segunda-feira, 5 de abril de 2021

O comprador é responsável direto pela qualidade que compra

Terminei um texto assim:
Enfim; o mercado brasileiro, não só o de bicicletas, está cheio de distorções que permitem problemas sérios de qualidade. E o brasileiro não pesquisa a fundo, não reclama, aceita. E agora, no meio desta baderna que a pandemia nos colocou, ajudada pelo Governo Federal, a baixa qualidade rola solta. Abra o olho.

Revisando o texto veio o óbvio:
O comprador é o único responsável pela qualidade que recebe. O brasileiro pesquisa via de regra pelo preço, sem foco na qualidade, compra problema, não reclama, aceita como normal, gasta mais dinheiro para consertar ou joga fora; uma sequência de erros que prejudica não só ao indivíduo, mas a todos brasileiros.

Estamos muito longe do "quebra zero" que todos países socialmente justos vem buscando para valer. Quem tem um mínimo de cabeça e responsabilidade caminha a passos largos para zero quebras, defeitos, até por uma questão de sobrevivência num mundo globalizado cada dia mais competitivo. Quem não fizer o dever de casa está fora, ponto final. Ou seja, quem não entender este dogma vai empobrecer - ponto final - e não adianta reclamar. Quem não entender vira pária internacional, espero que brasileiro já tenha entendido o que isto significa.

Saia para a rua e veja quantas bicicletas pouquíssimo rodadas estão com aros e pedais que não são mais os originais. Quantas bicicletas foram modificadas ainda novas?
É uma vergonha culpar os importadores, fabricantes, lojistas ou vendedores porque eles respondem ao que quer o mercado: os compradores. Vamos falar a verdade, a responsabilidade única e exclusiva é de quem gasta o próprio dinheiro com qualquer porcaria.

Tenho profundo orgulho de ter sido o primeiro brasileiro a acionar via PROCON um fabricante por (14) defeitos congênitos de fabricação, isto logo após a criação do órgão estadual, Grupo Executivo de Proteção ao Consumidor, ou PROCON, isto no final da década de 80. Deu resultado. Dá resultado. Vale a pena fazer.

Quantos brasileiros acionaram o Código do Consumidor contra defeitos (congênitos) das bicicletas, de peças e acessórios? Qual é índice de acidentalidade (e mortes) em consequência de falha mecânica das bicicletas vendidas no Brasil?

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