terça-feira, 16 de outubro de 2018

Garfo torto nunca

Tem diminuído o número de bicicletas circulando com o garfo torto, o que é uma ótima notícia, muito melhor do que possa parecer a princípio. Revela que os ciclistas estão bem mais sensíveis a qualidade do rodar da bicicleta por um lado e que diminuíram os choques frontais, ou seja, os ciclistas aprenderam a pedalar com mais segurança.
Não faz muito tempo era impossível fazer uma análise destas porque era comum bicicletas saírem de fábrica com garfos desalinhados. Durante alguns anos esta foi uma regra, e não era pouco. Os garfos chegavam a estar quase um centímetro fora do alinhamento correto. É fácil ver. Olhando por trás a bicicleta principalmente quando está rodando as rodas apoiam no chão uma para cada lado. O correto é que a roda da frente fique escondida pela roda traseira. Não é só uma questão estética, mas de segurança. Em alguns casos é impossível largar o guidão porque a bicicleta dispara para o lado. Para o ciclista este rodar torto pode levar a dores na coluna, ombro, braço ou mãos.
Garfos fabricados com material impróprio, muito mole, ou com tubos de diâmetro aquém do recomendável também entortam fácil, "indo para trás", o que muda o comportamento da bicicleta deixando-a menos estável. Alguns garfos não precisam sequer de pancada para deformar, o que é um absurdo.

O pior tombo que um ciclista pode sofrer é a quebra do garfo. O ciclista enfia a cara no asfalto sem tempo de qualquer reação. Não adianta capacete porque o impacto será na face ou, muito pior, no maxilar. Afundamento de maxilar é causa de inúmeros óbitos de ciclistas. Conheço vários casos de ciclistas que quebraram maxilar e dentes e tiveram que passar por tratamentos longos, caríssimos, e mesmo assim nunca mais voltaram ao normal. Com garfo não se brinca. Mantenha a frente de sua bicicleta sempre em perfeita condição de uso, principalmente o garfo.

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