paulista, o ícone de São Paulo, onde roubo é ocorrência trivial, pior, o povo acha normal. Como assim? Roubam qualquer coisa, todo mundo sabe, ninguém faz nada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Roubo de bicicleta é ocorrência comum em praticamente todas grandes cidades do mundo e não se engane, boa parte de seus proprietários fica chateado com o roubo, mas acha normal, não dá queixa na polícia, simplesmente compra outra para substituir. Como assim normal? Até onde sei, Amsterdam é a campeã mundial do roubo de bicicleta, com números impressionantes que já chegaram a mais de uma bicicleta roubada a cada seis. Normal? O povo de lá ri. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O que não acontece é ter um cano no meio da testa. Em qualquer país minimamente civilizado assalto a mão armada é considerado absolutamente inaceitável, algo que quando acontece, mui raramente, é levado muito a sério pelas autoridades e polícia. A diferença deles para nós é que a reação social quando qualquer um cruza certos limites é rápida e dura, e medidas enérgicas são imediatamente cobradas das autoridades. Aqui virou conversa de botequim. Um brinde!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Um europeu não consegue entender ou acha que é mentira que aqui assaltantes armados param todo um pelotão, mandam os ciclistas correrem para o mato, colocam todas bicicletas numa vã ou caminhão e somem. Se você seguir contando e disser que as bicicletas caríssimas, especiais, numeradas, exclusivas, praticamente únicas, nunca mais são vistas, que a polícia não faz nada, melhor, que a polícia não consegue ir atrás, o europeu vai começar a achar que você é maluco. Agora, se quiser pirar o já assustado europeu que te ouve, conte que algumas destas bicicletas vão voltar a circular pelas ciclovias, ruas e avenidas compradas por ciclistas desavisados ou de má fé, e que o antigo proprietário, aquele que foi assaltado, se encontrar, em muitos casos vai olhar, reconhecer a bicicleta e calar a boca para não piorar mais; simples assim. O medo impera: deixa a bicicleta, quero voltar inteiro para casa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Estou cansado de me perguntarem porque não tenho bicicleta melhor do que as minhas. Primeiro pelo amor que tenho a cada uma delas, e depois porque quero pedalar, me sentir livre, ir para onde quiser e voltar com a bicicleta para casa. Adoraria ter uma bicicleta de última geração, adoraria diminuir peso de minhas bicicletas, colocar um par de rodas com pneus muito leves, que faz uma bruta diferença, mas não dá. Os assaltantes conhecem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Saí com um grupo de pedal noturno. Um participante mostrou com orgulho seu "celular para o ladrão". O que é isto? É celular baratinho para em caso de assalto. O feliz proprietário já foi assaltado sei lá quantas vezes. Do celular para o ladrão passamos a conversar sobre as bicicletas para os ladrões e o perigo que está sendo sair para pedalar à noite em grupo. Os relatos de assaltos, uns até violentos, são numerosos e de fonte confiável. Alguém fez B.O.? Que eu saiba não. Não dá para culpar a polícia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZxhGrR5RGZnEI9sHm_nZ0goybLMoSw-yz-vrChUiOB3wWQEEWjsShd84T8y04IvOiZzzgj2-sKKEeSDbSKi8w70GgLR0DSUSNzgebWEZfPpDCuoFw4Gfk0dXoRXSSyR6q_55nzvhe2rEsHR_Bu1Fxv-NaRZuXhk8G7Hffem0zRKcgHo_Fgh1kALn_bg/s4608/IMG_2523.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZxhGrR5RGZnEI9sHm_nZ0goybLMoSw-yz-vrChUiOB3wWQEEWjsShd84T8y04IvOiZzzgj2-sKKEeSDbSKi8w70GgLR0DSUSNzgebWEZfPpDCuoFw4Gfk0dXoRXSSyR6q_55nzvhe2rEsHR_Bu1Fxv-NaRZuXhk8G7Hffem0zRKcgHo_Fgh1kALn_bg/s320/IMG_2523.JPG" width="240" /></a></div><div style="text-align: justify;">Tem quem diga que as bicicletas mais caras são "exportadas", retiradas do país. Já ouvi mais de uma vez até de gente que trabalha no mercado de bicicletas. Não duvido. Se tiram carros e motos, por que não vão tirar bicicletas que são bem menores de uma moto?</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div>Debaixo do movimento central tem o número de série da bicicleta. Fotografe. Você só vai poder fazer B.O. se tiver este número e de preferência a nota fiscal. Ter fotos da bicicleta e conhecer seus detalhes é crucial. Assinatura gravada no canote de selim é uma ótima dica. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O que não pode é não fazer B.O. Este é o verdadeiro crime.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Ontem tive uma breve conversa com um investigador que trabalhou nos Jardins e no Brooklin. Tem muita classe AA que pedala com bicicletas caras nos Jardins. No Brooklin tem uma favela na avenida Roberto Marinho, a beira da Ciclo Faixa de Domingo, onde nas proximidades aconteceram vários assaltos a ciclistas. Perguntei ao investigador sobre quantos fazem B.O. e em quantos casos a polícia vai investigar. De cara ele disse que vão entrando os B.O.s e por ordem de entrada se vai investigando, a não ser que entre um caso que mereça prioridade. Quanto às bicicletas roubadas ou assaltadas, ele só lembrou de um caso em que o ciclista foi registrar a ocorrência inclusive por que levaram tudo, bicicleta, celular, cartões, isto nos Jardins. No Brooklin ele nunca soube de uma ocorrência e ficou espantado quando contei sobre o problema recorrente nas proximidades da favela. Acredito que mesmo na av. Paulista haja uma sensível subnotificação de ocorrências. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Repito: não fazer B.O. é um crime, de uma estupidez sem tamanho. É jogar uma bola de neve morro abaixo. Bicicleta roubada parece besteira, mas em todos países virou prioridade para o controle da violência maior. </span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-61418418774904439082023-09-12T08:25:00.015-03:002023-09-12T08:53:54.492-03:00Bicicleta infantil foi entregue desajustada e perigosa<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fórum do Leitor </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O Estado de São Paulo</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Bicicleta é, por lei, o CTB, um veículo e como tal tem que fornecer a seu condutor segurança. Em outras palavras, tem que ter qualidade, funcionar perfeitamente e não pode apresentar defeitos, ponto final. Em se tratando de um veículo de duas rodas, portanto de equilíbrio precário, estes princípios têm ser seguidos a risca. Bicicletas infantis deveriam ir além destes preceitos, o que definitivamente não acontece com algumas fabricadas no Brasil.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDcmrDE49B-Mnqc88w8Qyt0oBR2e5dxUVMFMIom0_eGJ_qOfRasz-o3-G5RQI95vhJGaDOONMWcDbTDTy1r1xDUw23exdOn8CtgbEW4DRnPJQdzJg9BWeNxoHPMxq8M8cgP64kuej7xAUPHxVWOQb5lNJTgLukN9doYvKl6JyLHcNGz-Qvm9F246GmTw/s4608/IMG_20230908_114119548.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDcmrDE49B-Mnqc88w8Qyt0oBR2e5dxUVMFMIom0_eGJ_qOfRasz-o3-G5RQI95vhJGaDOONMWcDbTDTy1r1xDUw23exdOn8CtgbEW4DRnPJQdzJg9BWeNxoHPMxq8M8cgP64kuej7xAUPHxVWOQb5lNJTgLukN9doYvKl6JyLHcNGz-Qvm9F246GmTw/w200-h150/IMG_20230908_114119548.jpg" width="200" /></a></div>Um vizinho comprou uma bicicleta para a filha pequena que acaba de deixar as rodinhas e fui chamado para ajudar a fazê-la funcionar. O que vi assustou. A bicicleta foi comprada na Ri Happy, tradicional loja de brinquedos, que entregou um produto que aparentemente estava pronto para ser usado. Até para o pai, mesmo completo leigo sobre o assunto, ficou claro que sua filha corria risco com aquilo. O ajuste da bicicleta mostrou uma série de problemas de qualidade que nunca deveriam existir em qualquer bicicleta, mas acontecem com certa frequência aqui no Brasil. Desde 1992 a americana Specialized Bicycle Components passou a entregar suas bicicletas na caixa pré montadas e ajustadas, praticamente prontas para serem usadas, o que foi feito pela segurança de todo e qualquer ciclista. Não sei como é exatamente a lei sobre bicicletas infantis na Europa, mas afirmo sem qualquer dúvida que absolutamente todas que vi em lojas, até as de departamento, se encontravam em perfeita condição de uso imediato pós venda com uma qualidade impecável. Para os europeus não é simplesmente uma bicicleta infantil, mas parte do processo de educação sobre o que deve ser a vida na cidade e as mobilidades com qualidade e segurança, além do pleno respeito às crianças, o futuro. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Vão dizer que a bicicleta em questão, como todas vendidas no Brasil, passam pelo crivo e recebem selo do IMETRO, ao que respondo que de boas intenções (?) os P.A., Pronto Atendimento dos hospitais, estão cheios. O P.A. do HC que o diga. Nos fins de semana boa parte dos atendimentos são para crianças, muitas acidentadas em bicicleta. Por que será?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Qual a raiz do problema? A forma de certificação de qualidade exercida no Brasil, muito detalhista e nada realista. Nos Estado Unidos, por exemplo, a bicicleta é " um veículo de rodas, com sistemas de direção, freio e propulsão que sejam <b>seguros</b>, e um selim fixo"; ou seja, a bicicleta deu problema o fabricante e ou a bicicletaria estão fritos. Aqui? Recebeu o selo do IMETRO está OK. Está? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Aos meus leitores que são pais: com tristeza recomendo que não comprem bicicletas infantis fabricadas no Brasil. É possível encontrar no mercado brasileiro bicicletas infantis distribuídas no mercado americano ou europeu. Mesmo que custem um pouco mais, optem por estas, custam muito menos que tratamento de hospital.</span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-47093285252611173992023-09-06T15:57:00.007-03:002023-09-09T08:52:35.286-03:00Corrente nova: momento para saber como você pedala<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Como você gira o pedal? Como está sua cadência? Boa notícia: você vai ter que trocar a corrente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">É quase uma regra, você leva a bicicleta para uma manutenção e vem a notícia, "Sua corrente está muito gasta e estragou o cassete. Tem que trocar toda relação". Upa! Quanto custa? Se não estiver completamente detonado eu não troco por vários motivos. Um deles é que pode ser uma ótima medida de como se está pedalando.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A boa notícia é que na maioria dos casos não é preciso trocar toda a transmissão, basta trocar a corrente e usar um pouco que "a corrente casa com o cassete", como dizem. Nos primeiros km vai pular um pouco se você estiver pedalando errado, dando trancos no pedal. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A forma correta de pedalar é girar os pedais 360° com o máximo de constância na força aplicada, girando solto. Muitos vão dizer que só é possível usando sapatilha com clipe, o que a ciência prova que não é verdade. Todo ciclista, com ou sem sapatilha, despeja força quando o pedal está descendo, meio como se estivesse subindo uma escada. Diz a lenda que com clipe o ciclista consegue puxar o pedal para cima, portanto a força despejada no pedal é mais uniforme nos 360°. Testes científicos provam que não é bem assim, que entre ciclistas amadores que usam sapatilha o puxar corresponde a menos que 5%, ou seja, quase nada. Os experimentos foram realizados com ciclistas profissionais e os resultados são muito semelhantes. A diferença para um pedalar correto com um pedal plataforma é muito pequena se o ciclista souber girar os pedais corretamente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Girou correto os pedais, estaleceu uma cadência correta, suave, a pressão da corrente sobre a relação vai ser constante, sem trancos, e ela não vai pular. Não pulou? Nota 10! você está pedalando bem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Tem que ter consciência que vai ficar estranho por uns dias ou kms, que precisa tomar cuidado com o que está fazendo com a bicicleta, que tem pedalar suave, pedalar o mais redondo possível..., enfim, por uns dias você vai ter que pedalar fazendo tudo que define o que é ser um bom ciclista. Vale a pena, é um incrível aprendizado, tomando consciência vira uma incrível avaliação de como você está pedalando. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A corrente tem vida útil e deve ser trocada de tempos em tempos, melhor, depois de uns tantos km. Dependendo do ciclista a corrente vai durar mais ou menos kms, disto ninguém escapa. É um custo ambiental inevitável, sim custo ambiental. Já ter que trocar o cassete toda vez que troca a corrente só serve ao ganho de mecânicos e entra no que pode chamar de desleixo ambiental, irresponsabilidade com meio ambiente, porque é gerar lixo desnecessário. A relação do cassete não acaba tão rapidamente, dura muito mais que a vida útil uma corrente, se o ciclista pedalar direito dura mais ainda. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Vamos ficar no aprendizado que se pode tirar do promover o namoro entre uma corrente nova, virgem, e um cassete velho, usado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Pedalar (correto) é a arte da suavidade. Quão mais correta for a pedalada, mais rende o pedalar, menos energia se usa, mais energia se tem para os momentos necessários ou decisivos. Ajudar no casamento da corrente com o cassete ensina a pedalar despejando força nos pedais gradualmente e sem dar trancos. Fez tudo certinho a corrente nova não pula e vai se ajeitando na transmissão, simples assim. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Acabei descobrindo quais as marcha que mais uso, e para meu espanto as mais gastas são as duas coroas do meio da relação de 9 marchas do cassete. A quarta marcha é a mais gasta, a que pula fácil. No primeiro dia tive que tomar muito cuidado, no segundo nem tanto, e pelo jeito a corrente vai estar casada mais alguns dias. Como a bicicleta é de segunda mão e foi emprestada para um idiota daqueles que não se preocupam nem um pouco se vão arrebentar tudo (a bicicleta não é minha mesmo!) eu pensei que a relação estava arruinada. Boa notícia, está no limite, mas ainda não precisa ser trocada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Pedalar com uma corrente que escapa ou pula impõe ao ciclista que pedale prevendo os próximos passos e obriga a manter a calma em todas as situações, em especial no meio do trânsito. Quer saber, é uma ótima experiência. vai deixar claro onde você está abusando da sorte, onde está confiando demais na bicicleta, se você está se achando mais ciclista do que realmente é, fato comum a todos. Ciclista que é ciclista descobre todo dia que não sabe tudo, morre aprendendo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Lembro que todos dados provam que a maioria dos acidentes sofridos por ciclistas são responsabilidade direta do ciclista, e que na quase totalidade os ciclistas tiveram alguma responsabilidade sobre o acontecido. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Direção preventiva é comprovadamente a melhor vacina contra acidentes. Pedalar no namoro entre a corrente e a relação do cassete educa a prevenção. Vai com calma que tudo se ajeita.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Aviso, esta dica tem limites:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">1 - experimenta. Não deu certo, a corrente não casa mesmo? Troca o cassete e mantém a corrente nova. Não será uns dias de uso da corrente nova que a arruinará </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2 - há um limite de desgaste da relação. Passado este limite não há outra forma que trocar a relação, ou pelo menos a corrente e cassete. Relação dianteira é muito difícil ter que trocar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">2 - quem pedala numa marcha só geralmente arruína toda relação do cassete e não resta alternativa que não seja trocar, o que é triste tanto pela relação quanto e muito mais pelo maltrato dos joelhos e pernas</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">3 - relação arruinada é visível, os dentes ficam muito deformados. Se chegou a este ponto é bom reavaliar alguns conceitos sobre sua segurança.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-75811136304730433922023-09-04T10:00:00.001-03:002023-09-04T10:00:12.566-03:00Lixocletas? Abandonadas!<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O IBGE fez a última contagem de bicicletas no Brasil em 1981. Não me lembro mais o número certo de bicicletas no país, mas era muito maior que esperávamos, algo em torno de um terço da frota de veículos circulando. Lembro que as motos não tinham explodido e que bicicleta era de fato coisa de pobre, um bem de primeira ordem para os mais necessitados terem alguma qualidade de vida. Com a bicicleta eles conseguiam comprar comida (geladeira era artigo de luxo), levar os filhos para escola, levar a produção para vender na cidade.... </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Em 1990 a ABRACICLO calculava que o Brasil tinha algo em torno de 4 milhões de bicicletas só no Município de São Paulo, praticamente todas sem uso, jogadas nas garagens. Este número foi tirado de um cálculo feito a partir do número de bicicletas vendidas, o número de anos que uma bicicleta durava em média, a venda de pneus e mais alguns outros dados que não me lembro mais. Fato é que a coisa mais trivial era encontrar garagem de edifícios lotadas de bicicletas empoeiradas e enferrujadas, a maioria tranqueira. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Lembrei de um fato interessante: no último Passeio Ciclístico da Primavera no entorno do Parque Ibirapuera calcularam que apareceram 1 milhão de ciclistas; ou, a distância total percorrida X a largura das avenidas percorridas X o número de ciclistas pelando por área: 1 milhão de ciclistas estimados. Pelo que me lembre a estimativa foi feita pela CET, o mesmo método que usavam para calcular trânsito. O cálculo foi feito porque os ciclistas que saíram na frente estavam chegando e ainda tinha muita gente largando para os 6 ou 7 km de passeio. A loucura foi tanta que decretou aquele ser o último Passeio Ciclístico no entorno do Ibirapuera.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fato é que o Passeio Ciclístico da Primavera era a festa das bicicletarias que tinham suas oficinas lotadas de bicicletas que saiam uma vez por ano.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Oficialmente em 2005, ou um pouco depois, o número de ciclistas nas ruas que a CET SP contava, se não me falha a memória, algo em torno de 65.000 / dia, foi reavaliado. Recalculado por dois especialistas em vendas, marketing e administração de empresas, usando dados e pesquisas da própria CET, cruzando com dados sobre produção e venda da ABRACICLO, e mais alguns outros disponíveis, chegaram a conclusão que a cidade tinha no mínimo 150.000 / dia e que seria muito possível que tivéssemos mais de 250.000, contando os que eventualmente saiam para pedalar ou que por outras razões eram invisíveis perante as contagens ou mercado, por exemplo trabalhadores que iam ao trabalho de madrugada. O cálculo se provou correto porque numa reunião de trabalho sobre sistemas cicloviários um funcionário graduado da CET SP deixou escapar que na realidade beirava os 350.000. Fato é que a partir de então se começou a trabalhar com os 250.000 ciclistas / dia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Dado correto mesmo apareceu quando a Secretaria de Esportes e Lazer PMSP fez contagem oficial em alguns fins de semana para dar sustentação legal e política para a criação da Ciclo Faixa de Domingo, que apontou com precisão que em domingo ensolarado São Paulo 1 milhão de ciclistas saiam as ruas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGyA1N6flTVpv35myP0zLrtUkwxZWC-KIuQfHJKxNrr_O0XYI_dzxFN0DgN96a_UAl_eN7CNFUNe05T1tggTBcoJLk9h0H72Rq5llFzxtK01uQIFb1ZXQAzyWGbM5uMbqk_zRhO0oWttjobHfhTSmKbZrEjQHUuouWXeq1q1XrDQCRjQLCFNizRHQ4vA/s4608/IMG_20230901_133344317.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="2074" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGyA1N6flTVpv35myP0zLrtUkwxZWC-KIuQfHJKxNrr_O0XYI_dzxFN0DgN96a_UAl_eN7CNFUNe05T1tggTBcoJLk9h0H72Rq5llFzxtK01uQIFb1ZXQAzyWGbM5uMbqk_zRhO0oWttjobHfhTSmKbZrEjQHUuouWXeq1q1XrDQCRjQLCFNizRHQ4vA/s320/IMG_20230901_133344317.jpg" width="144" /></span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">E as bicicletas empoeiradas, enferrujadas, largadas e esquecidas nos bicicletários dos edifícios e nas garagens das casas? Continuam lá, aos montes, continuam sendo a maioria, poucas de boa qualidade, a maioria tranqueira, muita "lixocleta" como diz Renata Falzoni, bicicletas que não convidam a pedalar, muito pelo contrário, desestimulam. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Quando foi aberta a importação em 1990, sem demora começaram a chegar as primeiras bicicletas importadas, a quase totalidade mountain bikes, o que deu um grande impulso para o surgimento de novos ciclistas. Por outro lado, junto com este fenômeno veio o crescimento da venda de bicicletas de baixo custo "parecidas" com uma mountain bike, muitas de baixa e até baixíssima qualidade. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A bicicleta na foto ao lado está pendurada no relento faz uns 30 anos. É uma montada, provavelmente de 1990, e está bem longe de ser das piores. No mesmo pequeno bicicletário têm outras bem empoeiradas, algumas boas, que saem para a rua muito de vez em quando, quando saem. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Por que estas bicicletas acabavam abandonadas? Óbvio que basicamente por baixa qualidade: o selim era ruim de sentar e não ficava na posição correta, o canote era fino e entortava, o tamanho da bicicleta único, os freios não funcionavam bem, as marchas, ora as marchas... marchas?... Enfim, o feliz proprietário da bicicleta barata saia pela primeira vez, rodava o dia inteiro, voltava arrebentado, quando não com a bicicleta quebrada, encostava (jogava) a bicicleta em qualquer canto e afirmava com todas as palavras e dentes expostos "Eu nunca mais pedalo. Bicicleta é uma merda!" Opa! como ouvi esta e outras frases piores.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI-waUaBzcxXdWR0n2AB4yxNiCAVW6zsOV19_dfWjwsVM4oWDDBw8jL_FnbzD8_OVU7L1ZWL2KFV4GI6yVpjPRWaRE9V_lzAAFk280G7lkSX8AK5EjlgOycINwWNr9E-crYZV7ELvxBL6fM6FQQxkLZTqBAlHpV4urr4fyMzJyvUgEQdwGZvw4pXIf0Q/s4608/IMG_20230901_133609338.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="2074" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI-waUaBzcxXdWR0n2AB4yxNiCAVW6zsOV19_dfWjwsVM4oWDDBw8jL_FnbzD8_OVU7L1ZWL2KFV4GI6yVpjPRWaRE9V_lzAAFk280G7lkSX8AK5EjlgOycINwWNr9E-crYZV7ELvxBL6fM6FQQxkLZTqBAlHpV4urr4fyMzJyvUgEQdwGZvw4pXIf0Q/s320/IMG_20230901_133609338.jpg" width="144" /></span></a><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A saber, em 1989 um dos fabricantes médios que chegou a vender muito, tinha uma perda em produção que chegou a 30%, o que é um absurdo completo. O poder público, via órgãos reguladores do Governo Federal, não se interessou e não fez absolutamente nada para frear o disparate, mesmo a bicicleta sendo considerada por lei um veículo, portanto devendo responder a normas claras sobre qualidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Outro "pequeno" detalhe sobre estas lixocletas: em 2007 dei uma palestra em Araçatuba para concessionárias de rodovias paulistas, que têm tabulado dados precisos sobre acidentes. De um dos diretores ouvi que em torno de 35% das mortes de ciclistas em acidentes em estradas administradas por eles tinham como causa falha mecânica da bicicleta. Umas semanas depois tive uma reunião com dois dos maiores fabricantes de bicicletas do Brasil, falei sobre o absurdo dos 35%, e tive como resposta "Acho é pouco".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Mais ou menos na mesma época consegui convencer dois técnicos de um órgão de controle de qualidade, tipo PROCON, a ir visitar comigo bicicletarias e oficinas de bicicletas nas periferias, onde estas bicicletas precárias são, melhor, eram regra. Na terceira os dois, olhos arregalados com que tinham visto e o número de peças quebradas no lixo, disseram que não precisavam ver mais nada. E não aconteceu absolutamente nada, tudo seguiu igual. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não resta dúvida que uma das razões para o crescimento das vendas de motos é que a população que tem dinheiro curto entendeu que gastar mais dinheiro com algo que não quebra vale a pena, fora o conforto e a segurança de estar longe de uma bicicleta que sempre acaba na bicicletaria. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Numa bicicletaria grande e popular da baixada santista ouvi do dono que "Se as bicicletas não quebrarem como vou viver?". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A população de baixa renda pedala com que tem. A mais abastada esquece empoeirando e compra uma nova melhor, e um dia dá aquela tranqueira para um funcionário, se der. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não resta dúvida que bicicleta de baixa qualidade é um problema sério para o próprio setor das bicicletas e para o desenvolvimento da bicicleta como meio de transporte e lazer, portanto do esporte também. Baixa qualidade é um problema seríssimo para todos brasileiros. </span></div><p></p>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-72961043959685839592023-09-01T10:00:00.003-03:002023-09-01T10:00:26.052-03:00Ficar na roda, ou, pedalar no vácuo<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Tive uma experiência assustadora na ciclovia do Rio Pinheiros. Estava num pequeno pelotão com mais quatro ciclistas, dois em paralelo na frente, eu e um outro atrás e mais um atrás de mim, quando o ciclista que estava a minha frente teve uma micro reação e eu, sem qualquer capacidade de reação, acabei por um milagre não batendo na cabeça de uma capivara. Era início de noite, pouca luz, eu estava grudado na roda do cara e simplesmente não vi nem tinha como ver a capivara. Minha única reação foi um grito meio gemido - ai! Diminuímos todos a velocidade e pouco mais a frente, não muito refeitos do susto, o ciclista que pedalava na minha frente disse que também não tinha visto a capivara. Estava distraído conversando com o ciclista ao lado. Caso ele tivesse tocado na capivara provavelmente os cinco iríamos para o chão. Pior, muito pior, iríamos machucar a capivara.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Pedalar no vácuo do ciclista que está a frente não é problema... se os dois souberem pedalar. Precisa saber a técnica, mesma assim se alguma coisa sair errado com o ciclista que puxa (o da frente) é chão na certa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Pedalar no meio de um pelotão é mais complicado, demanda mais técnica e principalmente não ficar ansioso, mas esta é uma outra história que fica para uma outra vez, ou melhor, para ciclistas mais habilitados falarem sobre. Aqui só dou uma pincelada sobre ficar na roda ou pedalar no vácuo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não sou ciclista de estrada, mas tenho profundo respeito pelo ciclismo. Sei pedalar na roda e tenho um grande cuidado para não fazer besteira, não cometer erros, não incomodar ou induzir a erros. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Pelo simples prazer de ir no vácuo já experimentei de tudo, de ter o prazer de ser puxado por três ciclistas de verdade que entenderam meu atraso, a ficar atrás de mané que acha que é ciclista, mas não é. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A pior experiência? Tive algumas, mas talvez tenha sido na Prova 9 de Julho com um monte ciclistas sacaneando para ver se derrubaram quem vinha atrás. Metiam a mão no freio traseiro e arrastavam o pneu traseiro sem a menor cerimônia, o que é um absurdo completo. A 40 km/h ou mais é uma puta sacanagem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Na ciclovia Capivara, a do rio Pinheiros, fui acompanhando uma menina até chegar na roda dela. Uns metros depois ela literalmente enfiou a mão no freio, estancou a bicicleta, e começou a gritar histérica comigo que não queria que eu pedalasse na roda dela. Poucas vezes na vida tomei um susto tão grande. A discussão seguiu por muitos metros com a imbecil achando que eu ia persegui-la ou agredi-la. Como assim? Dei uma bronca pela irresponsabilidade, a falta de civilidade, a completa falta de noção do que ela tinha acabado de fazer. Para piorar a situação ela pegou a rampa de saída na minha frente. Mesmo eu tendo mantido distância, bateu o desespero nela porque eu também estava saindo. A cena toda foi bizarra. Aquele dia eu fiquei furioso e ao mesmo tempo triste com a reação dela. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Problema mesmo? Pedalar na roda de ciclista que não consegue manter a cadência é muito chato e pode ser bem perigoso. Com um ciclista "ciclista" a frente você tem que pedalar com atenção, sem se preocupar muito com mudanças de velocidade, que quando vem são suaves, previsíveis. Manter a distância correta de um ciclista que não sabe pedalar e não mantém a cadência, acelera, desacelera, acelera, desacelera..., é um porre. Quando ele acelera você perde um pouco o vácuo, quando ele diminui você tem que tomar cuidado para não encostar na roda traseira dele ou vai tomar um chão. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fujo de ciclista que não tem cadência como o diabo da cruz, e faço a recomendação que façam o mesmo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Um dia sai de casa pedalando muito atrasado. Entrei na ciclovia do Pinheiros a mil olhando para trás para ver se conseguia um vácuo. Estava com minha paixão aro 26 2.1 e tinha que ser alguém ou um pelotão que estive "calmo", no final de treino, indo devagar (para eles), a uns 35 ou máximo 40 km/h. Olho para trás e vem um pedalando solo, todo paramentado, ciclista chique, do jeito e na velocidade que eu precisava, e lá vou eu, acelero, vou na roda, ótimo vácuo. Um pouco à frente o sujeito percebeu que eu estava colado, olhou para trás e viu um velho vestido com roupas comuns, sem capacete, cabelos brancos, e deve ter pensado que aquilo era uma ofensa aos brios próprios. Desandou a acelerar para tentar fugir e eu consegui acompanhar. Ele olhou para trás mais duas vezes e sua expressão foi ficando cada vez mais desgostosa de não conseguir se livrar do velho pedalando "aquilo". Ele estava numa Trek de triatlhon de carbono das bem caras, toda aerodinâmica, preta fosca, papa fina. Eu fiquei imaginando que ele estava em fim de treino e por isto não conseguia fugir. De qualquer forma quando cheguei na rampa de saída virei e fui embora.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Uns dias depois encontro um amigo, ele pega o celular. "Olha só a bicicleta que meu cunhado acaba de comprar" diz ele. Olho a foto e tenho que controlar o riso. Segurando orgulhoso a bicicleta estava o sujeito que eu tinha entrado na roda. Aí entendi porque ele não tinha conseguido fugir de mim na ciclovia.</span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-61059922403195518152023-08-07T21:20:00.002-03:002023-08-08T09:41:31.967-03:00Desunião entre bicicleteiros<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fui comprar manoplas numa bicicletaria de um velho conhecido e lá encontrei um par de uma ótima marca que parou de ser importada já faz um bom tempo. Perguntei como as tinha conseguido e ele contou que comprou todo estoque de duas bicicletarias tradicionais que fecharam as portas. Triste.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;">Uma das razões para o fechamento de bicicletarias é a incrível desunião no setor, que é histórica. Mesmo que se tenha avançado e em alguns pontos melhorado muito com a criação de associações, no geral, principalmente quando se fala das bicicletarias, ainda é muito pelo cada um por si</span><span style="font-family: arial;">. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;">O que mais me espantou na conversa com meu amigo e dono da bicicletaria foi o fato que mesmo ele que está no negócio há 28 anos e é bom no que faz, ser dono de bicicletaria, não demonstrou conseguir separar direito negócio de paixão. </span><span style="font-family: arial;">Bicicleta é bicicleta, </span><span style="font-family: arial;">gerir um negócio é gerir um negócio, o que quase que necessariamente implica em fazer parte de um setor, não ver a concorrência como inimigo a ser derrotado e se possível extinto, varrido do mercado</span><span style="font-family: arial;">.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Faz algum tempo numa outra bicicletaria, esta das bem antigas e tradicionais, descobri que dois dos mais influentes donos de bicicle taria da fase heroica nunca se conheceram pessoalmente. Foram importantíssimos na formação do ciclismo esportivo, fizeram diferença, buscavam os mesmos objetivos, e não sentaram juntos para trocar experiências? Uau! "Não deu tempo" foi a resposta de um deles, o que é um absurdo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Sempre digo que bicicleta é um negócio duríssimo que é para bem poucos. Foram pouquíssimos entraram no ramo da bicicleta pensando só em fazer dinheiro; a maioria entrou porque no mínimo gostava de bicicleta. Que eu me lembre todos que entraram para fazer negócio, ganhar dinheiro, saíram ou chateados ou falidos. Dizem que o cliente é dos mais difíceis, a maioria é chata, que bicicletaria é um negócio instável, uma hora vai muito bem e na outra, sem razão lógica ou aparente, para completamente. O que dá dinheiro, que é a base, é a oficina, e encontrar mecânico bom é difícil. Podendo ou conseguindo, tem que trabalhar com produto subfaturado (normal em todos negócios neste país de sistema tributário esquizofrênico)... Agora, para complicar, e muito, vieram as bicicletas elétricas, com seus especialistas e a quase obrigação de espaço específico na oficina... Enfim, precisa gostar e ter um pouco de loucura para levar adiante. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;">Brasil tem um índice vergonhoso de negócios (de todos setores da economia) que fecham ou falem. São várias as causas, mas fazer confusão entre paixão e trabalho é a mais besta, para usar uma expressão bem popular, razão para começar muito mal e dar com os burros n'água. A </span><span style="font-family: arial;">falta de união para troca de experiências sob a alegação de falta de tempo é outra. Até onde sei estas são as campeãs do fracasso, dentre outras tantas.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;">Nunca, repito, nunca trate um negócio sob o signo da paixão. Não faça confusão. Gostar do que faz é um bom caminho, mas tendo sempre como prioridade o racional, o funcional, os resultados, que num negócio é o que importa.</span></span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-33141001594875240572023-08-05T09:25:00.003-03:002023-08-08T09:38:28.544-03:00Amsterdam, a cidade onde se perde a bicicleta<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">As fotos a seguir são de Amsterdam, a cidade das bicicletas, dos estacionamentos de bicicletas lotados, das bicicletas presas, travadas, em qualquer lugar, em qualquer poste, parapeito, qualquer coisa que retarde o roubo, não raro de um descuido com as lindas (bicicletas) que tenho muita dificuldade de aceitar; a bem da verdade me dói no coração. Quase enfartei quando vi uma draga puxando bicicletas jogadas no canal como se fosse um tiranossauro rex engolindo suas presas indefesas; horrível.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A primeira vez que enfrentei, sim enfrentei, a imagem do estacionamento de bicicletas da estação Central de Amsterdam, sim, um estacionamento de bicicletas e não um simples bicicletário, com suas milhares de bicicletas, sim, milhares, quase cai de costas e tive a certeza que aquilo à minha frente era definitivamente o que não queria e não quero para minha vida de ciclista.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Bicicleta me traz paz e bem estar, e assim pretendo mantê-la em minha vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Amsterdam é maravilhosa. Seria a cidade de minha vida, principalmente a vida que se tem fora do centro turístico, olhando o mapa o leque formado pelos belíssimos canais. Mas é justamente nestes canais que a vida dos ciclistas é áspera, difícil. Muito ciclista, muito turista que está pedalando, mas não sabe o que é uma bicicleta e muito menos como deve pedalar, e uma população local que precisa do turismo e seu dinheiro, mas não gosta dos turistas que alugam uma bicicleta e saem em festa pelas estreitas ruas do centro histórico. Pelo menos estes não estacionam.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">As fotos a seguir são de 2012 ou 2015, quando o estacionamento da Estação Central ainda não tinha um imenso estacionamento de bicicletas subterrâneo recém inaugurado. Com certeza a loucura no entorno da estação continua. Só ampliaram o número de vagas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Vale uma explicação para tantas bicicletas. Muitos dos trabalhadores de Amsterdam moram fora da cidade. Para se locomover eles tem duas bicicletas, uma que usa para ir de casa até a estação de trem de sua cidade, e outra que fica em Amsterdam esperando sua chegada. É pratica comum em toda Holanda, daí mais de uma bicicleta por habitante e em todo país estacionamentos de bicicleta imensos ser fato comum. Você para onde dá e reze para quando voltar encontrar sua bicicleta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRV3ybkqpSCFgW3DFK_u3PYUqoL5Z8gjaHZ3XLAMZcJe6OVlvP1NmXczEUpevFKuPDXc3LG5E4CyI-97ciA0Ri37cX3B0vgk4rL3TT1zNiNiUKYo7XOAdOC5r9wlSNsbf3FLXbKfyrTbnmkKDsm1WJAqi6UmdRFu9Rpiysx_o1HuSuGJm0kGg1N-3qqw/s3648/P1030972.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="2736" data-original-width="3648" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRV3ybkqpSCFgW3DFK_u3PYUqoL5Z8gjaHZ3XLAMZcJe6OVlvP1NmXczEUpevFKuPDXc3LG5E4CyI-97ciA0Ri37cX3B0vgk4rL3TT1zNiNiUKYo7XOAdOC5r9wlSNsbf3FLXbKfyrTbnmkKDsm1WJAqi6UmdRFu9Rpiysx_o1HuSuGJm0kGg1N-3qqw/w640-h480/P1030972.JPG" width="640" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-size: medium;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt_s_luT3AQzppjDKVbGXa9955gQJc80n0shLb9W-WcuY62s8z5LBpYwRTg7qyE-oumTurarSnQlMI-3321nak0aAQpxUtK8x49tpXtoxrvZ4Jw5SekELsYoXDRbzzU5IhP1UVpkrrGZbcJLkdE1OmWynbhEKrMo0qzKSWCfTrk6D9pxN3aYIpWiiu5g/s3648/P1030965.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="2736" data-original-width="3648" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt_s_luT3AQzppjDKVbGXa9955gQJc80n0shLb9W-WcuY62s8z5LBpYwRTg7qyE-oumTurarSnQlMI-3321nak0aAQpxUtK8x49tpXtoxrvZ4Jw5SekELsYoXDRbzzU5IhP1UVpkrrGZbcJLkdE1OmWynbhEKrMo0qzKSWCfTrk6D9pxN3aYIpWiiu5g/w640-h480/P1030965.JPG" width="640" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-size: medium;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_C6MOlYbMIrj7kDU-SP6lcLxjnYiKiAY3vY-cr7cjQNtyVNLDgeStX8Cd9NuncrK2gFbwpUEWC8j8Jh6vbunUTYjJoB2RpnCwVu0XPcRz1GfGIzIJ1qkQ1bRCnKTdHiRnuCLFQLFEOcmPyfgLEgwoMsfoPH29U-LNsMkzRZgkD2QgIDyQWbrw8_TyVA/s3648/P1030948.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="2736" data-original-width="3648" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_C6MOlYbMIrj7kDU-SP6lcLxjnYiKiAY3vY-cr7cjQNtyVNLDgeStX8Cd9NuncrK2gFbwpUEWC8j8Jh6vbunUTYjJoB2RpnCwVu0XPcRz1GfGIzIJ1qkQ1bRCnKTdHiRnuCLFQLFEOcmPyfgLEgwoMsfoPH29U-LNsMkzRZgkD2QgIDyQWbrw8_TyVA/w640-h480/P1030948.JPG" width="640" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-size: medium;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTBpyj9bVNxftnR9wfayScjLR2keY0DOKt4UKR2jos8kjSkjGFCW_p3u217TAtPZLfgq2mr6SGR2-1u11glIIQztXejAmRMGZKM1lEKyr8HLIkgMme9Fs7fa309Nd1Ab763c9TrjnJyeR1KjSZQEXZLLReiV6d7ulSb4_q2f5yliSiXFowQlf8ec8Myw/s3648/P1030941.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="2736" data-original-width="3648" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTBpyj9bVNxftnR9wfayScjLR2keY0DOKt4UKR2jos8kjSkjGFCW_p3u217TAtPZLfgq2mr6SGR2-1u11glIIQztXejAmRMGZKM1lEKyr8HLIkgMme9Fs7fa309Nd1Ab763c9TrjnJyeR1KjSZQEXZLLReiV6d7ulSb4_q2f5yliSiXFowQlf8ec8Myw/w640-h480/P1030941.JPG" width="640" /></span></a></div><br /><p></p>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4775431110251284630.post-2998677424116527542023-07-28T11:20:00.003-03:002023-08-08T09:38:03.994-03:00Pedalar chique não choca mais<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Calça bege, cinto de couro, meia combinando com cinto e calça, camisa esporte social de manga curta com discreta estampa escocesa em verde e azul claro, suéter nas costas, mocassim, pedalando na ciclovia do Rio Pinheiros lotada de ciclistas vestidos com enxoval completo de ciclista, capacete, bermuda e camiseta de ciclismo colados ao corpo, bicicletas de estrada caras, cruzando forte para lá e para cá. Para minha feliz surpresa ninguém estranha mais um diferente. Num passado não muito distante seria um auê; "o que este louco está fazendo aqui?" </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU3DZfg7XuIxaKcvIpJRcHqifOBd-D08yIodv6dLsegAXqIb5A6U7YAHhTB_u8eD8IDaUlqype5x6GT9JDYVifXjEWEzsZD0TMhiGxTbJ0YCva44HAKHilvfd5QnDZ97rlkTdhAsyiaYem7j5TbFu_NDpVV59tAu1MqXq6imPIWv4RZfPi3qt_TYts-Q/s3648/P1040410.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="2736" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU3DZfg7XuIxaKcvIpJRcHqifOBd-D08yIodv6dLsegAXqIb5A6U7YAHhTB_u8eD8IDaUlqype5x6GT9JDYVifXjEWEzsZD0TMhiGxTbJ0YCva44HAKHilvfd5QnDZ97rlkTdhAsyiaYem7j5TbFu_NDpVV59tAu1MqXq6imPIWv4RZfPi3qt_TYts-Q/w150-h200/P1040410.JPG" width="150" /></span></a></div><span style="font-family: arial; font-size: medium;">A caixa era bem grande e desajeitada, sendo carregada ora por uma mão, ora por outra, num pedalar desconfortável para seguir em frente. Ele vai passando por ciclovias num final de manhã com não muitos ciclistas treinando, vários ciclistas indo para o trabalho, a maioria passando paramentados de capacete, pelo menos. Nos mais de 7 km só um ou dois olharam com estranheza. Lembrou até a cena de uma menina carregando uma TV plana em Amsterdam que para todos em volta seguiu em frente como se fosse a coisa mais normal. Dependendo de onde e quando, é. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Fato é que o ciclista não dá mais a mínima para o outro. São cidadãos comuns que se transportam para lá e para cá, exatamente como motoristas, motociclistas, passageiros de ônibus e metrô, ou pedestres. Cuidam de suas vidas e ponto final. O que o outro faz, se não os incomoda ou cria problemas, não interessa. Aqui, nesta São Paulo, levamos este desligamento do outro um pouco além do conveniente, do apropriado, mas esta é outra questão. Este cada um pedala seu caminho e sua vida é bom e é ruim ao mesmo tempo. Bom porque o uso da bicicleta foi incorporado por uma boa parte da população. Espero que seja de fato a absorção da cultura da bicicleta, o que devido a alguns detalhes sutis tenho minhas dúvidas. Há uma diferença entre sentar e pedalar uma bicicleta e entrar no espírito desta máquina simples e meio mágica chamada bicicleta que transformou pessoas, culturas e países. De qualquer forma o que vem acontecendo a princípio é bom, mas poderia ser muito melhor. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Só lembrando que na periferia, nas praias e em cidades mais planas esta cultura já existia e continua existindo, não a do esporte, mas a do transporte, do uso prático da bicicleta. Lá se vê de tudo, até um sujeito carregando uma geladeira, bom, mas este chama atenção até lá. Falo aqui sobre este povo da área central da cidade, ciclistas de última hora, novatos, uns tantos na moda.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Ruim porque infelizmente os ciclistas que aí estão não captaram o velho e bom espírito de coletividade que a bicicleta oferece. É muito triste, mas hoje em dia oferecer ajuda ou orientação não raro é tido como invasão, inconveniência grosseira, ou até mesmo desrespeito a beira de um convite para sair na porrada. Quantos já deixei para trás com pneu furado, o que seria para mim impensável, inaceitável, faz alguns anos. Você para, pergunta "precisa de ajuda" e o sujeito responde "não!" sem o muito obrigado que socialmente seria recomendável. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Boas épocas quando ciclista ajudava ciclista, que saudades! Mas estes tempos azedos, individualistas, é só reflexo da sociedade selfie que vivemos intensamente. Se um dia estes tristes dias passarem, talvez o povo perceba o que a bicicleta de fato oferece. </span></div>Arturo Alcortahttp://www.blogger.com/profile/14195360721299940942noreply@blogger.com0