Pneu furado. Para o passeio. Entro no boteco, peço um suco, desmonto o pneu, pego a câmara, bombeio até ficar cheia. Passo a mão pela câmera e não consigo sentir onde está o furo, mas está vazando bem devagarinho. Encho mais ainda, encosto a câmara na bochecha, que é muito sensível, vou passando e finalmente encontro o microfuro. Na emenda. Estico a câmara com as mãos e o buraco aumenta um pouco. Paro ou não vai dar para remendar. Remendo feito seguimos em frente sem problema.
Furo em emenda da câmara acontece. Ruptura também, não é comum, mas acontece, principalmente em câmaras velhas, como era o caso. Devia ter uns pelo menos uns 20 anos. De marca européia, portanto boa. Quanto durou e ainda vai durar depende de uma série fatores. Não importa, tempo de vida é tempo de vida, tudo termina.
Por sorte, naquele domingo quente, e naquele bairro distante, tivemos a sorte de passar por dois senhores já bem altos, música alta e cerveja na mão. Olhei e vi que era uma bicicletaria bem pobrinha cheia de câmaras remendadas penduradas. Por muita sorte saímos com uma câmara nova, que foi instalada na primeira parada mais longa do passeio. Aí a dona da bicicleta me contou que já tinha trocado a câmara da roda da frente. Deveria ter trocado as duas. E guardado as velhas para estepe, para conseguir voltar para casa.
Quantos anos têm suas câmaras? Em que estado elas estão? Quando foi a última vez que as revisou? Só quando furam? Não vale a pena. Com um pouco de paciência você sairá de casa muito mais tranquilo. Revise.
A saber, todas câmaras de ar têm emendas na diagonal para juntar as duas pontas. Se não tiver é porque o tubo foi extrudado. Várias têm emenda longitudinal, ou seja, são fabricadas a partir de uma tira de borracha, látex ou outro material. Primeiro são juntados, normalmente fundidos, os dois lados para formar um tubo, depois cortada na medida desejada e finalmente juntadas as duas pontas. O bico? Não sei ao certo, mas imagino que seja colocado ainda quando é uma tira.
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