Mesmo na foto é possível ver que a traseira é bem curta. A distância entre eixos também é curta. O resultado acabou sendo pedalar um puro sangue, uma mountain bike de reações rápidas, forte aceleração, transferência direta dos pedais para o chão, um forte poder de subida, tão forte que nas mais íngremes era preciso ter uma posição de corpo toda especial ou ela levantava a frente e capotava para trás. A primeira vez que saí com esta Alfameq Ghibli fiquei impressionado como ela era dura, áspera, sensível. Pedalar no limite com ela definia quem era você como ciclista, qual seu nível de técnica. Coisa de italiano (Alfameq) que se junta com alemão, Luiz Kuhlmann, o projetista.
Ghibli é o nome dos ventos que vem do deserto do Sahara. Quentes.
A Alfameq Ghibli virou um dos ícones do início do mountain bike. Só entende por que quem pedalou uma. Esta minha da foto foi roubada em Joinville já faz tempo. Era montada com Suntour de 21 marchas tendo com passador de marcha um Y que corria por baixo do guidão, para mim um dos mais geniais sistemas, mas que não colou.
Fico feliz de ter dado bons prazeres a ela. Pedalei muito por São Paulo, fiz algum mountain bike, e tive uma oportunidade única de viajar para Holanda, NY e ver o mundial de MTB em Vail rodando com ela. Em NY tive mais sorte ainda porque peguei um feriado de três dias, Dia do Trabalho, uma comemoração religiosa judia, e domingo, e as ruas estavam vazias, fato raro por lá. No primeiro dia tive que parar o passeio por completa exaustão. Os poucos ciclistas que cruzei babaram nela.
Obrigado menina. Saudades.
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