quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Porque os furos acontecem?

Furou por que? Porque furou?
Ai, meu saco, furou!

Mais uma vez tive sorte. Uma das preocupações que tinha para o Desafio do Rio do Rastro era furar o pneu. A prova foi suspensa por causa da pandemia, encostei a bicicleta e hoje quando passei por ela estava com o pneu dianteiro furado. "Uai?" Desmonto para ver o que aconteceu e dou com o remendo completamente solto, um destes sem cola. Não me lembro por que usei este tipo de remendo, que não gosto, talvez por ser o único disponível, talvez por experiência. Bom, não é meu tipo de remendo.
O que eu faria? Depende, mas hoje com toda experiência que tenho simplesmente tiro uma câmara estepe que sempre levo junto e troco. Só vou remendar se tiver tempo e saco; caso contrário só vou consertar a furada em casa a hora que der vontade.  
E se seu caso for daqueles que não tem paciência nem quer saber o que fazer para trocar uma câmara? Pelo menos leva sempre uma câmara estepe que sempre vai aparecer um santo para ajudar. "Não tenho bomba". Provavelmente por perto tem um posto de gasolina. Encurtando: com câmara reserva volta para casa pedalando; sem volta a pé ou acaba com a diversão dos outros; a escolha é sua.  

Voltando ao meu furo.
Como preparo para a prova, o Desafio, desmontei os pneus para ver como estavam as câmaras e não vi este remendo, que é muito fino e preto como a câmara, quase imperceptível. Por via das dúvidas treinei desmontar, fazer remendo e montar o pneu traseiro. Tempo: aproximadamente 10:00 minutos e com a bomba de mão cheguei a 40 libras, 20 a menos que na bomba de pé. Conseguiria chegar a 60 libras, mas creio que o tempo a mais e o cansaço do esforço provavelmente não compensaria na prova. A pergunta que me fiz é quanto tempo ganho com 20 libras a mais num pneu? O cálculo é complicado por que o ganho seria proporcional à distância que teria que percorrer com pneu mais vazio.
 
Descolamento de um remendo é bem difícil remendar, pelo menos quando acontece com os remendos que usam cola. Se conseguir remendar de novo não coloque muita pressão, a probabilidade do remendo soltar é grande. Neste remendo sem cola creio que vou conseguir lixar e colar um novo remendo sem que descole, de qualquer forma esta será uma câmara reserva que terá escrito "voltar para casa" bem visível ao lado do bico.

Enquanto estou escrevendo Ana mandou mensagem que o pneu traseiro furou novamente. É a quarta vez em 10 dias. Já consertei duas vezes, troquei câmara, o pneu de trás que estava muito gasto, portanto propenso a furo. Pneu novo que fura duas, três vezes seguidas? Fazer o que? Destino? Não, nossas ruas são sujas, e não se culpe a Prefeitura por isto, nós sujamos. Deve ter entrado um fiapo de arame que não consegui ver no pneu novinho em folha. Irritante! mas acontece. Não é comum, mas acontece do fiapo ficar entre a banda de rodagem e malha interna, invisível até uma hora que sai por um lado ou outro.

O que pode causar um furo: vidro, especialmente os de lâmpada tubo; malha de aço de pneu, pequenos fios de aço duro que algumas vezes parecem grampo; pregos, parafusos e outros. Ou câmara que belisca no aro porque o pneu está com pouca pressão. Pouca pressão também pode fazer o pneu rodar no aro e cortar o bico, problema muito mais comum que se possa imaginar.

Faz uma enorme diferença a qualidade do pneu. Quanto pior, mais fura. Um pneu urbano para mercado europeu dificilmente fura. E não é quanto mais caro menos fura por que pneus de competição são caríssimos e são projetados para competição e não para evitar furos. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é... 

Quando estiver pedalando lembre-se que quanto mais próximo do meio fio maior é a quantidade de sujeira, portanto maior a probabilidade de furo. Lembre-se também que depois de chuva a sujeira do asfalto escorre toda para a lateral da rua, por isto é mais comum ter furo com asfalto molhado. Outra dica é tomar cuidado com proximidade de bares e locais de noitada por causa de garrafas quebradas. 

Finalmente, pneu bem calibrado fura menos. 

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