Só foram fabricadas 1.500 destas bicicletas, sendo que pelo menos a metade
teve problemas no movimento central. Para lançar a bicicleta no Natal de 1989
Juan Timon, funcionário e técnico de ciclismo da Caloi, além de responsável pelo
projeto, apresou tanto o lançamento que a caixaria do movimento central feito
com um grave defeito na rosca. Pelo que fiquei sabendo Bruno Caloi, então dono
da Caloi, ficou furioso, a beira da histeria, com a história.
Todos que participaram do Cruiser das Montanhas de Campos de Jordão,
organizado pela Renata Falzoni, tiveram a chance de pedalar o protótipo. Eu
cheguei a correr minha primeira prova, em Paraíba do Sul,, Rio de Janeiro, com
um modelo pré série e a bicicleta era uma bosta. Saía de frente, não fazia
curva, dava dor nas costas, não engatava a brotinho (coroa pequena dianteira),
freava mal... Conversei com Timon que disse que eu não sabia nada... A traseira era desalinhada. Não importa o que se fizesse não se conseguia alinhar as rodas da bicicleta. O câmbio traseiro não era indexado e era muito frágil. Creio que algumas vieram com câmbio Dimosil, que era de uma fragilidade...
Felizmente esta idiotice fez com que a Caloi logo depois lançasse a segunda
série de mountain bike, uma bicicleta copiada de uma GT, com uma geometria
descente, mas com peças frágeis. E freava; mas tinha que saber regular os
freios, o que era para poucos.
O primeiro modelo mountain bike fabricado no Brasil foi uma
Monark de 1985 copiada da primeira Schwinn, mas sem marchas. Vinha com um
sistema de freios cantilever em metal, cópia para lá de vagabunda dos originais,
talvez Shimano. Era linda, mas só servia para olhar. Rodando era uma bosta.
Para terminar: o que contavam é que o nome "mountain bike" está registrado em nome da Monark e que houve um acordo com a Caloi, que passou a usar o nome.
Nas fotos, Zé Lobo :-)
ResponderExcluirTudo bem amigo , quanto deve custar uma bicicleta dessas inteira, toda original. Obrigado.
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