quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Algameq.

Tive várias Alfameq e adorei. A minha da época que fiz Bike Repórter Eldorado FM era mágica, 11 kg, um foguete. Para 1999 era muito leve, rodava maravilhosamente bem, tanto que um dia recebi uma bronca porque os ouvintes não acreditavam que eu estava pedalando, mas de moto. Hoje, passados mais de 20 anos da minha fase Alfameq, a original, quando a marca era do Gioachino e do Gaetano, dois italianos de verdade, nascidos na Itália, pedalo uma delas e continuo dizendo que são mágicas, fora de série. Aceleram e rodam maravilhosamente bem. 

Depois de muito tempo sem pedalar uma, cruzei com um cara numa toda original de época, anos 90. Parei o sujeito, perguntei se podia dar uma volta, ele emprestou, rodei uns 100 metros e não acreditei, quase cai do sorriso, da alegria. 

Não faz muito comprei uma usada, toda surrada. Estava passando por uma esquina onde conversavam dois seguranças da rua, um deles dizendo que estava vendendo a Alfameq Tirreno tamanho 21, prata, que segurava. Continuei pedalando, pensando "De novo não. Comprar mais uma (bicicleta), não! Juizo!", quando ouvi o preço. "Não, aí não, assim não dá!", e dei meia volta e comprei por um preço imperdível. Nem olhei direito, nem experimentei, levei para casa e só lá vi que estava montada com peças Shimano 100GS, maravilhosas, tudo funcionando. Vistoriei com cuidado e o quadro estava inteiro, sem nenhum problema, só a pintura desgastada. Tinha sido montada na ScooBike, de meu amigo Luiz, portanto consegui uma referência que não era roubada. Ruim mesmo só o garfo de suspensão, que foi devidamente para o lixo.


As peças Shimano 100GS foram montadas numa Haro feminina que foi entregue o CCM, Centro Cultural Movimento, museu de motos e bicicletas em Socorro, próximo a Bragança Paulista. 

Demorei para remontar porque não foi fácil encontrar as peças de época como as que eu tinha na minha. Achei inclusive o garfo rígido original da Alfameq. Os aros de folha simples, que se usavam na época, encontrei por pura sorte. Estavam esquecidos no estoque de uma das mais tradicionais bicicletarias porque ninguém mais quer aros folha simples. Sorte minha. Consegui um conjunto de 24 marchas, mas agora falta só o câmbio traseiro original para ficar perfeita, mesmo assim já está uma delícia, uma avião.

Tive várias Algameq, a primeira uma Ghibli, traseira elevada e muito curta. Acelerava e subia maravilhosamente. Mandei-a para um museu, senti o cheiro que seria roubada e foi. Fui com ela para a Holanda e de lá para NY, onde por pura sorte peguei a cidade vazia por três dias. Rodei até ter cãimbras. Passei por algumas bicicletarias para mostrar a menina (bicicleta) e em todas a curiosidade foi grande.

A Ghibli em NY 

Acabei estabelecendo uma amizade com Gioachino. Recebi alguns protótipos, um deles híbrido, todos ótimos. Infelizmente a Algameq original não existe mais, foi vendida. Fato é que eles fizeram história, mudaram o padrão de qualidade e o que brasileiro pensa sobre o que é uma ótima bicicleta. Eles provaram que dá para fabricar com altíssima qualidade aqui.

Steve Tilford, um dos melhores ciclistas da história americana, Campeão de Ciclocross e primeiro Campeão do Mountain Bike, veio para cá para competir uma prova pela Specialized, de quem era ciclista oficial, ganhou uma Tirreno, levou para casa, uma cidadezinha ao norte do Estados Unidos, montou, testou, e me escreveu dizendo se apaixonado pela Alfameq.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Aerodinâmica

Rodas aero, ou aerodinâmicas. Quanta besteira! Praticamente todos os usuários de bicicleta, incluindo a maioria dos que se dizem ciclistas (esportivos), simplesmente não conseguem tirar proveito de uma bicicleta com detalhes aerodimâmicos. Por que não? Porque não tem força suficiente para manter a velocidade necessária para que qualquer detalhe aerodinâmico faça o efeito sonhado. Aerodinâmica é coisa para profissional, e quem já teve o prazer de pedalar junto com um profissional de verdade sabe que o babado é outro, que eles são de outro planeta, um foguete. 
Do que estou falando?  Sobre a diferença entre manter uma média de 20, 26 km/h, quando muito, e os "profissa" que continuam conversando como estivessem assistindo TV numa média de 35 km/h - numa subida leve e com vento contra.
Mais, ciclista profissional usa a aerodinâmica certa para o momento certo, o que é decidido por uma equipe de profissionais baseado em vários dados coletados de metereologia, topografia e outros mais.

Roda aero, que é vendido como um benefício aerodinâmico e é o mais comum nas bicicletas do povão, funciona? Não preciso ter em mãos dados científicos para dizer que não. Por uma razão em particular: são mais pesadas que as rodas normais, e peso da roda para um ciclista comum é que faz diferença, aliás, muita diferença. Quanto mais leve a roda, melhor, muito melhor. 

Os aros "aero" entraram no mercado porque são mais resistentes a torção ou deformação. Deram certo porque as bicicletas mais baratas vinham com aros de folha simples que desalinhavam, deformavam e entortavam com facilidade. Muitos eram de baixa qualidade, para dizer o mínimo, mas vários davam problemas porque eram muito mal montados, alinhados e principalmente tensionados. 
Fato é que, não é por ser aro de folha simples que será mais frágil que um aro aero. Tudo depende da qualidade do material e do processo de fabricação. 

Aerodinâmico? O peso da roda é o que importa para ciclistas comuns.

A bem da verdade, a imensa maioria do que é chamado de aerodinâmico é conversa para vender mais, e nada mais.



segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Sorocaba tem muita ciclovia. E daí?

Sorocaba é a cidade com maior número de ciclovias e ciclofaixas. E também as que ninguém usa. Dinheiro público desperdiçado. Responsabilidade social passa pela responsabilidade do uso do dinheiro público, da verba disponível para uso coletivo, em especial para as prioridades sociais, que no nosso caso são muitas.

Segurança não é igual a mais ciclovias ou ciclofaixas, mas a uma cidade transformada para dar segurança para seus cidadãos, o que inclui ciclistas, mas definitivamente não só eles.

Há uma diferença monumental entre as duas coisas, muito e seguro. Toda a cidade européia que é segura no trânsito, incluindo as holandesas, pensam em todos cidadãos, com prioridade para pedestres, pessoas com necessidades especiais, mães, crianças. Só a partir de então eles começam a pensar na bicicleta.

Conheço bem Sorocaba, cansei de pedalar por lá. Tem muito dinheiro desperdiçado, muita solução técnica errada. Muito pouco acalmamento, muito pouco estímulo para o cidadão caminhar, quase zero guia rebaixada....

É sobre a cidade, não sobre a bicicleta.

Só lembrando a todos um dos lemas da bicicleta na Europa:
"Ao socialismo se vai de bicicleta"
Que eu parafrasearia:
A responsabilidade social se vai de bicicleta.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

nhe nhec enlouquecedor

Como justificar que uma bicicleta que faz um nhec nhec irritante depois de pegar uma chuva fina quando estacionada pare de fazer? Lubrificação, é claro. A água da chuva serve como lubrificante, até aí vou. A questão é que o barulho sumiu porque foi lubrificado de cima para baixo. Eu olho para ela e me pergunto, pô! o que fazia barulho, de onde vinha? Não faço ideia. 

Quando a minha laranja, a bicicleta, secar e o barulho voltar, o que provavelmente acontecerá, vou ter que lubrificar com WD40 uma parte por vez, peça a peça, o que já fiz e não consegui localizar o maldito nhec nhec. 

Uma das hipóteses era rachadura, mas em quadro de alumínio elas ficam fáceis de localizar, foi o que disse um dos mais respeitados mecânicos deste país. Ele examinou e não achou nada. Meus olhos já não são tão acurados.

O culpado, como mordomo em filme de crime, deveria ser o selim, mas não é. Faz nhec nhec quando estou pedalando sentado numa subida. Saio do selim e pedalo em pé para, portanto é o selim, diz a lógica. Só que não é.

Grampo de selim mal apertado? Não. Falta lubrificação? Foi lubrificado. Não é.

Movimento central? Apertado, checado. Não é.
Pedivela? Apertado, chegado. Não é.
Pedais? Apertados, chegados. Não é.

Blocagem com pouca pressão? Poderia ser. Uma vez me aconteceu, barulho que não descobri de onde vinha, quadro de alumínio. Quase fiquei louco com o barulho, chequei tudo, não consegui achar a fonte do barulho. Dei braço a torcer, fui até a bicicletaria do santo Luiz  que ouviu minha história e matou a charada: blocagem traseira com pouca pressão. 
Neste caso, a da laranja, não é a blocagem.

O que falta é o canote de selim. Já me aconteceu de a cabeça, ou trilho, ou carrinho, do canote de selim ter uma micro rachadura, mas não deve ser o caso porque a chuva fina não molhou aí, portanto não lubrificou.

Sobre canote de selim, tive a péssima experiência de um estourar na cabeça quando pedalava na descida de São Paulo para Santos. O selim voou exatamente quando entrei na cabeceira da ponte sobre a Represa Billings, na Anchieta. Tive que terminar a viagem em pé nos pedais. Sou muito atento com barulhinhos, e não tinha ouvido nada ou percebido a rachadura até o forte barulho da ruptura e o selim voando.

Bicicleta não deve, ou melhor, não pode fazer qualquer barulho enquanto roda. Fez, é sinal que alguma coisa está errada. Vira e mexe cruzo com alguém pedalando bicicleta com crec crec ou nhec nhec. Alguns não conseguem ouvir, outros não se importam. De qualquer forma, se puder avise. 

O número de peças de uma bicicleta é muito pequeno. Mantê-la ajustada e funcionando segura é muito fácil. Não custa prestar atenção e seguir rodando sem qualquer barulho ou ruído.
A maioria dos barulhos é fácil de ser corrigida. Se o barulho vier da frente da bicicleta faça a manutenção imediatamente. O acidente mais pavoroso que um ciclista pode sofrer é por quebra de qualquer peça ou componente dianteira de uma bicicleta. Não experimente.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Sentir-se seguro e estar seguro: não misturar coisas. pedalo

Sentir-se seguro e estar seguro: é bom não misturar as coisas.

Ciclismo é essencialmente técnica. Quanto mais você se atem a técnica - correta - mais seguro você está.
A bem da verdade, "Não é a bicicleta que é insegura, mas qualquer veículo mal conduzido é inseguro"; usando as palavras de meu caro amigo Luiz Dranger. Ele costumava tirar um sarro completando "faz besteira num tanque de guerra para ver a merda que dá".

Capacete, luzinhas piscando, ciclovias, e tudo mais que possa ajudar na segurança do ciclista. Ajuda? Óbvio que o sujeito sente-se mais seguro, mas será? As pesquisas são absolutamente claras: uso de capacete aumenta em 17% a possibilidade de acidente. Não faz sentido? Faz. Simples, capacete faz o ciclista sentir se mais seguro, e sentindo-se mais seguro faz dele mais propenso a acidentes.

Não é o sentir-se mais seguro, mas o ser mais seguro que vale. Há uma diferença enorme entre as duas situações. Mais um pouco chego aos 50 anos pedalando praticamente direto, diariamente e com boa quilometragem. Estou farto de conhecer ciclista que bate o pé que faz tudo certo, mas vira e mexe sofre acidente. Óbvio que os outros sempre são os culpados. 

Pensando neste texto lembrei de quando tornaram obrigatório o uso de cinto de segurança e muita gente dizia que não usava porque se caísse num lago com o cinto preso morreria afogado. Quando perguntado sobre quantos carros haviam caído num lago ou córrego, a resposta era imediata: "sem cinto me sinto mais seguro". 

Num pais onde a individualidade é essencial, quanto mais se chama a atenção melhor e se poderá fazer praticamente tudo sem punição, fazer o que se deve fazer é mais que chato, é um risco social. 
Brasil tem índices altos de acidentes de trânsito porque o "eu sei o que estou fazendo" vale mais que tudo. 
Segurança definitivamente não tem nada a ver com eu, mas tudo a ver com nós, com o jogo coletivo, com regras que foram aprendidas por muitos. Deu certo para um ou dois é eventual, deu certo, foi bom para muitos tem tudo para ser o caminho certo.

Seja seguro.

domingo, 29 de setembro de 2024

Lições de um ex profissional para simples mortais

7 years of brutal lessons as a pro cyclist in 7 minutes
GCN

Acabei de ver o vídeo novamente. Entre as dicas tem uma que aparece lá pelo fim que é "respeite os limites do seu corpo", que vem mais ou menos junto com um "você sempre consegue dar um pouco mais de si", ou, você consegue superar seus limites. A primeira é regra de ouro, a segunda só recomendo para quem tenha aprendido e dedorado a primeira. Tenho uma série de lesões por não ter respeitado meus limites, principalmente no futebol. Não me respeitei quando no ir um pouco mais além. Em algumas oportunidades acabei ultrapassando o meu limite cardíaco, o que é a coisa mais estúpida que alguém pode fazer consigo próprio. Fiz isto na bicicleta e, pior, muito pior, na piscina.

Respeitar os limites do corpo, todos limites, sem exceção, não é muito fácil nestes tempos de Marvel e seus super-heróis. A forma de pensar coletiva tem um papel maior que se possa imaginar. 

No futebol tive inúmeras lesões por pura estupidez. A única desculpa que ainda posso ter é que na minha época, faz um bom tempo, a quantidade e a qualidade de informação eram muito menores, mais difícil de acessar e não raro imprópria para amadores. Só como referência, Emerson Fittipaldi, bi campeão mundial na Fórmula1, foi dos primeiros da gategoria a se exercitar: fazia 1.000 flexões ao solo por dia. Hoje uma loucura destas é impensável, o entendimento do corpo e as técnicas de preparo mudaram completamente. Não faz direito quem não quer ou tem minhoca na cabeça, como diríamos naqueles velhos tempos.

Cansou, diminuiu ou parou. Seja inteligente. Eu não fui, sei bem o que é.

Larguei mal, comecei errado a prova, quando dei conta do erro sai feito um desesperado tentando recuperar terreno, com o coração acima de minha capacidade. No topo do morro pedalei uns 50 metros apagado com o subconsciente gritando "Isto aqui é uma prova! acorda! acorda! Não para, não para!". Felizmente quando voltei a si tive a inteligência, a auto dignidade, de mudar de canal e pensar "Ô idiota! Você não é profissional, isto é uma prova amadora. Para!", e parei.
Ir além dos limites para corrigir erros? Para que?

"Quem não sabe perder jamais saberá ganhar" talvez tenha sido a frase que mais me ensinou para a maturidade.

Profissional é profissional, amador é amador. A educação física no Brasil falha no ensinar está básica é fundamental diferença.

A segunda vez que mantive meu coração acima do limite foi mais absurda. Fiz 400 metros numa piscina disputando com um amigo e para não ficar para trás minha (in)consciência gritava "não desmaia, não desmaia, não desmaia..." Só parei quando ele não aguentou mais. O detalhe: ele era triatleta em tempo de competição, e eu um maluco querendo me provar sei lá o que. Não faço idei de porque não morri afogado.

Uma vez fiz Teresa D'Aprile passar o próprio limite. A hora que me dei conta ela entrou em estado de choque, tremendo numa frequência assustadora. Nunca mais.
Tive que acompanhar amigos que perderam a noção no trabalho e passaram do limite, o que é bem comum. Estes são mais difíceis de controlar. Alguns se deram muito mal, o que é mais comum do que se sabe.

A verdade é que mais que cabeça dura, precisa ser muito estúpido para não olhar-se e ver que "calma, melhor não passar daqui". 

Esporte amador tem que ser prazer, diversão, e acima de tudo bem estar. Passa dos limites quem está com algum problema de cabeça. A cabeça é tudo. Se é o caso, vai cuidar da cabeça. 

Do Budismo:

  • Compreensão Correta (Samyag-drsti)
  • Pensamento Correto (Samyak-samkalpa)
  • Fala Correta (Samyag-vac)
  • Ação Correta (Samyak-karmanta)
  • Meio de Vida Correto (Samyag-ajiva)
  • Esforço Correto (Samyak-vyayama)
  • Atenção Correta (Samyak-smrti)
  • Concentração Correta (Samyak-samadhi)

domingo, 15 de setembro de 2024

O caminho do ciclista

O caminho que o ciclista faz nem sempre é o caminho traçado pelas autoridades de trânsito. O ciclista, como qualquer ser humano ou animal, sempre busca o caminho maia curto ou mais sensato. Dentro da lógica que temos no Brasil. a prioridade é a fluidez dos motorizados, ponto final. Quem mais sofre com isto são os pedestres, ciclistas ainda se viram burlando todas as lógicas e não raro barbarizando, por asim dizer.

O ponto de ônibus está exatamente na frente do pedestre, do outro lado da avenida. Se for fazer o caminho estabelecido pelas autoridades para pegar o ônibus o pedestre terá que caminhar 70 metros para a direita, esperar o demorado semáforo abrir, cruzar a avenida na faixa de pedestre, parar, esperar o segundo semáforo abrir, caminhar mais 70 metros para chegar no ponto de ônibus que estava exatamente na sua frente do outro lado da avenida. O que a maioria faz? Cruza direto a avenida, é claro.

Esta foi a realidade numa das saídas do Parque Ibirapuera durante décadas.

Situações como esta são quase regra. A diferença é que ciclista, dependendo do local e situação, tem velocidade suficiente para se libertar, por assim dizer, das regras e imposições sem sentido.

O que você faria se pedalndo soubesse que seguindo reto, e não pelo caminho estabelecido pelas autoridades, você economizaria muito tempo e chegaria em casa muito mais rápido?



Respeitar os caminhos naturais de pedestres, ciclistas ou de qualquer mobilidade ativa, esta deveria ser a opção das autoridades, mas por aqui definitivamente não é. Ao contrário do que vem acontecendo mundo afora, onde o único olhar é para a qualidade geral de vida, portanto da cidade, aqui a prioridade continua sendo a fluidez dos motorizados. O sucessivo aumento das mortes no trânsito é consequência natural deste pensar. Num olhar frio, o lado ruim da questão não passa especificamente pelo número de mortes diretas pelo trânsito, mas no forte impacto negativo que o dar prioridade à fluidez traz para a economia, o que está fartamente provado lá fora. Da forma como se trata o trânsito aqui, indiretamente os problemas sociais acabam custando muito muito mais para a sociedade. Morte é uma parte pequena de um problema muito maior.

A outra opção para ciclista cruzar o rio Pinheiros, a ponte Euzébio Matoso, não é um caminho lógico para quem vem do Baixo Pinheiros / Terminal Pinheiros, além de criar mais um problema para a segurança dos pedestres que lá são muitos.
Mesmo com grande número de ciclistas cruzando ali o rio Pinheiros, nada foi feito para melhorar a condição de segurança.
A nova ponte passarela vem em boa hora, mas não vai solucionar o problema dos ciclistas que descem a Rebouças e seguem pela av. Euzébio Matoso. Duvido que estes vão desviar seus caminhos para pegar a nova ponte passarela, duvido mesmo. Ou seja, o problema da segurança no trânsito na ponte Euzébio Matoso continuará.