quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Caloi 100 de magazine

Deprimente a forma como chegou na bicicletaria a Caloi 100 comprada em um grande magazine. Garfo invertido, movimento central invertido, rodas completamente fora de centro, freios travando... O vendedor do grande magazine para não perder a venda "montou" a bicicleta para o cliente que queria sair pedalando imediatamente. E saiu, mas o pé estava batendo na roda dianteira. E foi numa bicicletaria reclamar do "problema". O mecânico olhou, deu uma risada irônica e disse que o correto seria deixar a bicicleta lá para fazer uma montagem e regulagem completa., mais R$ 130,00. "Como? A bicicleta está montada!" respondeu o proprietário. "Você está me roubando", disse bravo para o mecânico. Bom, enfim, a bicicleta acabou ficando na bicicletaria e foi lá que eu a vi toda torta.
A questão é a seguinte: sempre tive Caloi, recomendei Caloi, principalmente seus produtos da linha média. Caloi 100 foi uma bicicleta honesta em relação ao custo/benefício. Será que dei muita falta de sorte e peguei uma com todas os erros de produção possíveis? Como o controle de qualidade não percebeu que o movimento central estava invertido? Não foi culpa do magazine, isto tenho certeza. 
A besteira de quem comprou e quis sair pedalando foi não respeitar a regra básica: bicicleta se compra em bicicletaria. 
É fato que tem muita bicicletaria que não quer mais vender bicicletas básicas ou para iniciados das vendidas em supermercados e magazines, e eles tem razão. Não é uma questão de preço, de concorrência, mas de perda de tempo na montagem, regulagem e a quase certeza que o comprador vai ter alguma dor de cabeça. O risco financeiro de trabalhar com produtos de baixa qualidade é alto. Caloi era facilmente encontrada em bicicletarias, o que não acontece mais.
Pior: agora algumas marcas brasileiras mais conceituadas vem com o selo do IMETRO. Eu sugeriria que o Ministério Público saísse às ruas para ver o que realmente está acontecendo com a qualidade da bicicleta fabricada e vendida no Brasil ou na Zona Franca de Manaus, que é um Brasil a parte, ou não é, sei lá. Provavelmente o MP vai ficar assustado com o IMETRO.

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