quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

mais Caloi MTB 15; e Caloi Montana, Aluminun...

1) Vc tem o contato ou email do pai do projeto Juan Timon?
Timon já se foi. Bruno Caloi também. Daquela equipe não sei quem está por ai, se ainda sobrou alguém
2) Qdo vc falou em protótipos seriam a própria bike ou modelos antes dela? Tem fotos desses modelos da época? 
Talvez Renata Falzoni tenha alguma foto acidental do protótipo por que foi levado para o Cruiser das Montanhas de Campos de Jordão, em 1988. Eu corri com o protótipo em Paraíba do Sul, e era terrível, saía muito de frente, não engatava as marchas dianteiras, freava mal, era incomoda... Poderia ter sido uma boa bicicleta urbana com outro avanço, mais curto e alto, mas nunca deveria ter sido vendida como mountain bike.
3) Essa bike é interessante. A produção sendo de 1500 unidades não seria um número bom, médio? Qual a média de unidades de bikes produzidos nos modelos? Se foram recolhidas cerca de metade, então foram vendidas apenas umas 750 unidades já sem o defeito na rosca da cx do quadro, divididas entre vermelho e azul, nos 3 meses de produção, vamos dizer, entre dezembro de 1988 e março de 1989? 
Como na época eu fazia testes de bicicletas para revistas, posso dizer que a história é curiosa, mas a bicicleta é ruim, um projeto errado para o que se destinava.
Não, a maioria das bicicletas foi devolvida pelos compradores, uma vergonha. Fazer um lote de 1.500 só em produtos muito sofisticados e caros, o que definitivamente não foi o caso. O fracasso foi total.
4) O defeito fazia com que a cx desrosqueava sozinho ok?! Com o defeito na rosca era impossível montar o mov central ou era possível andar com a bike, tudo montado e só depois começava a desrosquear ou ainda, só se notava depois de desmontar a peça? Será que alguma pode estar ainda rodando com este defeito?
Soltava em movimento ou, pior, pulava fora feito rolha de champanhe. Muitas a caixa era desalinhada e os rolamentos trabalhavam tortos.
5) Sei que o quadro dela é o mesmo das Cruiser Montana, porém com algumas modificações. A cx da preta era de rosca, 34.7mm, na Montana era igual da Light, 50mm. Aliás, faz diferença o quadro ter cx 34.7 ou 50mm, algum é melhor? A solda da cx com os tubos na preta parecia ser de melhor qualidade que nas Montana, apareciam menos, enquanto que nas Montana eram mais aparentes. A mesa na preta era 22.2, sendo que em todas as Cruiser e cross era de 21.1, por que será isso? As rodas na preta eram Araya 26X1.75 tamanho padrão, enquanto que nas Montana eram de ferro iguais  da Barra Forte, medida 26X1.1/2.2. A posição das ferraduras era mais próxima das rodas na preta (quase lambia os pneus) enquanto que na Montana era mais longe. Garfo curvo na preta e reto nas Montana. Vc sabe o porque dessas diferenças, em especial da mesa ser 22.2? Nem nas "GT" eram assim, nelas eram 21.1 tbém.
Interessante estes detalhes que você descreve. É muito possível que tenham fabricado o mesmo modelo com detalhes diferentes para tender o mercado local. Era fato comum. Aliás, ainda é. Nunca vi uma com movimento central de Cruiser Light. Aqui em São Paulo a branca tinha quadro igual à Mountain Bike 15 preta, só que tinha peças mais simples. Por exemplo, o pedivela era o mesmo da Caloi 10, em ferro e com duas coroas, 53 / 39, se não me falha a memória.
6) A Mountain Bike 15 branca que veio em 1989 parece ter tido menos unidades ainda que as pretas, confere? Vc sabe qtas unidades dela foram? Creio que vieram em agosto ou setembro de 89. Vc tem algum contato de alguém que tenha hoje? Eu tinha na época. A curiosidade dela é que tinha o mesmo quadro das Cruiser Montana, apenas com as guias do câmbio dianteiro soldadas. E o quadro das pretas continuou depois, porém chamaram de Cruiser Montana 10 em 89, sem a mesma MTB e sem a pedivela tripla, apenas a pedivela dupla Duque de ferro da Caloi 10. 
Creio que a branca tenha tido uma vida mais longa, com mais modelos fabricados. A Caloi tinha que recuperar a perda da preta, que foi feia.
Naquela época colocaram para funcionar uma máquina de solda que fazia uma costura (solda) mais grossa, mas de melhor qualidade que as feitas a mão.
7. Com relação à geometria do quadro, é interessante que o tamanho de fato é "grande", inadequado para a prática do MTB, está mais para o cicloturismo. Top tube e mesa longos. Porém as primeiras Caloi Aluminum tinham geometria bem parecida, com top tube longo e mesa mais longa ainda! Por que eles fizeram a Aluminum assim, e não com um quadro mais compacto, como das "GT"? Até 1991 os quadro da Caloi, com exceção da Caloi 10 eram tamanho "único", mais ou menos 19,5", depois vc me confirma se eram 19,5 ou 20"!
Tenho 1,85 m e a Caloi Mountain Bike não funciona. Não era simplesmente uma questão de tamanho.
As Aluminun tinham geometria comum para bicicletas mountain bike da época. Era algo próximo ao 23, 17, 71, 73, ou seja 23 polegadas de tubo superior, 17 de forquilha de corrente, 71 graus na cixa de direção e 73 de tubo de selim, isto para o tamanho 19. As Aluminun não fugiam à regra geral. Eram oferecidas em dois tamanhos, 19 e 17. Funcionaram muito bem para quem queria fazer MTB esportivo.
8. Sobre os quadros "GT", eles eram nacionais feitos aqui mesmo? Soube de um boato que eram fabricados no exterior, confere? Tiveram a preta, depois a crack e depois as ATN em 1991 no mesmo quadro, com algumas modificações na gancheira e outros detalhes como guias do freio, também gostaria de saber porque dessas modificações! Se souber a quantidade delas, é interessante, sei que são mais comuns de encontrar do que as MTB 15!
Todas as bicicletas da Caloi, com exceção das de ciclismo profissionais, eram fabricadas aqui, na fábrica da av. Guido Caloi, Socorro, Zona Sul de São Paulo.
As Caloi 15 devem ter sobrado em maior quantidade pela simples razão que eram ruins para mountain bike. As “GT”, mesmo vendidas com a recomendação de serem usadas para passeio, acabaram sendo detonadas exatamente por ter aparência de uma mountain bike de verdade. Acredito que a a história seja por ai.
 
Bom, este é um assunto que rende, vamos trocar informações! Valeu!

Vou continuar publicando.

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