sobre bicicletas, perguntas, respostas da Escola de Bicicleta; e algo mais.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Versões sobre a história da bicicleta
Falsificações em cima dos grandes mestres é uma situação mais comum do que
possamos imaginar. Faz uns anos descobriu-se que alguns grandes mestres
renascentistas foram copiados, ou falsificados, por Goya a título de estudo. Só
perceberam a situação porque Goya criptografava uma assinatura em todas as
pinturas. As pinturas eram tão perfeitas que passaram batido por séculos.
E há situações mais grosseiras, como parece ser o caso da bicicleta de Da
Vinci
Não fiquei surpreso quando o Zé Lobo contou a história sobre a falsificação.
Eu credito a invenção da bicicleta ao Barão Von Drais pelo simples fato que
sem a o sistema de direção, com a roda dianteira móvel, é praticamente
impossível usar um veículo de duas rodas como a bicicleta. Se quiserem façam a
experiência de travar a caixa de direção e depois tentem rodar uns metros
equilibrados. É praticamente impossível.
Tenho uma pequena biblioteca sobre bicicletas e posso dizer que que há
versões sobre os passos para o surgimento da bicicleta, e que todos passam tento
pelo De Civrac, como Von Drais; porém em ais de um livro são apresentadas
imagens de brinquedos de duas rodas como o que é dito invenção do De Civrac. Num
livro espanhol é mostrado um vaso grego com um pintura. Há uma igreja inglesa
com um vitral...
O fato é que as versões de quem fez o que são variáveis segundo a fonte e
principalmente a nacionalidade. O francês sempre leva a história para ele, mesmo
assim reconhece o alemão Von Drais.
Este nacionalismo fica jogo pesado quando se vai para a criação das
primeiras bicicletas com pedais. Ai a história é confusa, cheia de fofocas, de
tendências,, principalmente porque envolve uma disputa entre franceses e
ingleses
A história sempre é tendenciosa. A versão mais comum costuma ser dos
vencedores e a contra versão dos perdedores ou os que se sentem afetados pela
versão oficial. É preciso sempre muito cuidado com que se lê ou ouve. A
realidade costuma superar a ficção, literatura e até mesmo a história.
sábado, 9 de junho de 2012
Trocas de marchas
Uma das razões
para o ressurgimento da bicicleta e o surgimento do mountain bike na década de
80, foi a criação de um sistema de troca de marchas de alta precisão e
confiabilidade, o SIS da Shimano em 1984. Com este sistema mesmo os ciclistas
menos habilitados conseguem usar o câmbio traseiro sem medo. Quem chegou a
pedalar uma boa bicicleta com um sistema de câmbio Shimano GS (fim dos anos 80)
sabe do imenso prazer do engate sequencial, preciso, silencioso e seguro.
Antes, só com muita prática e atenção era possível trocar as marchas na
sequência correta e manter a boa cadência do pedalar. Para quem vivenciou a
época sabe o tamanho do salto de qualidade.
Fiz uma trilha
outro dia com duas bicicletas, uma mountain bike aro 26 de 21 marchas que
estava com problema no sistema de câmbio e não trocava precisamente as marchas,
e outra com rodas 29 e um câmbio topo de linha de 20 marchas, 2 coroas na
frente e 10 atrás, que funcionava precisamente. A diferença entre as duas
obviamente é imensa, não só no esforço, mas no prazer e principalmente na
segurança oferecida pela troca de marchas precisa. Um câmbio que não funciona
bem é perigoso em qualquer ocasião, seja numa trilha, na cidade, ou na estrada.
A quantidade de
pessoas que sofrem acidentes por causa de falha no sistema de marchas é muito
grande. A transmissão da energia do ciclista para o chão tem que ser a melhor
possível sempre, com ou sem marchas. Qualquer falha influencia diretamente no
equilíbrio. Especialistas calculam que pelo menos 35% dos acidentes fatais com
ciclistas são causados por falha mecânica da bicicleta, e que falha no sistema
de transmissão é uma das principais causas. Morre muita gente porque a corrente
escapou ou por que estava em marcha errada. Falta de manutenção adequada, componentes
gastos, e até mesmo comprar gato por lebre. Explico.
É um sistema de
câmbio, portanto é um conjunto de peças e componentes que trabalham integradas
dentro de um quadro de bicicleta com padrões específicos para fazer com que
sistema realize a troca de marchas corretamente. Infelizmente a maioria pensa
que basta o câmbio traseiro ser de boa qualidade para funcionar bem. O mercado
está lotado de bicicletas lindas e com o câmbio traseiro de boa marca, mas de
péssima qualidade. Como escapar da arapuca? Simples: faça um pequeno teste
antes de decidir. E depois? Também simples: ao primeiro sinal de mal
funcionamento da troca de marcha mande a bicicleta para a manutenção. Se o
sistema for de boa qualidade provavelmente uma boa limpeza resolverá tudo. E
uma dica muito importante: troque a corrente antes do fim da vida útil dela.
Assim você preserva as coroas, que é o mais caro.
Assinar:
Postagens (Atom)