A opção que se fez foi pela cidade de segregados. Cada um no seu quadradinho em nome de uma segurança que atende principalmente a interesses particulares.
O que foi implantado obriga que os trajetos, com frequência, sejam os não desejados e lógicos, mais curtos e sensatos, sejam para pedestres, principalmente, e ciclistas.
O mais interessante, para eles, quem quer que seja que implementa estes trajetos, é que o segregado com seus caminhos por vezes sem sentido, defende com com unhas e dentes esta implementação, principalmente entre ciclistas. Pedestres se viram, fazem o que podem para caminhar menos.
A reconstrução das cidades que se está fazendo em lugares civilizados é acalmar e integrar tudo. Não resta a mais remota dúvida que convívio por só resolve boa parte dos problemas sociais de qualquer lugar, e resolveriam mais e melhor os que temos aqui e no Brasil.
Foi inaugurada a ponte para pedestres e ciclistas cruzando o rio Pinheiros na altura da ponte Euzébio Matoso e paralela a ponte Bernard Goldfarb.
Duvido que ciclistas que descem a Rebouças e os que pegam a Euzébio Matoso, uma reta só, vão fazer toda volta para pegar a nova ponte acesso. Aliás, não vi qualquer sinalização orientando para tanto.
Dependendo da pressa, atravessar a Bernard Goldfarb é um ganho de tempo sensível. Quem estiver descendo a Euzébio duvido que vá fazer toda a volta para sair na Vital Brasil, uma volta mais demorada ainda.
A nova ponte para ciclistas é muito bem vinda, principalmente para acesso e saída da ciclovia rio Pinheiros. Para pedestres também, se bem que, morando na rua Eugênio de Medeiros, a da cabeceira da nova ponte, rarissimamente vi pedestres ali.
Segregar tem seu preço, parece que a história deixa bem claro. Fizemos a opção pelo segregar quando mundo afora se faz a opção pelo agregar, juntar, unir.
Não resta dúvidas que em situações específicas se deve segregar, mas fazer da segregação regra é um erro muito além do primário ou da boa fé.
Depois intensões o inferno está cheio. Nossas cidades que o digam.
Que cidade vocês querem?
Nenhum comentário:
Postar um comentário