É lógico que consigo...
E de fato conseguiria caso tivesse feito tudo com um mínimo de calma e tendo parado um pouco para pensar o que deveria fazer. Em outras palavras, tendo estudado a besteira que me propus a fazer. Para finalizar, e se não estivesse sem prática. Acabei tomando um tombo ridículo de minha própria soberba.
Antes de descer estava com medo que o tapete soltasse, que se acontecesse causaria um tombo sério. Já me aconteceu. Isto me fez ser um pouco mais cuidadoso, mas muito longe do que se define como "responsável". Se estivesse menos entusiasmado para fazer a besteira teria descido a escada a pé e estudaria como contornar a curva para o segundo lance de degraus. Parar no meio do caminho foi burrice.
Comecei errando a entrada na escada. Deveria ter repetido até fazer a curva correta para entrar na escada e descer tudo de uma vez só, sem parar. Parar para fazer a curva para o segundo lance foi a causa do tombo. Óbvio que a bicicleta não sairia do lugar, ou seja, a roda dianteira travou na diferença de inclinações da escada com o pequeno plano da curva, princípio básico de física.
Se parei, se a roda dianteira estava travada por um plano inclinado, para sair eu teria que ter jogado o corpo muito mais para trás e tirar o máximo de peso da roda da frente, talvez até levantando a frente da bicicleta, o que não fiz. Quando quis colocar a bicicleta em movimento o movimento de meu corpo foi para frente e a bicicleta ficou no mesmo lugar, física pura, o que fez meus pés escorregarem dos pedais e tudo capotar para frente.
Bicicleta e ciclista têm que estar no mesmo movimento. Se a bicicleta parar ou estiver mais lenta que o corpo do ciclista ele, ciclista, vai para frente ou mesmo por cima do guidão, simples assim.
Confesso que gostaria de voltar lá e repetir até fazer correto, mas infelizmente a casa foi vendida. Tem uma outra escadaria que gostaria de descer, mas se tentar Teresa e os outros moradores me matam. Ou talvez melhor não fazer besteira. Fazer besteira, melhor, tentar tem que tentar, é aprendizado. Não pode é se quebrar e para isto tem que pensar.
De qualquer forma, como dizem na minha família, "velho não se mete a besta". Fazer o que?
Neste Ciência do Absurdo aparecem algumas explicações
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