segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Bike Africa, realidade

 

O filme apresenta parte da realidade dos ciclistas africanos, onde a bicicleta é ferramenta de trabalho. 

Já foi assim no Brasil, há algumas décadas,  quando a bicicleta era tida como "coisa de pobre" entre a elite, mas não só por ela. Seu uso era massivo entre a população de baixa renda ou pobres. Aliás, na mesma época, a bicicleta era modo de transporte comum entre operários de fábricas e construção civil. Os militares desde o começo da ditadura entenderam esta importância e mantiveram o transporte por bicicleta sem criar problemas. Aliás, pelo contrário, tentaram organizar o setor atravéz de centralização do setor com Caloi e Monark. Lembro que no fim da ditadura o Brasil era o terceiro maior fabricante de bicicletas do planeta, com mais de 4 milhões de bicicletas produzidas e vendidas por ano. A história é um mais complicada, mas paro por aqui.

Primeiro, muitos sindicatos passaram a lutar pelo transporte por ônibus e até mesmo pelos veículos particulares. Depois entraram as motos. Dentro da política de melhorias dos trabalhadores a bicicleta não era bem vista ou estimulada. Nem para a população de baixa renda.

Voltando à África, ou a qualquer país com vastas populações pobres, a bicicleta é crucial para o equilíbrio econômico e social.

Não sei como os governantes ou mandantes africanos lidam com o uso da bicicleta, mas provavelmente devem ter consciência da importância estratégica para manter a estabilidade social. Algo que muitos por aqui até hoje não entenderam. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário