quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Caloi Mountain Bike 15, história dos defeitos

 Olá Arturo boa noite!
Vi seu post no seu blog sobre a caloi mtb 15, bem legal!
Vc tem mais informações sobre ela? Foram feitas 1500 unidades da preta? O problema que algumas tinham era onde? A rosca do mov central do quadro que era mal feita? E daí as pedivelas desrosquevam? Ela foi feita até que mês? Lembro que entrou a cruiser montana 10 com o mesmo quadro. O quadro delas era o mesmo das Cruiser Montana mas a cx era 34,7 de rosca. Sei que tiveram a preta depois fizeram a branca! E as com quadro tipo gt qtas unidades foram feitas? Aquela numeraçao embaixo no quadro tem alguma lógica?  Aguardo e valeu! Abs, Gian
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Giancarlo
bom dia
 
A primeira série da Caloi Mountain Bike 15, com produção de 1.500, só foi pintada de preto. No ano seguinte, sem os defeitos da primeira série, mas ainda sendo uma bicicleta ruim, surgiu a série branca. Continuava com a traseira torta e era praticamente impossível alinhar a roda traseira com a dianteira.
Não me lembro exatamente o que aconteceu nas primeiras, as pretas, mas fizeram uma lambança na produção. Alguma coisa a ver com o processo de solda que deformou a rosca e formato do tubo. Foi um erro grosseiro, burro. Quando a caixa do movimento central só desrosqueava era uma maravilha. Muitos simplesmente cuspiam os rolamentos. Bruno Caloi, o proprietário, ficou furioso, urrou com os responsáveis, em especial com Juan Timon, o pai do projeto. Foi tão pesado que a notícia vazou. Me disseram na época que recolheram metade da produção. As pretas devem ter sido fabricadas uns 3 meses, no máximo, por que a confusão dentro da Caloi foi pesada. Felizmente esta lambança abriu as portas para o projeto “GT”.
A a rosca da caixaria das bicicletas nacionais era sempre a mesma, padronizada. A diferença que existia entre uma rosca e outra era por conta da baixa qualidade geral. Era comum ter que experimentar mais de uma peça para ver qual encaixava ou enroscava melhor. Só para entender, o mesmo acontecia com outros produtos, por exemplo: quando se preparava um motor de competição era comum entrar no estoque de peças e ir pesando biela por biela até ter um conjunto com peso próximo. Triste, mas real. Na indústria da bicicleta a situação era mais grave por que ninguém reclamava e os fabricantes faziam o que queriam. O extremo foi a Urbano, numa determinada época, começo anos 90, o terceiro maior fabricante de bicicletas no Brasil, que chegou a ter uma perda de 30% da produção por falta de qualidade. Absurdo! Mesmo assim vendeu durante bem.
Não faço ideia de quantas tipo GT foram fabricadas, mas sei que venderam bem para o nicho. Nada comparado com as vendas da feminina Poti, disparado a campeã de vendas.
Não sei como era feita a numeração pela Caloi, mas acredito que era sequencial para todos produtos. Duvido que no meio daquela bagunça alguém tivesse tido o cuidado de fazer uma numeração específica para cada modelo.
 

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