Bunda velha tem suas manias e a minha gosta de um formato de selim que parou de ser fabricado. Ainda tenho meus velhos selins aqui e tenho que restaura-los. Nestes vídeos têm um pouco de tudo, da fabricação ao restauro. Antigamente vendiam umas capas de selim feitas só para proteger o tecido original. Hoje as capas que se encontram têm gel e a sensação de pedalar sentado num deles para mim é parecida com a daquela quando não deu para chegar a tempo no banheiro; um horror!
Quem pedala faz muito sabe o que é sofrer num selim. Os das Caloi e Monark 10 eram de tirar o folego! Tão incômodos quanto os que vinham das Barra Forte e Barra Circular, mesmo que estes tivessem molas para suavizar. Como dizíamos, era pau no rabo!
E aí surgiram as mountain bikes com uns selins um ano luz melhores, quase como sentar no pudim. E uns anos depois veio toda aquela celeuma sobre selins causando câncer de próstata, mais que uma besteira, má fé. Hemorroidas talvez, câncer não. Mas todo mal tem seu bom lado e os fabricantes passaram a olhar as bundas com outros olhos. Aqui no Brasil continuou tudo igual com as belas bundas o desejo nacional, também o símbolo, a bandeira, o batuque, samba... rebolado..., causadora de acidentes..., mas isto é outra história. Voltando aos fabricantes, passaram a estudar músculos, ísquios, posição do ciclista e movimentos das pernas e tudo mudou. Descobriu-se que há um selim para cada bunda, um selim para cada forma de pedalar. Continua sendo menos cômodo que sentar na poltrona do vovô para ver Giro d'Italia enquanto a nona faz a macarronada, mas dá para pedalar longe sem depois ter que ficar três dias trabalhando em pé.
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