Boa noite Arturo,
Recentemente, adquiri uma revista Bici Sport (Ano III nº 15 Agosto 89), que possui uma matéria chamada "O futuro está lançado - Caloi Mountain Bike".
Sou um apaixonado por bicicletas, na verdade, acho que já transcendi a paixão, trata-se de um caso de amor, pois andar de bicicleta e ler sobre sobre o assunto faz-me muito bem.
Com isto, sempre que posso e encontro, adquiro revistas antigas (sobre bicicletas), com o propósito de estudá-las e preservá-las.
Bom, lendo (estudando e curtindo cada detalha) a matéria da revista citada anteriormente, fiquei em dúvida na parte que segue abaixo:
"A solução encontrada foi cruzar o triângulo traseiro com o dianteiro, criando assim um pequeno terceiro triângulo. Este desenho não é novidade no mercado americano. Talvez haja alguma diferença na estrutura do quadro em termos físicos (torção, dureza, etc.), mas para principiantes o que importa é a geometria. O que melava a velha Mountain Bike era o ângulo muito caído do banco; nesta nova ele é bem em pé, muito mais correto. A traseira ficou mais curta, também mais correto. Enfim mudou a filosofia do quadro."
Com isso, seguem abaixo minhas dúvidas:
Quais características, definem o comportamento dinâmica de uma bicicleta que possui um ângulo do tubo de selim menos inclinado e uma traseira mais curta?
E quais características, definem o comportamento dinâmica de uma bicicleta que possui um ângulo de tubo do selim mais inclinado e uma traseira mais longa?
Agradeço se puderes e esclarecer essas dúvidas e desculpe se o e-mail ficou muito extenso.
Um abraço.
Samuel Cordova
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Samuel
bom dia
Bicisport foi uma boa época. Tudo era diversão e boa esperança.
Quanto maio a distância entre eixos mais previsível é a bicicleta porque as reações ficam mais lentas. Entre eixos curto faz com que a bicicleta fique arisca, de reações rápidas.
Traseira mais curta faz com que a bicicleta responda mais rapidamente a pedalada. É uma explicação muito simples, mas é por aí.
Quanto ao ângulo do tubo de selim; quanto mais inclinado para trás mais "tranquila" fica a bicicleta. Também explicação muito simples.
A questão é que já em 1989 o mercado de mountain bike já não tinha dúvida que a melhor geometria era 70 graus no tubo de selim, 71 para a caixa de direção, com 23 polegadas de tubo superior e 17 para tubo de corrente para quadros tamanho 19 polegadas e sem suspensão. O famoso 70 / 71 / 23 / 17 (ou pequenas variações) que até hoje é usada em bicicletas, inclusive para as básicas sem suspensão.
A Caloi Mountain Bike foi a primeira a usar esta geometria de quadro. Era cópia de uma GT, que patenteou o desenho de quadro com três triângulos. Subia muito melhor que a MTB 15 que tinha o tubo de selim muito inclinado. Mais, como o peso do ciclista ficou muito mais bem posicionado na bicicleta, portanto equilibrado, ela também fazia melhor as curvas. O ideal é que a distribuição de peso seja 45% na roda dianteira e 55% na traseira, também com pequenas variações. Quando se o ciclista fica muito para trás a tendência é a bicicleta sair de frente nas curvas.
Há muitos outros fatores nesta história. Espero que tenha esclarecido.
Caso tenha outras dúvidas escreva
abraço
Arturo Alcorta
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