Na minha época (faz tempo!) quem tinha velocímetro era rei. Os melhores eram da VDO, a mesma marca usada nos carros e motos e da mesma forma acionados por cabo e uma pequena roda dentada fixada nos raios próximo ao eixo. Analógico, tinha ponteiro que marcava velocidade, mais um odômetro, e ponto final. Era o must!
Um dos primeiros, talvez o primeiro, ciclocomputador chegou ao Brasil pelas mãos de meu pai, um alucinado por novidades eletrônicas. Montei o Cateye em minha bicicleta e foi um sucesso geral. No começo eu vivia olhando a coisa funcionar, mas não demorei muito para descobrir que estava ficando mais louco do que já era. Gosto de pedalar, mas definitivamente não sou de ficar medindo, comparando, fazendo planilha, marcar tudo no caderninho, ter treinamento regrado. O brinquedo acabou sendo desinstalado e foi parar no Mubi, museu de bicicletas de Joinville.
Só voltei a colocar um outro muito tempo depois na minha primeira bicicleta de estrada, maravilhosa KHS, mas também não usei como deveria. Não tenho espírito para a coisa. E agora que pretendo fazer a prova do Desafio do Rio do Rastro voltei a usar um ciclocomputador, mas, novamente, não levo jeito e tiro pouco proveito.
Algumas coisas já 'deu' para concluir. Me chamou atenção que as distâncias que pedalo são mais curtas que minha fértil imaginação sempre sonhou. Outro ponto é minha velocidade média que também é mais baixa. Natural, bem-vindo à velhice. De qualquer forma as marcações estão ajudando.
No final estou usando dois, o Decathllon mais simples, com fio, e um wireless Cateye todo sofisticado que ganhei do Zé. O Decatlhon está na minha 26, só dá velocidade e distância enquanto você pedala. Para ver a velocidade média e odômetro é preciso parar, o que a princípio achei um absurdo, mas hoje sei que é seguro. O Cateye que instalei na minha 29 tem todas funções que se possa imaginar no modo "a", mais algumas no modo "b", para mim coisa de volante de Fórmula 1. Se bobear fico procurando informação, portanto, não olhando para frente como deveria, portanto menos seguro. Óbvio que para quem planilha treinamento deve ser ótimo. Eu quero pedalar.
A foto ilustrativa explica bem minha rara habilidade no uso de celulares e ciclocomputadores. Confesso que gostaria de saber como a foto saiu assim.
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