sábado, 14 de setembro de 2024

Construção da ponte passarela / ciclistas e pedestres paralela a ponte Bernard Goldefarb


Amanhã logo depois de acordar vou sair correndo para ver como ficou mais este trecho da construção da ponte passarela, paralela a ponte Bernard Goldfarb, que ligará a rua Eugênio de Medeiros ao outro lado do rio Pinheiros, em frente ao ex edifício Odebrecht, Butantã, e dará acesso à ciclovia Capivara.
Para entender a emoção que sinto só sabendo um pouco do que passamos, o pequeno grupo que num passado distante tentamos conseguir que olhassem para a bicicleta com mais seriedade e respeito.

Creio que o primeiro projeto com ponte para ciclistas sobre o rio Pinheiros foi o da ciclovia ligando o Parque Ibirapuera à USP. Descia pela Juscelino Kubistchek, cruzava numa ponte exclusiva para ciclistas Pinheiros na altura da ponte Cidade Jardim, seguia o rio na margem do Jockey Club até a ponte Cidade Universitária, cruzava por baixo dela e por uma ponte passarela entrava na USP. O divertido é sonhador Sérgio Luís Bianco estava no projeto e foi quem me mostrou. Pelo que lembro, Sérgio sempre dizia que Erundina dava a maior força, mesmo assim não rolou.

Mais um menos da mesma época foi o projeto de uma passarela paralela a ponte Cidade Universitária ligando a estação da CPTM com a USP. Terminaria dentro da USP, sem cruzamento. Pelo que soube foi vetada pelo conselho da USP, mas nunca soube se foi o que aconteceu (mas tenho minhas razões para acreditar que seria bem possível). Quem contou foi Reginaldo Paiva, então na CPTM.

Em 2007, no projeto Ciclo Rede Butantã bancada pelo ITDP, foi proposta uma ponte passarela cruzando o rio Pinheiros na altura da Estação Terminal Pinheiros, metrô, CPTM. O projeto não foi adiante por diversas razões inclusive porque alguns moradores do City Butantã bateram pé: ciclista por aqui não passa.

Sei que neste meio tempo que estive longe dos bastidores foram feitos outras tentativas de ligações, pontes e passarelas, sobre o Pinheiros.

Esta que está em construção paralela a ponte Bernard Goldfarb seu primeiro projeto aprovado em 2010, foi modificado e em 2015 recebeu o ok. De lá para cá foi burocracia. Ou seja, para se corrigir um problema de segurança viária que só fazia aumentar, demoraram só 14 anos para começar a obra. Brilhante! Mas muito, mas muito bem vinda.

Acabaram de me perguntar se não saiu caro? Pelo que sei saiu menos que o cálculo de ponte passarela que desembocaria no Terminal Pinheiros. De qualquer forma, uma coisa é o custo da obra em si, o outro é o benefício que a obra trará. Obra bem planejada e funcional neste país do desperdício é quase uma benção.

Como inúmeros ciclistas, cruzei com frequência a Bernard Goldfarb, principalmente no sentido Pinheiros - Butantã, e, mesmo sendo muito calmo quando pedalando no trânsito, posso afirmar que era tenso. Num determinado momento fizeram uma mudança na sinalização da Bernard Goldfarb que, de certa forma, estreitou mais ainda o espaço para pedalar. Não sou de dizer este tipo de coisa, mas cheirava a sacanagem para frear ciclistas, já que a placa de proibida a circulação de ciclistas tinha efeito zero. O caminho mais lógico é pela Bernard Goldfarb e ponto final.


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