Tive que trocar a corrente de uma de minhas bicicletas de 7 marchas. Esperava gastar algo em torno de R$ 100,00. Doce ilusão. Com o dólar do jeito que está saiu por R$ 180,00. Putz grila! Mas não tem jeito, ou troca a corrente no momento certo ou vai ter que trocar toda a transmissão e aí sim a brincadeira fica cara para valer. Um pedivela simples e pesado está custando lá pelos de R$ 300,00, a transmissão sei lá quanto e nem quero saber para não assustar; e aí vai.
"A" grande vantagem da bicicleta é ser um transporte barato, ou pelo menos foi. Ok, não tem mais nada barato e pelo que dizem os economistas não vai ter por um bom tempo, se é que um dia volta.
Antigamente você trocava a corrente e ela durava, durava, durava, durava... Não há quem esteja ligado ao negócio da bicicleta que não afirme que mesmo os produtos da Shimano estão durando muito menos. Tudo hoje em dia tem uma obsolescência programada muito menor que num passado não muito distante, o que são várias tragédias. A maioria dos que estão entrando nos pedais não faz ideia do que é durabilidade e de como eram ridículos os custos de uma bicicleta.
Uma das bicicletas que comprei para mandar para o museu do Valter Busto foi uma Roadmaster feminina que tinha rodado, segundo seu dono, uns 30 anos sem fazer manutenção, e não rodou pouco. Parece absurdo, mas é isto mesmo. Óbvio que a corrente estava completamente lasseada, mas ainda rodava. Provavelmente trocou sapatas de freio, pneus e câmaras, mas o resto era de fábrica. Lembrei, uma das câmaras era original.
a Scott híbrida de 2000 |
O problema mesmo recai sobre as populações de menor poder aquisitivo que simplesmente não tem como ficar trocando corrente a cada (sei lá) 2.000 km, se é que dura isto. Muito menos trocar sapatas de freio a disco que custam R$ 90,00 o par. O que acaba acontecendo? A bicicleta é usada até acabar e vai para o lixo, literalmente, ou seja, nesta história de obsolescência programada curta há um problema ambiental sério.
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