quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Relatório ABRACICLO sobre o mercado de bicicletas

A Vez das Bicicletas: Segmento Ganha Força e Maior Representatividade
na Abraciclo

Representante oficial da indústria brasileira de veículos de Duas Rodas, Abraciclo congrega as quatro principais empresas de bicicletas do país, que possuem 11 marcas consagradas do mercado, as quais, juntas, investiram cerca de R$ 200 milhões no PIM
Há 40 anos inserido no Polo Industrial de Manaus (PIM), o Setor de Duas Rodas consolidou-se como o segundo mais importante da Zona Franca, sendo responsável por um faturamento de R$ 10,3 bilhões, em 2015. Os associados da Abraciclo respondem por 98% do total da produção brasileira de motocicletas e 40% de bicicletas.
 “Protagonista dos quase 50 anos da Zona Franca de Manaus (ZFM), o polo de Duas Rodas teve papel fundamental na consolidação do modelo de desenvolvimento econômico. O setor evoluiu e ajudou a escrever a história industrial do Amazonas e do país, tendo destaque na geração de empregos e tornando-se fator determinante para o crescimento profissional de milhares de trabalhadores”, afirma o vice-presidente do segmento de bicicletas da ABRACICLO, Eduardo Musa.
No âmbito nacional, o segmento de bicicletas produz 3,5 milhões de unidades anuais (excluindo brinquedos), sendo o quarto maior produtor, atrás da China, Índia e Taiwan. O PIM se posiciona como o maior polo de fabricação fora da Ásia.
Responsáveis por 100% da produção de bicicletas em Manaus, os associados da Abraciclo - Caloi, Houston, Ox Bike e Sense – possuem 70% de participação no valor de mercado, decorrente do mix de produtos de alto valor agregado – seguindo a mudança do perfil do consumidor.
Juntas, as quatro empresas, que possuem 11 marcas consagradas no mercado (Audax, Caloi, Cannondale, GT, Houston, Mongoose, Oggi, Ox, Schwinn, Sense e Sense Eletric Bike), investiram nos últimos três anos cerca de R$ 200 milhões em instalações, equipamentos e capacitação de profissionais no PIM, com o intuito de formar uma cadeia produtiva consistente, inovadora e atrativa. Com mais de mil empregos diretos nas fábricas, elas possuem uma capacidade instalada de 2 milhões de unidades/ano.
“Com novas marcas, o segmento de bicicletas da entidade ganha mais representatividade. Queremos expandir a cultura da bicicleta por todo país, com produtos de padrão internacional”, comenta Musa.

Dados Acumulados
Segundo dados divulgados pela entidade, em julho, foram fabricadas 60.165 bicicletas, o que corresponde a uma queda de 20,1% em relação ao mesmo mês de 2015 e um recuo de 6,5% em comparação a junho. No acumulado no ano, houve retração de 15,8%, passando de 445.730 unidades para 375.298.
“Assim como todos os setores, o segmento de bicicletas também é afetado pela crise política e econômica. Projetamos uma queda de cerca de 30% na produção nacional, fechando 2016 em torno de 2,5 milhões de unidades. Os associados da entidade devem ser responsáveis por 1,3 milhão de bicicletas. Desta forma, pela primeira vez, os associados da Abraciclo representarão 52% da fabricação nacional. Apesar do recuo no desempenho, nos sentimos vitoriosos por alcançar tal resultado. Estamos no caminho certo”, finaliza Musa.

Sobre a ABRACICLO e o Setor de Duas Rodas
Com 40 anos de história em comemoração em 2016 e contando com 13 associadas, a ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares representa, no país, os interesses dos fabricantes de transporte em Duas Rodas, além de investir fortemente em ações que tenham por objetivo a busca pela paz no trânsito e pilotagem defensiva.
Representativa, a fabricação nacional de motocicletas – majoritariamente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM) – está entre as seis maiores do mundo. Já no segmento de bicicletas, o Brasil se encontra na quarta posição entre os principais produtores mundiais. No total, as fabricantes geram aproximadamente 16 mil empregos diretos no PIM.

BICICLETAS*
MOTOCICLETAS*
Frota nacional: mais de 70 milhões
Frota nacional: mais de 24 milhões
Produção anual: 3,5 milhões
de unidades
Produção anual: mais de 1 milhão de unidades
4º maior produtor mundial
6º maior produtor mundial
*Dados 2015
Para conhecer mais sobre os trabalhos da ABRACICLO, acesse o site www.abraciclo.com.br.

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Agosto, 2016

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Erros da ciclista holandesa Annemiek van Vleuten na Rio 2016

O brutal tombo da ciclista holandesa Annemiek na Rio 2016 é uma aula do que não se deve fazer numa situação de emergência. Boa parte dos tombos de ciclistas acontecem por erro de frenagem e o vídeo deste tombo é ótimo para esclarecer alguns conceitos básicos.
1 - O primeiro de Annemiek erro foi fazer uma trajetória de aproximação da curva sem estabelecer uma correta tangencia. Ela se aproxima pelo lado de dentro da curva o que diminui muito o ângulo de visão, impossibilita ver como é a própria curva e o que vem depois da curva. Vindo por dentro é necessário fazer uma curva mais fechada, portanto é necessário inclinar mais a bicicleta, o que por sua vez aumenta a possibilidade de perda de aderência. O correto em qualquer aproximação, principalmente em curvas fechadas, é vir pelo lado externo da curva, que permitirá um raio de curva mais aberto, um movimento mais suave e menos inclinado para a bicicleta e ciclista, o que por sua vez mais tempo e espaço para o ciclista corrigir um possível escorregão ou erro de trajetória. Com a bicicleta menos inclinada a possibilidade de que a roda dianteira ou traseira escape, perca aderência, como foi o caso de Annemiek, também é menor.
2 - O segundo erro, grosseiro, foi ter entrado em pânico e cravado a mão no freio dianteiro, travando a roda dianteira, o que catapultou a ciclista. Em qualquer situação onde a bicicleta perde a aderência e começa a patinar em direção a um obstáculo, o melhor é deixar a bicicleta continuar a trajetória na esperança que retome a aderência. Escapar ileso será uma questão de sorte, mas tentar uma reação brusca é ir para o chão, uma barbeiragem das grossas. Não tenha dúvida que é muito melhor para o ciclista ficar sobre a bicicleta mesmo em uma situação de colisão. A razão é simples: a roda dianteira será a primeira a colidir e também a primeira a sofrer deformação, o que absorverá parte da energia / velocidade e diminuirá o impacto sobre o ciclista.
Em automobilismo e motociclismo a recomendação dos melhores pilotos é entrar um pouco mais lento para sair mais aberto e acelerado. Ou seja, atrasa um pouquinho a tangencia para poder sair pedalando mais forte sem tocar os pedais no chão.
Não acredito que a bicicleta tenha tido uma falha mecânica. Não há qualquer sinal de defeito no asfalto.
Pelo voo que Annemiek deu acredito que ela tenha tentado pular fora da bicicleta. Nunca é uma boa ideia. Não dá certo pular em movimento de um skate e pela mesma lei de física não dá certo numa bicicleta. Tem que ficar na bicicleta, corpo mole e com o peso do corpo todo apoiado sobre os pés. Repito: não pula fora, bate com a bicicleta para ela (coitada) absorver energia.
Sei que não é fácil, mas relaxa e deixa a bicicleta se ajeitar. Brinca um pouco de escorrega na arreia que é um santo remédio.
E todas as noites antes de dormir ajoelhe ao lado da cama, junte as mãos, abaixe a cabeça e reze: "Ciclismo é a arte da suavidade. Ciclismo é a arte da suavidade. Ciclismo é a arte da suavidade. Ciclismo é a arte da suavidade..."


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Biciclo com sistema de multiplicação pedais / roda dianteira

Interessante ver como eles fecham o pneu maciço, o que eu nunca tinha visto antes. Eles fecham o pneu na emenda do aro de madeira, o que eu não teria feito, mas imagino que eles saibam o que estão fazendo.
Sistemas diversos de multiplicação, como o visto neste biciclo tiveram várias versões. Duas razões: aumentar a velocidade e abaixar o centro de gravida para dar mais segurança ao ciclista. Estes biciclos eram muito instáveis e os acidentes eram frequentes, principalmente quando o ciclista pegava algum obstáculo e era arremessado para frente.
No catálogo que se vê na mão do apresentador as primeiras páginas são para as bicicletas de segurança, exatamente como as que temos hoje, duas rodas iguais com o ciclista sentado quase sobre a roda traseira. Com elas os biciclos acabaram desaparecendo.